Nada acontece – Julio Czar.
Nada acontece.
O meu corpo adormece
Nas heranças do que
fomos
Reluta em amargos sonhos.
O meu corpo sedento tem o cheiro
De cada frescor de teus poros...
Ah o meu corpo é um desatino
Em busca do teu colo e gemido.
Do meu corpo rasgo todas as noites
A linha do horizonte de muitas saudades.
Ah o meu corpo sequer reconhece a idade.
Eu sei de cada medo teu,
Eu percebo o delírio entre os dedos
Eu agarro a tua vontade ainda quando dormes
Pois invado os teus sonhos e segredos.
Nada se fez senão sinfonia e enredo.
Logo então o dia amanhece
Tu a ti te desafias, decente arrefece...
E por teu medo no corpo,
Nada acontece.
Nada Acontece – Julio Czar D’alma.