Acarinhar-me – Czar D’alma.
Acarinhar-me.
Hoje eu vou deitar minha beleza
Nos braços de Omin e flutuar
Quando nos rios lhe encontrar
Sorrindo ao som do tempo lhe beijar.
Você ouve meu grito não se deixa dominar.
Mesmo quando calado em frio
O desejo de contigo poder acordar.
Ainda que nada mais faça sentido.
Hoje eu preciso me abraçar
Por que tu te foras sem me dizer
O quão fria fica a água que me banha
Quando não consigo lhe amar.
Os dias enganam a ilusão
Ou acordam nossas sensações
Quando tu passas eu ouço uma canção
Não restaram lágrimas de nosso ifá.
Agora mesmo distante desejo lhe abraçar
Pra que tu sejas meu candelabro a iluminar.
Quando o dia chegar
Olhando os montes
Em teus braços poder sorrir
Sonhar e poder descansar.
Por que tudo se passou
Sequer dissemos adeus
Dissemos apenas, não deu.
Nessa estória não cabe outro Orfeu.
Deitando as lágrimas na escuridão
A gente delira com o momento
Que éramos um só corpo sem espaço ou tempo...
Aquecendo a pele dada na delícia da paixão.
Tudo era lindo e nada aqui ficou
Senão a vontade de me abraçar
Pra entender o banzo da sua sombra a passar.
Deixa-me contar minha última estória
Com um enredo onde tudo é diferente...
Onde os sonhos não fogem nem mentem.
Mas a vida continua sendo nossa memória.
quem aqui não está.
Acarinhar-me - Czar D'alma.