2011/06/24

O Melhor Plano

            "O Melhor Plano"      



           



Você passa, ouço pássaros
Um anjo me tocou,
Ah meu bem é o amor


Você passa eu sinto o cheiro
Penso se está bem o dia inteiro
Quero o mundo pra ti
Dei-te o meu primeiro


Se ficares triste eu procuro estar ao lado
Quando quiser sorrir, eu danço meio atolado


Você para e meu mundo silencia
Se tens fome penso no melhor cardápio do dia
As rosas são suas que colhi no campo
Mas quando não me olhas eu canto


Vê e percebe o meu amor
Quem daria a vida sem temor
Em lhe ver Feliz, isso pra mim
É o dom melhor que de Deus herdei


Vem pra mim me abraça e tira o medo
Sou o mais interessado em doar-te zelo
Quando tropeças eu coloco-me lá
Pra sequer no chão, seu corpo tocar


Você é elegante e me fascina
Quando to contigo, negócio da China
Eu amo quando acordo e todo o dia
Quando vou dormir, sua face na minha retina


Eu ando atrás de lhe fazer feliz
Seja como for eu quero você assim
Abrindo os braços me amando...
Mesmo que, tem a distância de mim!


Sou um ébrio de seu nome
Dou golpes de felicidade quando não somes
No fim do mês dou-te as estrelas pra passar
E a cada semana, deito-as pra a gente amar


Eu to a fim de lhe fazer feliz
Seja como plebeu ou com pedigree
Eu ando querendo me doar pra ti
Me aceita uma noite e mais dois milhões de anos


Quando perceberes que, do teu amor
Fui o não percebido, mas quando aceito...
Sou o melhor 




Plano!






Czar D’alma



Constelações de Lágrimas

            "Constelações de Lágrimas"      





           




À noite eu me lembro mais
Das constelações que contamos
Bordando os céus em confetes
Celebrando ao que ainda não somos


Uma herança eterna em mim deixaste
De coroa e de rosas pelas noites me vestes
Meus risos em seus peitos são as preces
Do mundo e amor que, a mim tu teces


À noite eu me coroei
De seus beijos me adornei
Colorindo sonhos
Desmedindo-me sol e lua atônitos


Em mim a coisa toda era pura
Não sabia de tua esperança na rua
Seguindo seus passos, se perdeu
Egoísta de anseios se foi e me esqueceu


Hoje à noite eu conto as estrelas
Mas já não encontro constelações
Seu braço abraço em minhas recordações
Um dia a lua e o sol ainda hão de dar-me canções


Das ruas frias

Dos beijos quentes

De sonhos vertentes

De cabana e cama

Das minhas membranas

Onde o sul não é montanha

Pelas posições infernais

Que me açoitam em vitrais

Quando penso em nós

Não entendo a solidão dos lençóis


Então eu conto estrelas
Das constelações de lágrimas
Quase sempre límpidas
Mas nadam em quase nada


Onde eu sou a memória
E tu a mentira mais equivocada
Cheiro de jasmim, canção da estrada
Uma estrela sem a sua dádiva


Eu sou o meu coração
E tu o egoísmo cego e nu...
Que nunca cede nem mede
Como deixaste a minha pele


Tão desesperada.
Eu sou um sonho e estrela
Sem constelação e sem medo
Mas sempre aquela constelação...





De lágrimas!






Czar D’alma 



2011/06/22

Com Chuva e Cuidado

             "Com chuva e cuidado"   



           



Se a chuva levasse aquela dor
O tempo escoaria o gemer, o rancor...
Se a chuva lavar o segredo do medo
E digo que venhas te dou as mãos e os dedos


Quando chovendo sangramos de amor
O seu sentido ao meu lado, nada de torpor
O dia abrandando os sentidos e o lado lindo
Quando olhando a chuva que, remove o perigo


Que a chuva caia em nossos corpos amados
Um dentro do outro e o amor incinerado
Pela paixão dos rios e dos muitos cuidados
Onde nós nus molhados, inflamados e apaixonados


Percebermos que a chuva que não cai dentro
Já não precisa ter cuidado...
Ela há de aquecer os
Enamorados.


Sem trama e sem
Atordoados.
Só amor



Cuidado.





Czar D’alma 



Casa Comigo

            "Casa Comigo"   



           



Me dá seu beijo, casa comigo
Já não sei da vida o sentido
Querendo os rios do amor
Amando o que nem sou


Me dá seu carinho, me vaza a razão
Eu tenho uma montanha em casa
Não é de dinheiro, mas sim de paixão
Casa comigo e se canse de dizer, não


Os dias que, vieres comigo
Serei o servo com o amor e sentido
Nas noites frias eu a esquentarei
Na vida mais nada se fará preciso


Quando escorregares, estarei lá
Em tempos de medo e lágrimas
Seus olhos eu hei de enxugar
Em dias de luto, apenas me doar


Casa comigo... Dou casas, carinho e amor
Se precisares de mais poder, não temas eu dou
Quando precisares voar, serei tuas asas
Se pisares em falso, no colo te levo pra casa


Casa comigo, sou romântico, protetor e quase bonito
Mas quando me beijar, eu te recompensarei por isso
Casa comigo, me dê tua mão...
Se o medo vier, serei proteção


Então é domingo e o ano se foi
Tu sempre calada meu amor a esperou
Essas suas rugas eu hei de acariciar
Mesmo em juventude, nem quiseste me olhar


Por isso casa comigo... A vida foi embora
E ainda o amor te espera, sorrindo pra ti, senhora
Casa comigo, eu vou ao seu leito de hospital
Guardo seus livros, protejo seu joelho afinal


Mas o meu amor não vê a possibilidade...
De esquecer e ter nele um final!



Casa comigo?




 
Czar D’alma 



2011/06/20

Ao Tempo

            "Ao Tempo"     



           


Às vezes penso meu caminho, meus passos...
Vou jogando os meus dias em dias de cansaço
E repenso a poeira da estrada e os seus porquês
Só quero mesmo abraçar o que nem sei dizer


Em tempo eu penso nas pessoas que me cercaram
Umas boas, outras quase me mataram
E o valor de cada coisa caída não dá pra explicar
Quando o vento sopra lento e a vontade de chorar


Eu penso no mundo e que esse mundo tem de bom
Penso nos amigos, nos amores e do mito chamado religião
Então eu ando vagueando pelas ruas com as crianças
Já espero do por do sol um beijo e outra consolação


Às vezes eu olho para o mundo e penso em você
Que dorme bem amanhece e ainda nem descobriu por quê
Então já é segunda-feira, meio de ano e o ano se passou
Já tenho mais que uma década e o que sei nada sou


Às vezes eu canto com os pássaros tento sorrir
Vou cantando a minha canção,
Meu egoísmo chamado desolação
Tudo é prece e lida feita pra eu dormir


Às vezes eu penso no que passou
E acabo em volta do amor que não durou
Os domingos são dias de melancolia
Quem nunca deu com isso, me dê bom dia!


Quando o dia acaba e os olhos deitam sós
É com o sorriso da esperança que choramos
Na espelunca em pensar no que não somos
E da coisa apertada ao peito feito em nó


Às vezes eu olho para o mundo
E não quero e nem penso em mentir
Mas se os amores vão se consumindo...
Não sei adular a coisa má e nem fingir


Mas se o mundo me sorrir
Com seu abraço e um doce elogio
Deito só, olho para os céus
E vou assim, me admitindo...


Não somos donos da verdade
Precisamos mesmo é estar, sentir...
Amar, sangrar, sorrir antes de dormir.
Quem sabe num momento solto


A vida vem e te faça ao meu lado
Me beijando, me fazer sorrir.
E que seja...



Assim!






Czar D’alma