2023/12/29

PAZ, VIDA E REGAÇO - Czar D'alma

“Paz, vida e Regaço” - Julio Czar D’alma.




“Paz, vida e Regaço”




Os homens vão pelas praças

Discutem quem vem e o que passa



As frases soltas, as coisas baixas...

E rebuscam da verdade, o que não basta.



Se o tempo e o verbo andam em sinfonia, não delira

A cara da liberdade não encontra com a mentira, nem vacila.

E os homens rebuscam o que nunca se encaixa, dissolvem a marcha.

Vi o sorriso das crianças ensinando, cantando e vivendo, isso basta!




Venderam o tempo, lograram da vida o sentido

O mundo virtual tudo come, devora da alma a calma.

E na carne, o verme ainda sorri, despreza da vida o livro;

Devorando o indivíduo, que sozinho se percebe ainda vivo.



Ainda temos esperança, um monte de criança.

Verbo, verdade, saudade da liberdade…



A gente ainda aprende um dia abrindo os braços

Deveras que, somente o sal e a luz, tem - 





 Paz, vida e Regaço!





“Paz, vida e Regaço” - Julio Czar D’alma.

2023/12/27

AOS SOLDADOS DEIXADOS NO FRONT

"AOS SOLDADOS DEIXADOS NO FRONT"




AOS SOLDADOS DEIXADOS NO FRONT - Czar D'alma.


Ter em mente que cada segundo da vida…

Quem há de ir buscar o valente caído em meio aos filiteus?

Onde até riram os irmãos seus.

Quem vingará os olhos furados?

Quem há de tirar da caverna o profeta pelo medo amordaçado?



Hoje o tempo ainda não responde a quase nada,

O futuro parece piada

Mas nas mãos da fé, o seio da esperança...

Suga o leite o vivo sabendo ser criança.



Em tempos de crise quem cuida dos soldados pela guerra abandonados…

vão dizer que é mentira os surdos jamais no front exilados.



Mas nas esferas do contentamento a alma e o espírito um o são.

Na âmago de que, tudo possa estar pelo criador sendo louvado

A minha e vossa dor, nunca será em vão

Ainda que o tempo, inferno, o mundo e alguns digam – Não!



Mas se ninguém, aos vossos gritos, preces, escutar.

Guarde o fôlego, devolva aos céus que jamais lhe abandonará

entenda que, ainda que todos lhe deixem

o criador jamais 



lhe deixará!




Czar D’alma.


AOS SOLDADOS DEIXADOS NO FRONT - Czar D'alma.


2023/01/22

Quase um minuto – Czar D'alma.

Quase um minuto – Czar D'alma.




Quase um minuto.



Ele abriu a porta deixou o ar entrar

saiu pela janela toda a esperança que há



compôs sorriso, aprendeu a amar...

escreveu cartas longas às pessoas tão próximas.




Mas aquela figura ainda insiste em brotar

no oceano das ilusões, poder sorrir, poder brincar...

a vida que passa e a vida que tem esta decido

em nada mais nisso querer habitar.



Então, recebe abraços, palavras doces e tenras

por quase um minuto chegou a acreditar



nas esferas das aparências, das justas frases

que se escondem e dissimulam na inconsciência.



Voltando ao começo, desejou não mais continuar

alguns dizem que é charme, mimo ou coisa a barganhar

mas tem em cada gaveta a palavra certa e a vontade

de abrindo os braços, dormir... e jamais acordar.



Por um minuto estás quase a fluir, voar e naufragar

pelas vozes que acusam, pelos beijos que não há



mas na vívida e quente presença de um dia

acordar em um minuto e ao lado de si 



se encontrar.



Quase um minuto - Czar D'alma


2023/01/06

Minha histeria – Czar D''alma.

Minha histeria – Czar D''alma.




Minha histeria.





Tenho sede e desço de cada cruz

que na minha alma agonizante

minha tez nada seduz.



Nas entranhas guardo os medos

de cada verdade que vesti

entre as falhas e seu enredo.




Ainda adoeço ao ouvir tua voz

corre o sangue, sua e treme a pele

dissipando momentos, um coração atroz.




Mas nas emergências não acham cura

até quando falo, meu falo se curva

na ânsia da presença, quiçá aquela sua.



É andando pelas ruas que percebo

o quanto do verso que das tuas salivas

onde sou mais que feliz, nada mancebo.




Vivendo do útero e minha sangria

colhendo das estradas da vida e lida

aquilo que é puramente a minha histeria.




Queria ter um momento certo

ainda que errando os passos

frente a ti estou de gato a sapato.



Mas a lua vem e teu sorriso, amém.

Onde cada volta pra casa estamos bem

ainda que a minha histeria não confessa

tal odisséia lúgubre e feliz 



a ninguém.




Minha histeria – Czar D'alma.



2023/01/04

Meu alimento, confesso - Czar D'alma.

Meu alimento, confesso - Czar D'alma.





Meu alimento, confesso.



Vem cá, escuta o tenso desatino.

Vem e veja o rosto que encardia

do sul a norte a vida que permeia.



Vem sim, diz ser forte!

Dobre aqui, em mim...

a angústia de dobrar a própria morte.




Vieste! Ficai, toma a nossa vida como Prece.

Adormece essa saudade do tempo

Que eras carne e osso, veste que me tece.



Quando a luz for a nossa voz

quando a paz ser nossa bandeira

o amor será eterno sem jargão, sem besteira!



E se o tempo pedir pra você voltar...

Não temas o equilíbrio de cantar.

Nem se perca da herança do quase todo jantar.




E na ânsia dos momentos que tivemos

ser a oração, a canção, o verbo que temos.

Enfim, estarei à beira da mesa pronta....

Mas o alimento é você quem serve!




Diante de nosso universo

recentes que pode haver recesso.

Se não vieres, jamais saberá do ponto que amo




e confesso!





Meu alimento, confesso - Czar D'alma.


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