2011/03/04

Peregrino Amor

   "Peregrino   Amor"






                                                                   

Contar as estrelas, companhias de dores
As rosas que, mandei não veio iluminar
O amor que, reguei por tanto de amar
Mas eu vou, com a vida, ela não há de me levar!


Cantar cada frase sua, em tom menor
Furacão em mim, por sua semente
Cada frase sua, meu repente
Símbolo e força Jung, presente...


Meu sol de luar és raio em mim
Pelas correntezas vertidas em lágrimas
Sei que, nada irás mudar a linha do mapa
Quero a sorte do seu lado, quero tira a capa


E te amar, te amar, amar...


Sandálias de paz verti
Pelo amor que nunca pedi
Cada hora, um século sem você aqui
Um peregrino em terra sedenta em si


Um beijo em luar e nada mais pra mim
Pra morrer eternamente te amando
E pousando de felicidades
Do amor que nunca me quis



Será sempre assim?



Czar D’alma 

2011/03/02

Ledo Engano

    "Ledo  Engano"





Vou sair e beijar você
Na rua, na cidade, no campo...
Te agradecer o ledo engano
Que foi fugir assim, á noite, sozinha!


Vou querer e te agarrar em minhas garras de plebeu
Seus lábios brindar á conta de mero do sonho meu!
Vou beijar você até amanhecer, ao som do Djavan
E pegar em seu quadril, poetisar o que, você faz em mim!


Um beijo sem fim... Guardei em mim, pra ti
Sorrindo, apertadinho seu rosto no meu
Coisa de romântico cheio de calor
Meu peito, um batom e tua flor!


Mas se anoitecer e você não doer de amar
Quero sempre, a mais e mais, poder te apertar
Pode ser que seja o fim de mim, prefiro assim
E a depressão há de correr de ti, sorrindo, com gosto de Brin


Eu quero poder te beijar
Até amanhecer...
Pode ser que o mar
Abrace a ti, como eu!


Mas eu quero amar o seu
Amor, em bronze, coisas de Orfeu
Mas adormecer e sorrir, fazendo amor...
E acordando em conchinha, beijo e cetim


E quando outra noite você fugir
Sei que procurarás assim...



Ah, vem e “Carpe diem” de mim!




Czar D’alma –Escritor e Poeta.

Foto de Um Grande Amor

    "Foto de um Grande Amor"




Eu vi numa foto e meus olhos marearam
Dentro de mim...
Eu vi a dança dos cisnes negros no festival de amor
Dentro do mar marfim!



Eu vi as coisas que, deixamos pra trás
Rubis de momentos, cafés em municipais.
Eu vi o amor, deixada pra trás
Era a vida assim...


Conta pra mim que nada há de mudar
Com o tempo...
Depois que o verão passar e com força levar
Com a chuva o nosso amor!


Eu vi as danças dos homens em dias de guerra
Militantes e bandeiras, jovens com seus sonhos em terra!
Eu vi uma foto de meu grande amor...
Atrás de abajur e do momento que passou!


Eu vi, eu vi... Já não sei o que de nós
Resta, foi e o que seremos          
Depois que o calor passou
E levou o verão de nosso amor...



Eu vi a foto de meu grande amor... 





Czar D’alma 

2011/03/01

Com ou Sem Você

    "Com  ou  Sem  Você"




Você é minha lágrima seca.
Você é aquela despedida malfeita
A cama vazia e a mala refeita...
Um dia de saudade, uma eternidade minha.


Você é o bálsamo que me abraça em pleno verão
A nota máxima de Mozart. És minha sofreguidão...
A aurora pro poeta, a jogada no final na hora certa!
Minha cobiça, bicho-preguiça, minha carta na mesa aberta...


Em tempos de lágrimas és lenço, toalha
O fariseu que nunca falha...
A navalha que arde na carne da cobaia.
Você sou eu, o ritmo em tempos de carnaval


Um delírio final, uma sereia saindo da praia...
Ah você é o que me ajunta, recolhe, joga e espalha.
Eu to louco pra morder a carne tua, minha fé toda nua...
Um momento em sonho e um acordar, querendo sonhar!


Mas quando tu passas e não me olhas, nem notas...
O equilíbrio de mim foge e me declara
Uma sonata, batom sem serenata
Um infeliz acrobata que...


Não sabe por que nunca te beijei!








Czar D’alma  -  escritor e poeta.


2011/02/28

O Precisar das Coisas

    "Precisar  das  Coisas"








Precisar da palavra certa

Do espaço mais exato, a vaga do carro

Da memória vaga, dos dias e pessoas

Instantes inacabados, preces e pontes pra onde?

Precisar... A bala sem rumo e no corpo frágil

O menino vendendo doce, aguçar a história.

Precisar do beijo lânguido da alma fugaz

Precisar... Eu preciso de tantas coisas...

O amigo que me abraça, o andar na calçada

A família, um berço, um elo e a matilha.

Precisar, dos homens cruéis

À procura da felicidade que, foge e foge...

As coisas são e vão, tudo em mim arde.

Precisar da grana, comprar e vender

Queremos um passo a mais, queremos o poder

Precisar, de tudo e todos, saúde e bojo

A mulher que me ame, o amigo que não trai

Da conta em banco e da praça o banco pra sentar.

Quero eu precisar, de mim...

Sentença breve é a vida, hoje, agora, tudo no fim!

Se eu não precisasse tanto, iria me desprender e voar...

Até o infinito, onde o amor, talvez me ache e me faça,



De novo, precisar!




Czar D’alma


Pela Tua Infelicidade

   "Pela  Tua  Infelicidade" 









Pelos dons dos santos
Pela força dos mares
Na neblina das colinas
Da beleza das crianças...

Não vá!

Por tudo que voa
Pelas mariposas felizes
Vaga-lumes, em noites livres
Pelos beijos das meretrizes...

Não saia de mim!

Pela liberdade dos pássaros
Pelos marujos e seus náufragos...
Pelas meninas e suas bonecas...
Pelos mártires e suas petecas

Me faça feliz!

Por um ano mais feliz
Pela moça que, nada diz
Pelos leitores analfabetos
Pelas jogadas dos espertos

Fique comigo!

Pela herança portuguesa
Pelo lido e estio da beleza
Por cada manhã ensolarada
Calada e nua na calçada.

Me faça tua namorada!

Mas se você sair e não mudar
Pode ter certeza, meu garoto...

Amarei com mais beleza

Deitarei-me com mais firmeza

Me entregarei com toda certeza...

Meus amores sorrirão!

Largarei meus desejos nas sarjetas.
 
Cuspirei sua cabeça e fraqueza
 
Lavarei meu corpo de sua malícia
 
Beberei do amado a sua vinha
 
Deleitarei me em meus anseios
 
Vou amamentar o velho pelos seios

Quem me parar que, ganhe um beijo!
 

Mas não quero ser infeliz!
 
Beco e morte e chafariz

Conhaque na cama
 
Com direito
 
Acordar sem usar pijama.

Vou virar a mesa do bar
 
Querendo você

Posso ate mesmo seus amigos
 
Pela noite inteira me sujar.

Acabo com seu traje ridículo
 
Repenso o dogma mais maldito

Quebro a vergonha e saio nua

Acompanho a seu jogo em tua rua.

Mas se você ficar...
 
Serei uma santa novamente.
 
Nunca mais acordar
 
Sem escovar os seus dentes
 
Tampouco revirar seus pertences!



Apenas, Virar pro lado e sempre te amar...


Czar D’alma

Minhas Pisadas

   "Minhas  Pisadas









Pelas pisadas nas areias que deixei
Os dias, os ventos que abracei...
Não sei do que ficou daquele amor!
Os momentos vãos em quase nada.


As pisadas minhas na areia
O sol e tudo ao meu redor, perplexo
Do mundo que me deslancha sonhos
De tudo que, me deixa de vida, repleto...


Aquelas pisadas minhas, em meios as solidões
Os meus banzos, minha cara lavada aos meus refrões!
Quem me dá um dia, me cobra por todo sertão.
Somente nos seus olhos eu via, primavera e verão...


As pisadas de meus erros na vida.
Aquela coisa linda na boca, você teria ainda?
Meu mundo dentro de um baú, dores e amores
Que levaram, lavaram minhas nobres intenções...


Eu sei você ainda, poderá mudar
Mas nesse deserto agente não espera nada
Cada poeira é um sonho que, se espalha
Por noites frias que, me fazem chorar na alvorada.


Será que minhas lágrimas
Farão disso um oásis pra minha amada
Ou serei um rei, sem castelo, sem nada...
Longe de ti, não vejo alegrias por perto.


Ah essas pisadas irão me levar da vida em vida
Parece loucura, mas sem você não há festa
Nem tampouco carnaval na avenida...
O deserto que passo, tenho que beber da própria ferida.


Meus passos na areia apontam uma direção
Eles me levam aos dias que nada são...
Lembranças cortadas ao fio da navalha
Pelos beijos nunca da invisível namorada...


Ah eu quero um beijo molhado de minha amada.
Para matar a sede minha, pra lavar de mim a mágoa...
Ah o deserto tem seu discurso certo nas noites frias
Sem você a vida, esta sempre cheia de dor e vazia...


Meus passos no deserto me enganaram estou disso certo
Que amanhã eu pego a estrada seco as lágrimas e até sorrio
Pra minha história ser lírico erro e morrer de cantar...
Pros meus passos no deserto nunca errarem ao me levar


Esperando da vida, uma carta, beijo, abraço de quem
Nunca me ama, pelas pisadas mais secas e firmes
Que me fazem morrer ao deserto
Querendo um amor e não mais cilada.


Meus desertos me levam ao vento e dores...
Mas a vida nunca deixa a mentira ser eterna
Apenas um gole seco
De quem não tem consigo, nada!



Nada!




Czar D’alma