2014/03/27

“Do verso sem fim” - Czar D'alma

“Do verso sem fim”


 

Cala a palavra dentro em mim
Vejo o rio desnudar-se.
Quanto ao meu sonho e querubim
Esse Édipo a contemplar-te.

Dou de versos e flores que não tem fim
O fim dou aos reveses que me vestes.
Da cara à tapa, amor nunca tem fim
Senão, abalroar a nuca, a voz em meu peito frente a face.




Se hoje não houvesse fim
Esse dia a contentar-se
Com teu olhar que veio aqui...
Onde minha alma arruinaste.

Mas, desdobro o verso e próprio fim
Começo então, a amar o que não tem face.
Hoje que termine, amanhã será em mim





O verso que sempre beijas e
 nunca amaste.




“Do verso sem fim” -  Czar D’alma.