2011/09/17

Dia Lindo

            "Dia Lindo"   




                    




Um dia ainda tiro da cartola
A minha grande felicidade
Vou andar nua e feliz
Por toda a minha irmandade


Um dia ainda ganho a vida
Amando mais que, odiando
Pode ser meio idiota...
Mas prefiro morrer tentando


Um dia saio de salto alto em meio a chuva
Correr descalça na areia, abraçar o órfão e a viúva
Vou cantar feliz, em meio e no meio de mil crianças
Vou ver o homem largar o fuzil e vir dançar ciranda


Um dia, um dia, um dia...
Isso me será por oração
Amar o idoso e o noviço
E da idade não temer a desolação


Um dia acordo tarde e ainda vejo Deus
Vou buscar o mais lindo do príncipe e do plebeu
Deitá-los-ei em meio à maresia...
Vou ainda um dia ver, o amor da poesia.


Que esse dia venha então...
Onde o melhor seja o último
E quem não vencer também o seja
O nosso campeão!


Se esse dia demorar
Não hei de esmorecer
Pois sei que quem espera
Sempre há de ter amor...



Pra nunca 





fenecer.








Czar D’alma




Mais que uma Garota

            "Mais que uma Garota"      




                    






Eu fiz da neve um brinquedo
Pra desfazer do medo de lhe perder
Pra quando a chuva acontecer
O milagre me trazer você


Eu fiz do riso um soneto
E da lágrima molhei com chuva
Pra que o milagre me devolva
O seu beijo e corpo numa curva


Eu faço dos papéis oceanos
Pra lá colocar sorrindo, meus planos
Onde escrevo a minueto o desvelo
Quando passando comigo, fizeste um gelo


Eu brinco com coisas
Mas nunca esqueço as pessoas
Pra que a vida se encarregue
Que o sono e o delírio sejam numa boa.


Eu ando amando a ti
E me fizeste passar
Por uma simples garoa
Eu vou de popa a poa


Mas de mim...
Não desfaço da tua pessoa
Que eu amo e deixa ir o meu amor
Ir-se embora à toa.


Ainda te mostro a mulher que sou
E não uma simples 






Garota.







Czar D’alma




2011/09/14

Outras Vaidades

            "Outras vaidades"  




                    





E o tempo era silêncio
Quando meu coração
Batia o ritmo de lhe ter
Esperando com os lírios, não fenecer


Dessa cicuta na alma com apelido de saudade
Era meu corpo quem mais sofria, mesmo não temendo
De todo o tempo, vida, sorte, a idade.


Por que, quando os pássaros não voltam
Uma lágrima percorre o rosto, da resma dos olhos
Sim, a vida tem sentido, mas quem é que a sabe
Se de dia eu sonho contigo, meio á rua e da dor a elasticidade.


Pois, quando o tempo é silêncio
Minha alma, sim, esta é só saudade
Tenho um livro bem guardado chamado agenda
Que me tormenta quando a lembrança volta, sem irmandade


Hoje o tempo é de silêncio...
Mas amanhã, ninguém o sabe
Ando com seu rosto na cabeça
E com seu corpo em todo tempo e idade


Hoje eu escuto só
O silêncio que me invade
Amanhã eu compro sonho
E me descubro em outras 





vaidades...

 



Czar D’alma




2011/09/13

Pela Lágrima

            "Pela lágrima"



                    





Por que essa lágrima me invade
Quando nada da dor deixei entrar
A vida que me abandona
E seu amor que, não quer me consolar


Por que essa lágrima, não me deixa sorrir
Os muitos dias que abracei o mundo, a vida, os sonhos...
E tudo que, escorrendo pelos dedos foge de mim.


Por que essa lágrima sempre a um passo do riso
Eu vejo crianças sem roupas, homens mentindo
Mulheres sem dignidade e um monte de gente se consumindo


Erguendo um mundo, destruímos quem somos
Eu sei o homem Foi à lua e o que, enfim nos tornamos
Por que essa lágrima escorre dentre os carros, seus canos
E o dinheiro vendendo o que, ainda sequer na vida plantamos.


Por que essa lágrima e por qual sonho lutamos
Eu vi a menina de saia em meio à rua, comprando enganos
Em cada rosto uma lágrima do vil metal
E a coisa vil que em si nos tornamos...


Eu sou da vida o sonho e o plano
Mas as lágrimas não mentem
E nem vivem de engano.


Ou será que só eu,
Dejecto o fato 




Profano?







Czar D’alma




Sonho de Menina

            "Sonho de Menina"   




                    





Quando eu vejo o sol, imagino teu olhar
Pra lembrar os mágicos delicados tormentos
Que alcancei em meio ao seu abraçar
Preciso apenas aos olhos fechar


Se descubro um novo amor
O seu antes sempre estará lá
Ainda que eu me veja sendo amada
É nos seus lençóis que quero acordar


Pode ser que seja fantasia
Assim disse minha amiga Maria
Mas eu sei que, amanhece o dia
E não posso te abraçar, meu corpo se arrepia


Antes do por do sol, quero te amar
Mas a vida que passa, leva alguns sonhos
E outros, ela sequer me deu a graça
De poder degustar ao dia.


Que se vão os anos, que ressurja o amor
Seja lá como for eu quero seu beijo
E depois um monte de mentiras limpas
Nua e solta, em frente aos sonhos...


Que a minha vida jamais 







Provou.








Czar D’alma