2011/09/29

Descendo a Ladeira

            "Descendo a Ladeira"




                    




Descendo ladeira, esculpindo meu destino
Olho a ribanceira dos desejos, alguns comigo
Velejo entre sonhos e não assisto ao perigo
Quando estou sem ti, assim, vou sozinho


Adornando os meus dias me vejo só
Abraçando as crianças, tios e avós
Eu sei a vida esta recitando suas canções
Mas, isso só é possível, aberto os corações...


Desço a ladeira, subo até o céu
A cada descoberta vislumbro-me ao léu
De popa a poa a gente anda em ninhada
São os sorrisos dos amigos que, nos ensinam a jornada


Então é mais um dia e outro amor nos vêm
Quando estou contigo, não vejo mais ninguém
Abraçando a menina, esse bardo me aborda
E assim se caminha a humanidade cada um com sua estória.


Descendo a ladeira e voltando pra casa
Tudo é mais suave quando ao lado um amor
Seja o vento na face e no corpo o calor
É hora de vestir do mundo em sua brasa.


Eu tenho esperança é na estrada
Quando os passos somem e os homens
Não desvendam o véu das nuvens
E nem de suas jornadas.


Quando o ar nos falta
E a alma insiste a caminhar
Querendo um amor, um amar...
Pondo os pés na calçada que a vida nos 




Dá.








Czar D’alma  




2011/09/28

Cálice de Esperança

            "Cálice de Esperança"   




                    





É estranho não pensar em você
É intrigante olhar as coisas
E nestas todas, num prisma doce
Poder assim, em ti me envolver


As minhas rimas pobres
Andam atrás de seus passos
Na trilha da vida, no campo, cidade ou no mato
Eu suspiro a vida e tem encontro no meu hálito.


É estranho quando as meninas passam
E ainda não me notou ao seu lado
Um cacho de esperanças, tua atenção
Coisas que me resvalam o cúmplice do ato.


As horas são eternas quando não vêm
Em tempos outros eu sou sua
E nas outras instâncias
Não sou de mais ninguém.


Estranho é olhar as coisas
E te encontrar em todas além
Em cálices de esperanças
Eu sou a coisa sempre aquém.


É estranho brotar essa dor
E não saber do seu lábio o sabor
Quando os dias são longos, noites eternas...
E do meu coração essa saudade torpor.


Então me embriago de esperança
Pro seu avião pousar e meu sorriso
Se abrir daqui ao nosso Édem


Onde eu sou o fruto,
Mas o pecado é seu também.
Doce cardápio, cálice e norte
Onde a saudade um dia foi forte


Agora esta é zen.
Pois sei que 





Vens.








Czar D’alma





                                                                                                                            

Meu Uivo e Caminho

            "Meu Uivo e Caminho"      






                           



 

 
Eu acho mesmo é que a saudade
Tem outro nome e esse é o seu
Tenho dizeres bem guardados
Pra no caso de perder-me nesse breu


Acho mesmo que o seu sorriso
Tem a rota certa do meu coração
Seu destino pra mim é sempre mais lindo
Quando descubro se estou nele e na sua mão


Acho que a vida é sempre correta
Somos nós que, desvencilhamos outros caminhos
Uns bons, alguns medíocres e outros espinhos...
Sempre há uma herdade de esperança, outro vinho.


Quando divido na minha vida o meu destino
Só sei que desvencilho a matilha
Subo no morro e assobio o teu nome,
Pro meu triunfo, uivo, solidão e caminho.


Por que eu sou o seu discurso
Quando sei que és o meu 






Pergaminho.









Czar D’alma 




2011/09/26

Domando leões

            "Domando leões"    




                    




Vou domar os leões que me habitam
Aflorar o amor que em mim, grita
Deitar sonhos em carpetes
Pois aprendi que o amor a alma agita


Sempre acordo com essas lágrimas
Adormeço ao som de tua voz
Que incendeia a minha fantasia
Essa sentença, esse algoz


Vou domar esse urso que me domina
Ao meu destino entregar tudo que vem
E jamais me entupir de tua mentira
A vida é quem nos ensina e faz bem.


Onde meus medos desaparecem
Os seus em mim não acontecem
Querendo a sua presença, algo me aquenta
Essa saudade e quimera que a solidão aumenta.


Vou domar meus leões
Despir o sorriso e desse amor me vestir
Não temer quando não quiser a mim
E na mesa só uma cadeira existir.


É quando me atravessas as lembranças
Que meu corpo gira e delirando dança
O meu lado mulher que te ama
Essa cirrose com gesto de criança.


Vou domar os meus leões
Pro circo não fechar
Atendendo nostalgias
E uma guerra que não quer calar.


Eu vou com meus leões
Mas só Deus sabe a dor minha
Abandonando os meus medos
Pra que a minha vida vença e não a covardia


Onde eu domino os meus leões
Mas jamais de tua falta
A presença da agonia.


Onde sou a leoa e tu
A minha armadilha.







Czar D’alma 




Parada Final

            "Parada Final"        




                    




Comprei os meus sonhos
Dos dias que vivi com você
Amo tudo que tem seu nome
Meu trem perfeito é meu amor em lhe ter


Andei entre os trilhos da perdição
Quando vi meu mundo sem lhe ver
Desci na próxima estação
Pra jamais nunca de ti me perder


Eu ando mesmo é só
Por causa dos desejos meus
Uns parecem comigo, outros...
Eu nem preciso lhe dizer.


Acordo em quase toda estação
Vertendo rosas em meu verão
Quando a minha boca fala teu corpo
O meu desejo é estar em tua mão


Eu compro de tudo na vida
Mas só me refaço feliz ao lhe ver.
Canto coisas ao léu, meu coração é réu
Dos dias que pude beijar-te e não sofrer


Hoje eu to nessa estação
Mas a minha ferrovia
Esta em tuas mãos
Aonde eu vou e fico


Quase sempre sozinha
Mas contigo dentro em mim
Sinto-me na parada final
Amando o que já passou e fica aqui.


Dentro dos meus sonhos
Essa realidade férrea
Calabouço e jardim.
Pois quis a vida 





Assim.









Czar D’alma