“Do verso sem fim”
Cala a palavra dentro em mim
Vejo o rio desnudar-se.
Quanto ao meu sonho e querubim
Esse Édipo a contemplar-te.
Dou de versos e flores que não tem fim
O fim dou aos reveses que me vestes.
Da cara à tapa, amor nunca tem fim
Senão, abalroar a nuca, a voz em meu peito frente a face.
Se hoje não houvesse fim
Esse dia a contentar-se
Com teu olhar que veio aqui...
Onde minha alma arruinaste.
Mas, desdobro o verso e próprio fim
Começo então, a amar o que não tem face.
Hoje que termine, amanhã será em mim
O verso que sempre beijas e
nunca amaste.
“Do verso sem fim” - Czar D’alma.