2012/01/19

Cadê Você

       "Cadê Você"  




                    




Querendo morrer de amor
Vou por aí dizendo tudo bem!
Decolando em delírios pensei
Te lhe querer por anos de prazer.

 

Cadê você!

 

Grito aos céus e o inferno de mim
Abre-se em gemidos do pesar sem fim
Vou tear cada palavra sua e compor canção
Pra ao menos lá ter um pouco de razão

 

Quando do amor teci nossos corpos nus
Amanheci detalhes de meu mundo
A esperança em surfar do norte ao sul
Querendo morrer de amor, nasci em blues.

 

Vou buscar o seu sorriso e acordar ao seu lado
Tenho detalhes que ainda não tens acordado...
Café na cama, amor à noite e pulsar de frases loucas
Quando descobrindo meus segredos, destilou minha roupa.

 

Mas cadê você...
Por que o frio que há em mim
Há de despertar soldados, amortecer reinados
Pra que nos meus quadris tu te faças feliz.

 

Cadê
você!


 




Czar D’alma


De Seu Suor ( Esta consumado)

       "De seu suor" ( Esta consumado)   





                




As frases soltas pousaram meu ser
Pois quando a alma busca o saber
Os destinos desfazem ébrios delírios
O que com certeza se exaspera em viver

 

Pois a porta é estreita, vasto o caminho
Quando se atenta pela verdade do amor
O amor que os amantes não sabem, nem sonham
Mas que, em cada alma, geme quando há treva ou dor.

 

Os homens caminham distantes de si mesmos
Sombras acolhem seus medos e os tomam
Pois a porta que esperam despedaça a moenda
E a fenda da alma, se agiganta e se degusta a gangrena

 

Eu vi os homens felizes, vi uma cidade de paz
Uma cruz, um sacrifício e o que a gente faz...
Do deserto o Messias adorna a salvação
E no calvário consuma que o amor nunca é vão.

 

Meninos e mulheres de mãos dadas
Agora a virgem nunca mais será julgada
O Adão consertado encontra o Éden herdado
Uma genealogia de farpo construído do pó esperado

 

Ainda há esperança para pela porta passar
Os homens vestem de humildade e as mulheres
De honra, graça e não mais
De seu suor.

 


Está consumado!




 




Czar D’alma  


Com o Pé Na Estrada

       "Com o Pé na Estrada"  




                       




Vem comigo, vamos ser feliz
Dobra a saudade longe
E do amor pede bis.


 

Deixa pra trás os medos
Abra os braços e
Deita quieto seu segredo.

 

Vem, lança mão de ser feliz
Acorda com seus desejos
E o amor está por um triz


 

Vem, põe o pé na estrada
Quando cansar de sorrir
Chore com a pessoa amada.

 

Por que os dias correm
E os homens são maus...
De tempo em tempo a sorte vem
E não deixe de viver por ser tudo igual.

 

Não faz sentido amar e temer o perigo
Pois quando abrirmos os braços
Vamos correndo um ao outro
E encontrar o prazer como litígio.

 

Vem comigo, deita cá.
Haverá sempre almas querendo
Sorrir, brincar, deitar e amar.

 

Então você já vem...
Faço a cama e desarrumo no teu nome
E a alma cansada agora feliz
Diz Amém!

 

Então vem!


 



Czar D’alma

Cheia de Vida

       "Cheia de Vida"  




                      



 

Hoje acordei com lágrimas...
Aquelas vossas palavras feitas em mágoas.
Um deserto na alma que não se acalma
E um lenço em saudade naufraga.


 

Hoje eu acordei assim, assim...
Com saudades de seus beijos
Uns doces gracejos que agora
Não dedicas a mim.

 

Hoje eu dou com o tempo como aliado
De tempos que a vida é um mar salgado
Os meus olhos não podem ver aqueles dias
Em que éramos oceanos de doces alegrias.


 

A vida ainda me sacia...
Mas foi em seus contornos
Que esta era uma real fantasia.
Cabeça quente, casa calada quase vazia

 

Hoje eu acordei como não queria...
Com seus olhos na alma
E com a temperatura tão fria.

 

Hoje eu acordei sozinha,
Tudo o que jamais queria.
Por que no meu corpo e alma
A tua pele ainda suscita a minha.

 

Hoje acordei querendo morrer
Porém, mesmo sofrendo
Cheia de 



vida!



 


Czar D’alma

2012/01/18

Colírios de Ilusões

       "Colírios de Ilusões"  




                     


 


Deitei os dias de minha alma
Em regaços de saudades.
Um tempo que abraçava meu mundo
Achando que bastasse em mim tal ressalva.


Deitei colírio de inocência
Acreditando num amor
Quando tu a mim desprezavas
Despercebia o mundo seu que pisava...


Hoje deito meus dias
Na poeira da estrada.
Por que o mundo seu pode ser tudo
Mas sem amor, tudo é quase nada.


Deitei tantos sonhos
Esperando quem não me amava
Sonhadora que sou, voei às minhas fantasias
Uma alegria que me restava, que só cabia em mim.


Deixe-me deitar em mim minhas poeiras, acinzentadas
Por que o mundo quer todo amor...
Mas não ama quem pensa assim.
Uma sombra empoeirada de lembranças amarrotadas.


Enfim, deito os meus dias e sonhos
Aos que me estendem as mãos
Não ignorando a dor que há dentro aqui
Com meus colírios de ilusões e sonhos de 




marfim.



 





Czar D’alma




2012/01/16

O Jardim do Ser

             "O jardim do Ser"   




                       



Há um jardim em mim...
A sorte é bem vinda.
Conquistas me alegram
E sua estadia é linda.
 

Há um jardim no ser
Dispara o sorriso quando passas
Nem notas como isso pode acontecer.
 

Sorriso e lágrimas em dias de sol
E o orvalho da alma rega a terra
A guerra que a solidão faz não é mera
Em luto o ser sangra o que antes era.
 

Há um jardim em vós
A voz que resvala
Um minuto de paz
De volta esta a querela.
 

Enfim, todos os dias são iguais
Somos nós que mudamos
Quando em tempo de riso
O mundo parece pertencer ao humano
 

O que ainda não somos...
Alegria, sol e primavera
O jardim que regamos
Pela vida que sempre é eterna.
 

O mar e o amor que rega meu ser
E o jardim há de enfim florescer...
Quando em quando estou contigo
Assim pareço viver.
 

Então há um jardim...
Mentiras invadem e são expulsas
Onde os homens parecem nunca temer
Você precisa ter um pouco de dúvida.
 

Pra que esse jardim venha a florescer...
Precisa-se de amor, paz e terra.
A coisa armada chamada caverna do ser,
Aquilo que a alma acompanha em nome da guerra.
 

Então você insiste em não ver...
O jardim que habita em você.
Pra que sua mentira seja bela
E não a alma que plantaste em teu ser.
 

O que os homens dizem...
 

Já era.
 


 

Czar D’alma


Nem Imaginas

            "Nem Imaginas"  




                          



Você não sabe, nem interessas em saber
Das coisas mais lindas e loucas
E do silêncio que me lembrava lhe ter.



Não imagina a minha dor e solidão
Quando a noite é longa
E distante é a alma do chão.



Quando as ondas lambem meus olhos
Em nome de lágrimas que jazem
O meu nobre coração.


Tu nem sentes o calor
Que fazes em mim ao ouvir tua voz...
Quando os pássaros voam e a minha alma
Decola desse aperto quase em vão.


Por que tudo que és
Sinfonia clara do meu refrão.
Onde há ventos e abraços não.

Pois todos os dias são iguais
Se você não vem ao meu lado
Nem imaginas a faxina que fiz no coração
Pra deixar-me numa noite equilibrado.

Por que meus amigos me chamam
Mas sem você a vida já não é paixão
Apenas uma querela chamada solidão...

De todos os momentos, naqueles que sou
Tu eras a minha companhia e canção...
Mas hoje eu abro os pulmões
E digo em silêncio – te quero!



E você não!


 



Czar D’alma



2012/01/15

Sonho e saudade

       "Sonho e Saudade"   




                       





Ah eu tenho sede daqueles dias...
Ah, o dia que eu comigo lhe inventei
Pra que a minha dor fosse um sono breve
Pois só os sonhos destroem a ventura que herdei.


Eu tenho sede quando contemplo o mar
Em cada onda eu sinto o seu beijar.
E as palavras que trocamos lá não ardem
Pois em meus sonhos os meus dias não persuadem.


Com cada gota das lágrimas que jogamos
Umas com sentenças, algumas amargas
E as coisas na mesa relembram as chagas
Em noites de veludo velando as nossas próprias desgraças.


Eu ainda sinto o seu corpo no meu
Eu ainda sinto o sabor de seus braços
Acordo comigo em meio aos prantos...
Me abraço ao som do desejo, a vida me traça.


Ah, eu tenho sede do que ainda não gozei
As mentiras postas em copos ou taças
As crianças que não herdamos por egoísmo da farsa
Por que, nos meus lençóis eu ainda deliro com o que sonhei.


Mas, quando o inverno me abraça
São dos seus beijos que minha memória me aperta
E sequer me pergunta como eu sangro em lágrimas
Em meio ao que os homens chamam de piada.


Então eu arrepio frente ao mar...
Com as lágrimas que nunca sonhei.
Meus dias posto naquelas noites
Onde arde a saudade do corpo que um dia herdei.


Corpos estranhos, sonhos reais...
E a vida não canta ao som da toada.
Quando o meu sonho era a tua felicidade
E eu era o pesadelo que te acompanhavas.


Um sonho, uma sentença e mil outras coisas...
Ardendo nos planos de um amor
Sem cuidado e sem sequer um abraço
Em nome de um simples 




regaço.







Czar D’alma