Reservas da agenda do futuro. (Czar D’alma)
Reservas da agenda do futuro.
Dos que pensam
sobre si
Dos que pensam
sobre a vida
Como doar a
outra face
Para calar a
arma do mundo.
Nas ruas, becos
e avenidas
Estão todos
querendo mais ainda
Que a alma
delira e jamais se sacia
Vendendo esperanças
num mundo de pó
Onde cada homem
ao outro sente-se melhor
Onde o sorriso
custa facadas
Beijos por sepulturas
lacradas.
Se alguém tiver
fraco, seja lançado ao lixo
Quando alguém
ama, dizem que é outro bicho.
Se as vidas
fossem mais amor, menos guerras
A inveja fecha
a porta, fecha a conta e suas mazelas.
Viver cada dia
como agenda do futuro.
Onde o verso é
bom, ligado ao gesto maduro.
Sem reservas
vamos para algum lugar
A gente nasce
chorando a vida que dará.
Sonhando que na
agenda haja lugar seguro.
A gente morre
calado querendo no dia a dia
Se despedir do
que jamais poderá calar.
Os homens não
são o mal do mundo
O mal do mundo
espreita por corações...
Eu quero ainda
um outro perdão
Na medida de
meu estender a mão.
A felicidade
não cabe na solidão
Mas cabe em
cabeças, peitos em aflições.
Será mais um
dia, o dia que tudo terminar
A gente tem
amigos para nos ajudar a sepultar
Seja a vida, o
corpo e as dores...
Amores que se
vá! Tenho a ti, chamado tu.
O verso de uma
agenda do futuro
Que eu nunca
hei de declarar...
Seja não por
medo
Mas pelo que
tempo a me levar.
Você ainda não
entende.
Sofre e finge,
Salvador Allende.
Mas quando
aquele jovem vestiu a cruz
Tudo remiu,
sorrindo consumiu a luta e ao luto seduz.
Faz parte da agenda
e charme divinos ter sempre a razão...
Onde a dor não
fala, nem cala se enche de si e envaidece
Mas receia o
sangue que lava o madeiro, envernizando a vida
Dando brilho e
sentido a vida que sem agenda ao futuro faltava.
Ainda há
esperança, eu vi nascer uma criança
Seja na
manjedoura, seja no peito do tolo
Para que a vida
não seja apenas uma guerra
Mas um baile
com
meninos, meninas e suas danças.
Reservas da
agenda do futuro – Czar D’alma