2022/01/25

O dia da desilusão. Czar D’alma.


 O dia da desilusão. Czar D’alma.

 

 


 

 O dia da desilusão. 

 

 

Digo-lhe coisas bonitas

Enfeito a capa das revistas.

Compreendo as verdades

Que lidas jamais são ditas.

 

 

A cada passo peço ao mundo

O perdão que me entorpeço,

Sem justas causas, apenas tropeços.

Os dias são de luas frias em meio as orações, rezas, incensos e terços.

 


 

Um dia de verdade onde o cruel abre os braços.

Corro frente ao abismo e ainda me lanço.

Como um mendigo de terno entre a Rua Assembleia, Uruguaiana e Senhor dos passos.

 


 O Rio é meu eterno compasso, 

e onde me lanço e nunca me acho.

Eu sou de mim a piada o umbral é o paraíso 

nos meus desejos me encaixo.

 


 

Logo, o dia passa e a lágrima, o sorriso até o amigo.

Que comigo varre as ruas e finge que não colhe

As misérias dos becos, da alma e o riacho.

 

 

Quando os amores chegam a dormência, faz cama

Com a cachaça a mentira e o medo de ser o que,

Jamais consigo senão nos olhos da menina.

Uma maneira de cantar a própria sina.

 


 

Vejo as crianças que votam e os velhos

Que do poder, do poder, do poder...

Do poder nada a dizer, senão regam,

Sua cabeça aonde pra todos não ser.

 


 Um dia, um dia um dia...

É o tudo e o nada que impregna a vida.

Essa vontade de ir aonde não esta,

Ser onde não viver... 

 


 

 Sem amor nem poder.

 

 

 O dia da desilusão. Czar D’alma.

 

 

 

 

2022/01/23

Naufrago entre abraços

Naufrago entre abraços – Czar D’alma.

 



"Naufrago entre abraços"


Na luz do sol do outro lado do planeta

Contemplo seus olhos e cada lágrima

De onde verte de desejo o oceano

E minha mente desnuda o próprio plano.

 


 

Na luz eu também a vejo também

Com tua silhueta rasgando estrelas

E na distância de nossos lábios

Meu sonho pede ao sono que aconteça.


 


Onde a vida está eu percebo você

Quando a consciência desagua frente à força do medo



Eu pego sua mão e ponho aliança em dedo.

Os sorrisos são para os lábios 

onde declina o beijo.

 


 
 

Em frente e sem nada mais a recuar.

O delírio acorda e pega onda no mar.

O barco que longe passa não pode gerar...

O quanto cada poro aspira ao momento de se encontrar.

 



Isso poderia ter qualquer nome

Mas o único que pudemos achar...

É na força do amor, a ânsia por amar.




Sempre espero que o barco desista de afundar...

Pra você em meus braços poder naufragar.



Naufrago entre abraços.

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Nossas estações – Czar D’alma.

Nossas estaçõesCzar D’alma.

 


 

 Nossas estações.

 

Como você está nessa estação?

Se as coisas estão difíceis

Acredite passamos

Também pelos tempos bons.

 

 

Eu vi uma carta na mesa

Tempos antigos que hoje

São mensagens pelas telas

A vida esta cinza numa bandeja amarela.

 

 

 Mas estamos bem

Lembramo-nos de ti

E de quase uns cem.

Brilho apagado gotas do além.

 


Vejo homens correndo

Uns mentindo outros se escondendo

Parece o passado que deixamos pra trás.

Alguns disfarçados de Cristo e outros Barrabás.

 


 

O destino que não mente

A vida que segue pelas mãos

Como uma linha inconsequente.

Uns dias somos esperanças outros, dementes.

 



Mas ainda há o sorriso da criança

O verso do planeta chamado lembrança

Quando estou sorrindo sou a chama

Mas se choro acordo e nada me alcança.

 


 Então vamos dormir

Lembrar-se de outro dia

Onde se pode sonhar

Na beira da cama ou frente 

 


 do mar.

 

 

Nossas estações – Czar D’alma.