“Leito e inferno”
Andamos por uma milha
Sentenças, embaraços e gostos
O corpo, sedento do jeito maroto
Nuance e espelho, desejo o vermelho!
Sua parte em sombras, flagrância seduz.
Ao lado, um som de seu perfil reluz meu ser
Desejo o mesmo que, volúpia e prazer!
Acorda e dorme, na semelhança do bem-querer.
Depois das sete, antes do dia, na hora vadia
Agente escorre e colhe o leite da malha fina
Então é suor, beijo, champanhe e calor!
Há uma milha de anos que, já não sinto do leito o furor.
Então, agente em conchinha, uma seria e praia
Meu desejo, ainda está enriquecido em sua saia!
As crianças do Ipiranga pescam o possível
Seu jeito, seu seio e vosso leito, imprescindível!
Nos momentos eternos, cinema sem roupa, nem terno
Amar é tudo que, a vida propõe, assim vivem os índios.
Maratona louca é seu corpo
Onde meu céu acaba, inicia o seu
Doce inferno!