“Do que será” – Czar D’alma.
Não sei o que vai dar
Quando tudo se for
E a esperança cansada
Sair por aí sem dominar.
Não sei como serão
Os dias que não são verão
Quando os braços meus sim
E de todo seu corpo eu não.
Não sei do que será
Do amor que plantamos
Que flores geramos
E quantas comemos.
Não sei do que será
Quando as canções
A nós não mais esperar
Melodia cansada no ar.
Sei que estás quase bem
Do jeito que não queria estar
Adormecendo sentimentos
Pra que possa respirar.
Não sei do que nos deu
Do que era amor
E o que menos doeu
Toda força vã da flor.
Que se dará o tempo dirá
Por que nossos corpos a calar
Por eras e dias distantes
Querendo sentimentos nas estantes.
Não sei do que lhe deu
De me deixar passar pela porta
Levando tudo que era meu
Sendo tu a minha vida e orla.
Eu que naveguei por aí
Foi em seu porto que me encontrei
Mas como tudo se derramou, não sei
Além das coisas que preferes mentir.
Se das coisas lembradas tivermos
A sorte de saber do que nos ardemos
Quando a solidão a porta bater não abra
Estarei em suas lembranças de amada e fada.
Por que os homens vestem mentiras
Por causa da instituição que ensina
Por que haverão sol, noites, dias e farpas
Que a gente há de querer se abraçar como fardas.
Me dê um segundo teu
Que dou-lhe a luz em troca do breu
Por que do que fomos e somos
Quem saberá dos braços de Morfeu.
Quando as coisas mentirem
Dizendo que eu não estarei lá
Vem me dizendo mansinho...
Como é gostoso me amar.
Vem de volta e não dê voltas
Por que o tempo passa e com ele
Tudo aquilo que chamamos de derrota.
Vem, e diga cá meu bem
Quando as coisas sangrarem
Eu estarei ao seu lado também.
Com lírios nos campos
E acampando em delírios
Por que os dias correm
E com ele nossos destinos.
“Do que será” – Czar D’alma.