2011/11/16

D e s t i l a r

            "Destilar"  





                          




Destilando os meus sonhos
Vão os anos atrás de mim
Desde quando sou eu mesma
Já nem percebo o início, se sou fim


Desce cada dia em minha cama
Os desejos de não ser o que possuo
Desde quando me conheço
Vou amando o que destruo



Que essa lida beba do alambique
Onde minhas lembranças sempre vêem
Quando eu sou essa menina, a mulher que me habita
Sempre me diz que sou bem mais do que, ninguém


Eu destilo as minhas dores também
Descendo dos céus de toda noite
O meu amor assim me faz amada e me faz bem
Onde eu sou aquela coisa que é amada e de mais ninguém.


Eu me destilo das tristezas quando nascem
Por que sei que sou a minha saudade
E por isso, sou a morte que me abarca
Quando a vida diz, amém!


E já não sou de mim...
Mas sou dele também.
Uma lembrança vaga
Mas destilada por amar 




Além.






Czar D’alma



Delírio Doce

           "Delírio Doce"   




                           





Como pintar as cores dos céus
Sem seu sorriso ao lado de mim
Sem muitas coisas pra colorir
Eu não me sinto aberta assim, assim...


De muitas lembranças os meus sonhos se nascem
De poucas danças o meu corpo sente a tormenta.
Eu sou tão pouca coisa dessa vida...
Mas não quero outras menos coisas, nem mais.


Eu sou a dança na beira do cais
A menina que na tormenta nem pensa mais
Um delírio que seu sonho teve
Um amor que nunca passou.


Sou deveras pouca coisa dessa vida
Mas ainda me chamo,



Amor.






Czar D’alma 




Relampejo

            "Relampejo"  




                     

    

 

Quando quero a eternidade
Pouso no minuto que te conheci
Coisas que se deram num instante
Mas que sempre hão de nos esculpir.



Sentenças sobre a mesa
Amantes deslizados sobre corpos
Cada dia tem sua beleza...
E nosso aroma debitado desde os copos.


Quando eu quero a eternidade
Sonho com seus beijos
Seu sorriso, adormecidos em gracejos
Corpos suados em doces relampejos.


Quando estou eternamente feliz
Nos seus braços sou assim pedindo bis
Um aeroplano pra decolar
E seu beijo a me fazer definir


Por que quando estou na eternidade
É do seu corpo que me afogo
E me dispo do que há em mim.


Um relampejo de lágrimas...
Que ao seu lado é 



Feliz.








Czar D’alma 



Quando Não

            "Quando Não"   





                       





Quando as coisas não
Tu em mim sempre um sim
Meu dilema posto em tuas mãos
E a vida sendo o início de outro fim.


Quase sempre quero sorrir
Outro dia pede coisas pra ouvir
Seu minuto pra me alegrar
Coisas que amei deram-se assim.


Com cada gota de esperança
Hei de esculpir o futuro que há de vir
Um beijo seu pra minha alma voar
Antes que amanheçamos e vimos...



O próprio fim.







Czar D’alma