QUERO AMAR VOCÊ – Czar D’alma Julio.
Eu vou vestir os versos da aurora da verdade, vou abraçar o
verbo.
Eu quero colher do fruto da paz, da paz que o carpinteiro
esculpiu em dor.
As flores não são feitas nos braços do ódio, onde ócio e o
ópio são vãos...
Eu quero despir quaisquer delírios, onde o ser é posto de lado.
Eu vi as faces dos mentirosos esperando o grão da verdade se
perder.
Mas em cada manhã a alegria me abraçava após a noite fenecer.
Eu quero amar você, que ama o medo, desespera-te pelos seus
segredos
Quero amar você que, deixou a coisa aberta na consciência,
esquecido pela ciência.
Quero amar você desprezado pelos rios das oportunidades onde
os homens são vaidades
Quero amar e jamais deixar você esquecer
Que o maior gesto de amor não foi abortado
Mas pelo sangue, madeiro e pela dor fora gerado.
Hoje ainda não é feriado
Mas se quiseres vencerás o pecado.
Quando os homens lhe acusarem Ele estará ao teu lado
Carpinteiro bom, conserta madeiro de toda idade e geração.
Hoje eu quero amar você, antes que tudo passe e esqueçam de
dizer
O carpinteiro há de voltar com mãos furadas, braços abertos
e juízo aos homens
Porque toda Graça é vestida de sangue para que o perdido
ache cabana, acalanto...
Onde o livro de toda alma é aberto, toda culpa condenada e o
perdão livre do pranto.