Memórias que não me cabem mais. Czar D’alma.
“Memórias que não me cabem mais” – Czar D’alma.
Na semana passada
Escolhi as fotos que ficarão longe de mim
Busquei as minhas memórias e as deletei
Tais lembranças de
algo insosso ou ruim.
Há dois dias atrás verifiquei
As roupas que não me cabem mais
Rasguei calças, mandei
pro lixo...
Memórias que não me cabem mais.
Ontem à noite jantei
Com esperanças minhas
Degustei cardápios saudáveis
Outrora me foram bens duráveis...
Desde então, me vejo pensando em ti
Em tudo que realizamos, momentos que compomos
Saudades eu tenho, mas não esqueço mais
Em que ano estamos.
Os dias são heranças do que formamos
Às vezes, ruins outras, maravilhosas que amamos.
Não vejo outra saída, senão despir o que inventei
Romances bons,momentos que se foram... idealizei!
Em cada hora eu penso em tudo que dissemos
Um pra cada rua e as vidas seguem, não intento.
O mundo é assim.
Eu quero um beijo doce, um abraço quente
E um amor que não caiba na ilusão.
Que tudo seja feito de sonho
Onde a realidade seja a compreensão.
Não luto pelos bens materiais
Mas luto pela realidade que sou.
Eu penso em tudo que desejo
E volto a crer no amor.
E as semanas correndo voltam
Passando por mim e assim
Construindo meus sonhos e desejos
Não mais me perco de mim.
Delira o mundo onde há verso
E a verdade fica à deriva.
E mesmo assim, nos enfeitiçamos
Na esperança de viver sem ferida.
Perdendo os medos a gente ama
Perdendo a fé somos vulto e segredo
E cada dia torna-se a herança do desvelo
Onde o mundo não deveria ser isso aí.
Eu não mais escuto as vozes
Escuto a vontade de existir.
Por que os versos se perdem
Se a verdade não vir ali.
Eu minto os seus medos
Que habitam em mim
Escolho os vossos segredos
E chamo-te aqui pra se abrir.
Bom amor é o que é honesto...
Melhor os que são em meios aos vossos desertos.
Enquanto eu busco um conceito pra o que é certo
Me traz seu corpo e me delira aqui.
As imagens de hoje são boas
O vosso mundo melhor
Eu quero o abraço, o beijo e o sincero
embriagados no amor que confesso.
Na semana passada eu fiz
Coisas que não inventei
Pode ser que seja mesmo assim...
Mas sempre me enfrentarei.
Com forças na alma
Discursos no peito
Amargo é o mundo quando não existe
Por perto o próprio reflexo.
Então, desligo a razão
Me conecto com meus sentidos
Abro a boca, carente te ligo...
Fica aqui e volta comigo!
Por que o mundo e a vida
Têm seus rios, desertos e delírios...
Mas só em ti, isso tudo eu consigo.
De vez em quando eu sou um poema
Mas na maioria do tempo...
Sou de mim o próprio dilema.
Ou castigo!
Mas se eu tivesse asas voaria...
Mas te levaria sempre comigo.
“Memórias que não me cabem mais” – Czar D’alma.
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