2024/05/25

Quero Amar Você - Czar D'alma

QUERO AMAR VOCÊ – Czar D’alma Julio.

 


Quero amar você.



Eu vou vestir os versos da aurora da verdade, vou abraçar o verbo.

Eu quero colher do fruto da paz, da paz que o carpinteiro esculpiu em dor.

As flores não são feitas nos braços do ódio, onde ócio e o ópio são vãos...

 

Eu quero despir quaisquer delírios, onde o ser é posto de lado.

Eu vi as faces dos mentirosos esperando o grão da verdade se perder.

Mas em cada manhã a alegria me abraçava após a noite fenecer.

 

Eu quero amar você, que ama o medo, desespera-te pelos seus segredos

Quero amar você que, deixou a coisa aberta na consciência, esquecido pela ciência.

Quero amar você desprezado pelos rios das oportunidades onde os homens são vaidades

 

Quero amar e jamais deixar você esquecer

Que o maior gesto de amor não foi abortado

Mas pelo sangue, madeiro e pela dor fora gerado.

 

Hoje ainda não é feriado

Mas se quiseres vencerás o pecado.

Quando os homens lhe acusarem Ele estará ao teu lado

Carpinteiro bom, conserta madeiro de toda idade e geração.

 

Hoje eu quero amar você, antes que tudo passe e esqueçam de dizer

O carpinteiro há de voltar com mãos furadas, braços abertos e juízo aos homens

Porque toda Graça é vestida de sangue para que o perdido ache cabana, acalanto...

Onde o livro de toda alma é aberto, toda culpa condenada e o perdão livre do pranto.

Faz parte de Mim - Czar D'alma

Faz Parte de mim – Czar D’alma.

 


FAZ PARTE DE MIM.



Faz parte de mim, ter que entender os meus erros

Apertar os meus medos contra a coragem e seguir.

Faz parte de mim, escolher o silêncio quando enfim

Foram as lágrimas que me defenderam diante da vida...

Mas o amor de Deus sempre me acolheu

Mesmo quando, sabe se lá o que posso dizer...

Andei desgarrado, amei a mentira, vesti corrupção.

Mas, enfim, o Cordeiro não me fez caminhar em vão.

Faz parte de mim, abraçar os distantes

Buscar amigos, ovelhas e perdidos

Por que sempre me vi assim.

 

Colírio da graça é o Cordeiro no madeiro.

A força da vida é a verdade, o despir e lutar...

Por que todo dia é dia de escolher amar.

 

Quando todos se foram e me vi só

Foram as mãos furadas do Messias

E quem me disse que tudo é vosso

Até a figueira que, não floresce já deu vida...

A criança na rua, sem família ainda tem vida

Os homens que furiosos erraram são lhe dados

A oportunidade de rever a própria vida.

Aos mortais deu-se a porta, a luz e a vida...

Para entenderem que onde hoje é flor

Um dia também já foi ferida!

 

Czar D’alma Julio – Poeta, escritor, psicólogo e servo.