2013/03/16

“Delírios entre lírios” – Czar D’alma.


“Delírios entre lírios” – Czar D’alma.





“Delírios entre lírios” – Czar D’alma.


Colha o trigo, caminhe mais
Dê com graça, sorria e deseje a paz
Por que os lírios bem se vestem
E as mulheres são asas que jaz




Não entendo a fome do mundo
Não percebo o ouvido do surdo
Quando não querem perceber jamais.

A minha fome de ouvir a ti
O meu desejo de desposar-lhe
E a cada manhã ser mais feliz.




Quero sempre mais,
Sonho com asas da paz
Adormeço entre os lírios
Que não pedem algo jamais.

Que a sorte seja eterna
Como a mentira da menina
Como o sonho do garoto
E o cobiçar do que não é mais moço.




Quero sempre mais
Tenho fome de lhe ouvir
Quero a sede saciada
Quero a sua pele
Pela minha boca velada.

Quero sempre arder
Quero o início e não o fim
Do que chamam os homens
De prazer.




Não entendo os surdos que ouvem
Os cegos que lêem
Os mentirosos que apregoam verdade
Enquanto a vida lança fora do trabalho a jornada.




Quero sempre o beijo molhado
Quero a verdade no lugar do pecado
Quero a menina-mulher feliz ao lado
Quero a sentença de liberdade ao som do fado.

Deliro entre lírios
Sorrio em lágrimas pelos campos
E não tenho um beijo sequer
Daquela esperada e bela mulher.




Não sei, não sei, não vou.
Por que quando acordo comigo
Chamo o teu nome e contente
Me pareço com





 o amor.






“Delírios entre lírios” – Czar D’alma. 



2013/03/15

“Desenganos” – Czar D’alma

“Desenganos” – Czar D’alma.





“Desenganos” – Czar D’alma


Tenho saudade de tua voz
Cala o peito quando penso
E ao vosso redor distantes
Estamos sempre sós.




Tenho saudade de tanta coisa
A coisa que arde no peito
E o tempo que arrasta levando
Aqueles que amamos desde o leito.




Essa saudade que bate à porta
Toda a noite pra fazer companhia
Às vezes diz que nos ama, mas dói
Habitar onde o saudade é mar e maresia.




Não sabemos o que dizemos
Esperamos entender quem somos
Por diversas vezes, éramos o plano
Assim fica difícil cair no sono...




Eu sei de erros que herdamos
De fatos, pecados e outros desenganos
Quando a gente era feliz, era por engano
Ou foi só eu quem dilacerou o próprio crânio pensando.




Enquanto é dia eu ando sorrindo
Mas, cai a noite e me perco
Entre lágrimas e desenganos...
Coisas entre ébrios e profanos.

Que caia a noite.




Que desça o dia




Arde no peito alguma coisa
Que não se chama de ironia.




Vem e decida comigo sorrir
Por que os meus dias se vão...
E ainda não aprendi contigo




A mentir.





“Desenganos” – Czar D’alma


2013/03/14

“Um no outro nadar” – Czar D’alma.

 “Um no outro nadar” – Czar D’alma.






  “Um no outro nadar” – Czar D’alma.



Eu tenho um carretel de  linha
Pra poder demarcar onde moras
Saber a profundeza de teu oceano
Onde mergulho e me banho.




Eu tenho muitas linhas
Dentro delas eu lhe pus pra mim
Pra saber a distância de seu sentimento
Preparei o anzol e dei linha pra meu descontentamento.




Eu sou assim, marinho de ti
Sozinho componho as linhas de teu corpo
Onde lá eu me achei e me perdi.




Tenho muitas linhas
Mas ainda não lhe trouxe pra mim.
Pra saber quantas milhas eu caminho
Pra fazer nossa casa, cama e cantinho.

Eu percorro todo o oceano
Trazendo você na mente,
Agora já sabes o meu plano.




Das linhas que percorri
Quase todas tinha um fim
Mas as suas são intensas
São pra minha sede, desejo e confins.

Eu percorro quase todo o teu oceano
Por que minha boca saliva
Quando estás em meus sonhos.
Até meu médico diz que sou alma cativa.




Então é assim, eu percorro e tu não
Enquanto houver dia, minha alma cala
E só de ti, ela se sacia.
Tendo seus delírios em minhas mãos...




Nas prumas de um rio
Nas ondas do mar
Nas coisas que deixamos caladas
Enquanto nossos corpos aprendiam




Um no outro nadar.





“Um no outro nadar” – Czar D’alma.



“Oração de poeta” – Czar D’alma.


“Oração de poeta” – Czar D’alma.




“Oração de poeta” – Czar D’alma.


Obrigado, Senhor...

Por nascer e morrer todos os dias pela saudade augusta que me expecta

Trago em mim as dores e marcas da cruz de minha existência, poeta que sou resisto até

A própria essência. Não trago vinganças, nem mágoas pois poeta que sou, trago em mim só o 

amor... Amor esse que me leva e devolve-me às mais diversas formas de minha pueril coerência. 

Sou o amor dos que amam e deixam-se amados, como daqueles que perderam seus amores, entes 

queridos e outras mais... 




Sim, sou poeta e amo e não amo, até deixar de ser amor o amor que 

jamais existiu, senão em minhas penas e tintas. Sou poeta pra trazer comigo o mar, o sol e o 

casamento deles no eclipse de meu ser. Poeta que sou, adorno e adormeço sempre com a saudade 

de quem em mim, nasceu ou morreu. Ser poeta é trazer tudo a existência, mesmo o parto 

corrompido ou o filho que não mais está. 





Sou poeta pra dormir comigo e nos que me lêem a 

essência da vida e do que a vida levou e ou, deixou de permitir.

Sim, os poetas não são de gaiola, amam até o fim o fim que os come, mas não os devora... fico todo 

o dia e noite eterna, na boca do criador ruminando o que vivi ou sequer sei quem sou. O poeta, 

não morre e tão pouco esta vivo,  senão nas letras e nos olhos dos que o permitem viver. Poeta é ser 

e deixar-ser o que o outro ainda nem acreditou. Sou poeta pra trazer comigo os amigos distantes, 

os inimigos vencidos e acordar às madrugas de lágrimas dos livrou que em si já terminou. Sim, 

poeta, poeta e poeta são aqueles que dormem sós, mas acordam com a pessoa que ama ou nunca 

amou. Agradeço sempre por ser poeta e deixar descansar em minha alma  a poesia que só se vive 

quem amou. 




Poeta ama seus leitores e tem compaixão de quem nunca leu a poesia que jamais 

acabou. Agora poeta não sou, pois descanso comigo a força da palavra enquanto declaro a Deus a 

benfazeja lembrança de que poeta sou. Poetas são como o vento nascem de onde ninguém jamais 

ejaculou... Poeta que palavra  difícil e tênue pra quem não sabe da poesia a força que o dominou. 

O poeta chora sempre, mas vive sorrindo o luto de tudo que passou, pois, poetas são de alma e se 

não têm alma, apenas habitam a alma de quem ainda virá, pois as palavras que foram não tenho 

mais comigo, apenas comigo está a saudade do que é o amor. 




Amar poetizando e poetizar o amor é 

tudo pra mim, por ser poeta de quem jamais me amou. Poeta não traz armas, nem foices, mas tem 

na língua a força que domina um exército se ao menos ouvir o seu imperador. Ah, a poesia que me 

dormita faz-me lembrar e esquecer toda a minha dor... Obrigado a Deus ou a poesia divina que é, 

por que só um poeta, pode criar algo do nada, assim como faz o Criador! Poeta que entranha na 

alma pessoas, coisas, seres animados e inanimados pra alguma alma saborear a saudade que um 

dia a matou. Então agradeço de fato, por ser poeta um dia, onde todas as horas são de pura 

fantasia, não sei se real ou ilusão, mas trago comigo a poesia que arremessa-me pra tantas vidas 

que já não sei escrevo ou psicografo a vida que um dia sequer de vida se tornou. Agradeço a quem 

lê e compaixono-me de quem das palavras de um poeta, nessa vida jamais gozou.




 Obrigado Ó Senhor pela poesia que és e a graça que faz de mim um poeta pra adormecer na alma a força do 

amor, o luto que passou e ou, mesmo aquelas lembranças distantes de poeta... Onde só habitam os 

que pela poesia um dia com toda alma amou.




Obrigado pela poesia de cada dia, que é pão e farinha, mas só pode ser trigo quando está na boca 

do leitor.





Obrigado!






“Oração de poeta” – Czar D’alma.  



2013/03/10

Crônica da mulher - Czar D'alma (retornando em homenagem às mulheres)


 Crônica da Mulher, por Czar D'alma.

"Mulheres lindas e avassaladoras"








Estou há dias pensando sobre este tema!

E o curioso... Pensei nessa mulher! Que é uma mulher única! Uma raridade!


És como um violino em que Beethovem teria ciúmes, ou um piano de Bach!
 

Quem sabe as cordas de Mozart! Mas o que eu sei! “... raridad és mujer!”
 

És mui bela! Encantadora! Dócil! E o que dizer mais? Avião! Ou um cometa?!
 
És uma poesia a beira das vozes de Drumonnd e Quintana! És uma lua numa noite fria entre um casal sem 

roupas em sua própria cama! És cativadora! És ladra! Pois rouba nossa atenção e alma! Me roubares o 

quietamento!

E seu fosse rico! Estaria pobre e nu! 


Por ti! Apenas se me ouvires por um momento!Então quem és! Mujer?
 
Que a noite tu não és minha e de dia estás em minha memória?


Como podes ser tão atrevida que me instigas e me incitas e me deixa longe de minha própria trajetória?
 

Eu só queira saber teu endereço! E te seqüestraria! Mesmo que esse fosse,
 

A minha própria consciência! Te amo! Mujer se és o que queres me leves,
 
Mas senão devolva-me, enquanto puderes! Estou á beira da loucura e no meio do quatrilho! 

À noite eu te amo e dia eu me xingo! 

Mas devolva-me!Apenas se ser infeiz é o que queres! 

Não terás outro altar além de nossa cama!


...De dia será deusa e á noite serás gozo e sussurro...


Com choro e sem drama!





Czar D'alma - Escritor e poeta.