À delírio, sombra e finitude. (Czar D’alma)
À delírio, sombra e finitude.
Naquele dia ele resolveu
Abrir os braços e deixar
Cada lágrima sua cair.
Naquele instante o mundo
De perto não era gigante
Por não ter pra onde ir.
Se os versos rasgarem almas
Ainda da sombra o detalhe
Assombra o sentido que cabe.
Em teus lábios meu nome
Era doce, frescor e fuga.
Você me ligava e ir embora
O verbo era – Nunca!
Mas o vento que atravessa a Covid.
Convida a ficar à miúde.
E meu desejo se aflora
À delírio, sombra e finitude.
Eu ainda tenho os seus versos em mim.
Eu ainda tenho saudade de outro fim.
Eu ainda espero as ligações
Onde rasgávamos corações em paixões.
Ele ainda abre os braços e deixa a lágrima rolar.
Por que o mundo tem um segundo de felicidade a jorrar...
Nos mudos gritos de um soluço
Nas lágrimas de um toque absurdo.
Ainda amo os nossos sentidos
Mas o que sentiremos agora
Que o dia se foi e chuva chegou
Com tudo que carimbávamos
de amor.
À delírio, sombra e finitude. (Czar D’alma)