2016/09/03

“Memórias que não me cabem mais” – Czar D’alma.


Memórias que não me cabem mais. Czar D’alma




“Memórias que não me cabem mais” – Czar D’alma.




Na semana passada
Escolhi as fotos que ficarão longe de mim
Busquei as minhas memórias e as deletei
Tais  lembranças de algo insosso ou ruim.




Há dois dias atrás verifiquei
As roupas que não me cabem mais
Rasguei  calças, mandei pro lixo...
Memórias que não me cabem mais.




Ontem à noite jantei
Com esperanças minhas
Degustei cardápios saudáveis
Outrora me foram bens duráveis...




Desde então, me vejo pensando em ti
Em tudo que realizamos, momentos que compomos
Saudades eu tenho, mas não esqueço mais
Em que ano estamos.




Os dias são heranças do que formamos
Às vezes, ruins outras, maravilhosas que amamos.
Não vejo outra saída, senão despir o que inventei
Romances bons,momentos que se foram... idealizei!




Em cada hora eu penso em tudo que dissemos
Um pra cada rua e as vidas seguem, não intento.
O mundo é assim.




Eu quero um beijo doce, um abraço quente
E um amor que não caiba na ilusão.
Que tudo seja feito de sonho
Onde a realidade seja a compreensão.




Não luto pelos bens materiais
Mas luto pela realidade que sou.
Eu penso em tudo que desejo
E volto a crer no amor.




E as semanas correndo voltam
Passando por mim e assim
Construindo meus sonhos e desejos
Não mais me perco de mim.




Delira o mundo onde há verso
E a verdade fica à deriva.
E mesmo assim, nos enfeitiçamos
Na esperança de viver sem ferida.




Perdendo os medos a gente ama
Perdendo a fé somos vulto e segredo
E cada dia torna-se a herança do desvelo
Onde o mundo não deveria ser isso aí.




Eu não mais escuto as vozes
Escuto a vontade de existir.
Por que os versos se perdem
Se a verdade não vir ali.




Eu minto os seus medos
Que habitam em mim
Escolho os vossos segredos
E chamo-te aqui pra se abrir.




Bom amor é o que é honesto...
Melhor os que são em meios aos vossos desertos.
Enquanto eu busco um conceito pra o que é certo
Me traz seu corpo e me delira aqui.




As imagens de hoje são boas
O vosso mundo melhor
Eu quero o abraço, o beijo e o sincero
embriagados no amor que confesso.




Na semana passada eu fiz
Coisas que não inventei
Pode ser que seja mesmo assim...
Mas sempre me enfrentarei.




Com forças na alma
Discursos no peito
Amargo é o mundo quando não existe
Por perto o próprio reflexo.




Então, desligo a razão
Me conecto com meus sentidos
Abro a boca, carente te ligo...
Fica aqui e volta comigo!




Por que o mundo e a vida
Têm seus rios, desertos e delírios...
Mas só em ti, isso tudo eu consigo.




De vez em quando eu sou um poema
Mas na maioria do tempo...
Sou de mim o próprio dilema.




Ou castigo!



Mas se eu tivesse asas voaria...




Mas te levaria sempre comigo.






“Memórias que não me cabem mais” – Czar D’alma.


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2016/09/01

“Como seria lindo, se não fosse o fim.” – Czar D’alma.


“Como seria lindo, se não fosse o fim.”Czar D’alma





“Como seria lindo, se não fosse o fim.” – Czar D’alma


  
Quem nunca se feriu no amor
Atire a primeira pedra
Só se pensa em ser feliz




No mar, no horizonte
Onde será que o amor se encerra.
Quem jamais pediu bis.





Eu vou e solto a voz
Pela dor que ainda há em mim
Busco as flores que tirei da terra
E dou à um novo amor sem saber o que fiz.





São duras as perdas...
São incríveis as ondas...
Que dançamos daquela vez





Quem nunca chorou de dor
Nem a noite toda repensou
Por todo fogo e calor que viveu
Não bebeu do amor que se quis





Não quero ter de me despir
Sem teus olhos em volta de mim...
Eu mudo rotas, despedaço em copas
Sou a tropa e o batalhão que verti





Quem esperou o seu amor
E este não mais voltou
Esse pode sim, pensar como seria ser feliz





Quão felizes são os amores que duraram
E eternos os que tiveram seu fim.





Que a vida leve as noites e canções
Que fiz pra tu poderes dormir
Não penso como é o fim da história
Só penso em lhe ter de volta aqui.





Eu perco o sono... Eu destilo lágrimas
Bebo da cicuta que banhaste em nós
Pode ser que o amanhã eu queria você
Ou quem sabe, você considere a minha voz.





Jamais me quis sem ti
Quis a ti, mesmo que não houvesse
O lado que coubesse em mim





Não choro por ter saído
Mas por ter de lutar assim, assim
Com ar no peito e pernas bambas.
Na esperança vívida da Europa sem latim.





Como seria lindo, se não fosse o fim.
Seria muita coisa que a gente não sabe
Só sabemos como é isso aqui.





Mesmo que a agonia me bata à porta
E eu encontro o seu sorriso sim
Eu arrumo os cabelos e solto a alma
Querendo seu abraço e já vou me despir.





Na euforia de amar-te de novo
E o novo que encontrei, desisto!
Egoísta que sou... prefiro o amor
Do que a dor de que propuseste em mim.





Ilha de fome, marés bravas, desertos escaldantes...
São lindos em suas fotografias
Mas não são para seus transeuntes.





Que se vá a despedida
Faço rimas, minto que não é isso
Mas quando eu acordo na segunda...
Olho em minha volta e não vejo





Que por mim tem algum 





c o m p r o m i s s o.






“Como seria lindo, se não fosse o fim.” – Czar D’alma