2024/08/25

O fim da eternidade – Czar D’alma.

O fim da eternidade – Czar D’alma.





O fim da eternidade.




 

Tenho dores terríveis

Quem iria saber?

Quem deseja o medo

Que alguém deixa de comer.



 

Eu estendo as mãos

Eu sonho com a vida

Eu corro atrás de mim

Desfaço da ferida.

 



Eu pertenço a um mundo

Onde as mãos não se encontram

Os abraços nunca se apertam

Eu ando por todo meu próprio deserto.

 



Eu estendo as mãos

Eu calo a ferida

Eu quero o beijo

Na hora do rush na avenida.

 



Eu peço muito, quase não percebo

Eu deleito e brinco com meus medos...

 



Por que os amores acabam

E as pessoas morrem

E as crianças ficam órfãos.

E até os profetas mentem.

 



Eu não quero chorar

Se você não tiver ao meu lado

Eu sonhei com isso e teus olhos

Lendo e desejando vividamente doar-se



 

Paro e me perco

Soluços hão de surgir

Da madrugada que esvaneço.

 



Me abraça, não me cobra nada.

A alma que entende o silêncio da fala.

Percebe que democrática é a dor

Pois, monarca é a morte e o amor.

 



Me abraça e não me diz mais nada

Senão palavras doces e frias

Com as suas malícias e mentiras.

 



Eu desejo um minuto e um beijo.

Antes que a terra nos engula

Sem fome e na gula.



 

Eu to indo embora

Embora você já saiba

Se eu não fico no teu sonho

Eu sou pra ti apenas, manada.

 



Então é assim, eu e você e um fim.

Que a eternidade tenha compaixão

Dessa dor que abraça e não pede razão.

 



Nem sei como dizer

Apenas digo que lhe quero

Um querer e outro desespero

e nosso mundo em sorriso amarelo.



 

Logo, logo a gente apaga a luz

Acendendo a saudade do que passou

Sendo eternos, intensos e chorosos

Apenas porque o nosso amor 






alguém sepultou. 






O fim da eternidade – Czar D’alma.