2011/03/12

Lembranças

    "Lembranças"






Vejo a distância que a vida deixou...
A sombra de tudo que, o amor não formou
Essa lembrança de um mundo longe de mim
Ah, por que a vida nem sempre é assim?


Querendo as coisas do amor, amei coisas
Coisas que, me deixam em norte e sem o sul
Querelas que me abandonam, meu mundo azul
Cores de verdade em mim e tudo que é blues


Ah eu vejo a foto sua e me mando pra dentro
Aqui estão todos os nossos bons momentos
E cadê? Onde mais eu serei feliz?
Se você não estiver em mim!


Eu sou toda cor de verdade
Eu sou o amor que jogaste fora
Sou mais que a maçã, sou amora
Um beijo esquecido na tua sola!


Desde que se fostes em mim habitas
A tua carne em cima do meu desejo
Aquela coisa que sempre inicia no beijo
Ah eu sou o Amor que...


jogaste fora





Czar D’alma


Lembra de Mim

    "Lembra  de  Mim









Lembra de mim, me dá um abraço
Vem e veja o que de mim, resta em pedaços...
Flores tristes, coisas na estante...
Estantes eternizados em diamantes


Lembra de mim, me dá sua atenção
A coroa do amor, esta em saber dar a mão
Pra eu atravessar o rio que, em mim há
E naquele que deixou em mim, tal aflição.


Eu deito em luas longas                      
Noites de cheia solidão
A casa aberta... A saudade na mão
Ou por todo meu corpo, aquela volição...


Lembra de mim, me dá o desprezo
Pra eu esquecer que você é último e primeiro
A esquecer uma dama em tormentas e solidão
Coração no bar, amigos alados e meu amor vão...


Das centelhas de fogo na alma
Das noites ardentes em desejo
Eu sou o que, quer amar
Em meio à praia e no fundo do mar.


Lembra de mim...



Czar D’alma  –  Escritor  e  Poeta.

2011/03/11

Pela Escuridão

    "Pela  Escuridão





Te faço coisas pra você ler, e esqueces...
Te mando um monte de besteiras legais
Coisas que mentindo nos adormecem
Seja mais um dia ou noite, te quero aqui


Seja o dia mais doído, seja a lua mais intensa
Tua coisa em minha cuca, sempre me atormenta
Esperando coisas e cartas suas, aluguei o carteiro
Tu sais e choro triste, pela lágrima do chuveiro...


Me chamam, de muita coisa, mas esquecem do ermo
Sou o colágeno mais eterno, sou do amor o primeiro termo
Atrás das sombras eu me deito a abraço o travesseiro
Sou uma eternidade nua, sou o estandarte, carnaval e Rio de janeiro!


Uma nota de sua boca e me desvencilho do mundo
Pra tomar um beijo seu, sou capaz de mudar a rota de Hebron
Sou capaz de sair nua do chuveiro
Gritar teu nome em latim sair na rua de moletom...


Ah eu sou o Jobim sem seu tom
Quando você sai...


E me deixa à escuridão!



Czar D’alma

2011/03/10

Plenos Poderes

   "Plenos  Poderes"


 

Eu sou...
O Eros, Ego, Édipo
Quando não consegue
De tanta dor, soluçar!


O fantasma da ópera e a ópera do malandro
A lembrança da namorada na trincheira
O sapateado de Fred Astaire
E o vestido da mulher-rendeira.


Sou o prato da santa ceia
A pedra na cara de Golias
A Harpa de Davi
O êxtase da virgem Maria.


A coluna abraçada com Sansão
O desejo encabeçado em Dalila
Sou dos Amonitas
A contramão!


O buquê de flores em Hiroshima
O golpe mortal de Bruce Lee
E a lágrima saudosa
Da romântica menina!
Sou de Hitler a disritmia
A suave esperança do gueto de Varsóvia
A amante de Guevara
A filha estuprada de Fidel
O tesão da beleza americana
 O combustível golfo Pérsico
Meia-noite sem dormir, Vietnã!


Em Tróia Fui a Beleza de Helena
Do Vaticano a musa do castiçal...


De Sartre era ausência
A lágrima de Nietzsche em clemência
Nos ritos eu criara o ritmo
E no direito, sempre o tribunal!


Nas olimpíadas sou a perseverança
Entre tribos, índios e pajés...
Sou o colorido do folclore
E quando todos reunidos, sou a dança!


Eu sou, eu sou, eu sou!


No Amor eu sou o beijo
Do beijo eu sou a língua
A tristeza da capela Cistina
No reino Unido, o Coringa da rainha.
Eu sou o sonho de Antônio Conselheiro
Nas florestas tropicais eu sou a gama
E o sorriso brasileiro.


Na psicanálise sou Morfeu
Do dogma oriental eu sou Hebreu.


A champagne das bodas do cordeiro
Então sentei e descansei...
Vi os poderes plenos, fiz balanço
Em Karl Marx sou da barba, sua trança.


Adam Smith recorreu de mim a balança...


Eu sou o dialeto das línguas
Dos poetas sou revés e não a rima
A enxada na mão do coveiro
A carpideira espera por mim o ter dinheiro


Eu sou a flagrância dos casais
Eu sou dos pobres o descanso
Entre ricos e navios negreiros
Sou as correntes, sou o banzo


Eu sou, eu sou, eu sou...


Sou Odara dos historiadores
Eu sou dos estetas os horrores
Eu me vi em todos os lugares
Sou da fúria dos Titãs, Oásis!


Da burguesia não aceitei escambo
Sou dos miseráveis a sorte
Do glamour o tiro pela culatra
A Voz que almejava o rei e o Sinatra.


Eu sou a palavra forte
Sou a alegria
Da tournée dos Stones
A melancolia inacabada
Em Nelson Rodrigues.


A audaz macia voz
Gritando os Beatles!
Na suíte de Elton John...
O beijo de Yoko Ono de bom!


Ah, eu sou o eco de Roger Water
Sou do mar, Fernão Capelo Gaivota
A mãe, o irmão, o filho e o pai
Sou o que, Sun Tzu não nota!


Ah eu sou a MPB, o blues e o jazz
Sou o balé e o método de circo
Sou o sapateado e dança de salão
A idade que nunca volta


Sou a dama que Sócrates pediu a mão
Engraxando meus sapatos lá esta Platão


Ah eu sou o bolero da nação...
Eu sou , eu sou, eu sou



A morte!





Czar D’alma – Escritor e poeta.


2011/03/09

Poema Pra Ela

   "Poema  Pra  Ela"  






 
Te faço um poema das balas de hortelã
Dos beijos nunca, do momento só meu
Faço-te poemas, como um amante e me tens irmã
Faço-te dilemas nunca quiseste de mim o lado terçã


Ah essa menina, me fadiga a solidão
Ela foge das intrigas minha musa e meu divã
Eu quero poemas seus dos lábios e boca
Te quero a batom e a língua tua rouca


Ah eu faço poemas pra que, um dia
Façamos poemas sem nada, sem roupas...
Pra essa imensidão de amor desembarcar no mar
Enquanto somos a outra coisa, mais e mais louca!


Uma maneira sutil e doce de sempre amar...



Czar D’alma

2011/03/08

Uma Mulher

  "Uma  Mulher"








Cicuta em vestes nuas pare e me escuta
Não deixe a porta aberta, vem e desse teu lado vil!
Sentei á tua espera, sentença e querelas
Coisas que, nunca nos lençóis tu a ti se vestiu


Eu abro a janela, ouço a canção aquela...
Dos restos nossos em leitos
Tu te nem se lembras dos meus peitos
Que me fez feliz, me fez mulher.


Sai e leva o silêncio em tua cor
As vozes que escuto
São profecias de amor...
Acabou!


Nada mais de mim, se degustará até
Eu encontrar outro carrasco
Que me chame como quer
Em meus beijos e abraços de mulher!


Ah essa euforia barata, esse banzo de corpo
Eu ando atrás de momentos que, jaz o fosso
De minhas lágrimas contadas, de cozinha e mesa feita
Cada dia eu serei a tua espreita...


Alguém chamada de mulher! 





Czar D’alma