2011/05/07

Via Mãe

            "Via  Mãe"  





 
Pelos momentos daquelas febres
Enquanto eu era ainda o bebê
Dos dias de chuva e o abraço tenro
Minhas birras, meus ilustres momentos ingênuos!


Por cada dor em seu corpo pra nascer
Por querer inventar o caminho a fazer
Das crianças que, ainda nem sabem dizer
Meu muito obrigado, por tua vida eu nascer!


Das mães embaixo de viadutos
Pelos homens jamais que, encaraste até no luto!
Dos filhos que cheiram cola às suas mães sem escola
Pelo amor de Deus que, cravou em seu leito meu futuro.


A cada mãe que feliz, sorrindo o filho que veio
Das mamães perdendo seus filhos em lágrimas
Onde Deus ouve a cada mãe que, não deixa sua prole
Na desesperança dos homens deste mundo...


As Mães... Corações eternos e divinos
Quando o filho não nasce, ela crê...
Que Deus pegou o melhor pra Ele
Sem nunca ao aborto ter que perder.


Mães são expressões de um Deus absurdo
Onde nasce o sensível, o poeta e o bruto!




Czar D’alma  -  Escritor & Poeta.



2011/05/06

Ferida Sem Fera

       "Ferida sem Fera"  





Quando a lua em mim
Era cheia de esperanças
O ardor desse teu amor...
Minha fuga, meu gemido.


Abracei em mágoas
Sua costa dada a mim
Meu rumo de náufrago
Tremendo de solidão em lágrimas.


Foste o meu melhor
E o pior de mim...
Meu grito, clamor, gemido
De vosso amor o brado ilíaco.


Vou de popa a Poa
Meu barco afundou em chamas
Do amor meu, por um ser ferido
Sou a voz, sou a dor desse teu mundo lindo


As recordações estão nas roupas minhas
De verão a verão, meu corpo sua e mia
Teu corpo, tua voz, teu amor...
Que me negaste em minhas curvas e linhas.


Então eu vou, desbravo-me, afloro-me...
De um romance jamais lembrado
Tampouco será esquecido

Tua mão

Tua boca,

Solta e nua que vá a roupa

Minha sina e grito

Tua curva virando à esquina

E as costas de homem mais feliz

Em estar livre e solto como uma fera...


Onde eu fui presa
E tu o bravo cavalheiro, meu mito.


Esse meu mundo agora
Desbravado e só...


Minha única maneira de ser
Um ser feliz,


Porém...


Ferido!





Czar D’alma 




A n j o s M e r i d i a n o s

       "Anjos Meridianos"  






Quando o sol nascer, sorria
A cada gesto da vida, alegria
Por teu amor sem despedida
Pela maresia na alma sentida


Me dê os motivos seus
E farei-te feliz não apenas um dia
Das constelações tuas que és
Pra que sejamos felizes numa só vida.


Os amantes das praças, os sorrisos matinais
Os avessos travessos em nossos laços letais
A via que passamos pra sermos um só plano
E o que você destruiu em menos de um ano...


Das lágrimas nunca contadas, gemidos em madrugada
A vida que tivemos os sonhos que plantamos...
Serão dos anjos arredios, os desejos meridianos.
Causa da fé é sonhar em plantar sem fazer dano


Quando eu passo e vejo o dia nascer
É nos seus olhos, o meu pensar é você
Acho que a gente pode mudar o “se”
Quebrando rotinas e rotas...


E fazendo o dia acontecer
Em vez de pensar nos porquês.
E no que diríamos...


Quando nada chegamos a fazer,
Querendo os planos sem sonhos...


Apenas,
Somos anjos,


Meridianos!



Czar D’alma



2011/05/05

Primeiro que Nunca Abriu

            "Primeiro que nunca Abril"  






Ontem...
Ontem eu lhe vi!
Você estava em meu caminho
sem você a vida parece não sorrir


Ontem...
Eu vi a tua face ao lado,
No espelho nunca quebrado
Remontando pedacinhos de mim...


Ah eu vi você em mim!


Quanto às coisas, passam eu sei
Tenho você dentro de mim!
Mas jamais passarás pra fora
Do que eu vivo sem ti.


Quando te escrevo você parece não
Querer olhar pra dentro do aqui
Essas coisas minhas juntadas
Nunca recolhidas, quase sempre quebradas


Quando passas e não percebe-me...


Então, foi ontem eu vi você sorrir
Dos dias distantes, meu amor tão distante
Dentro de uma tela, jogada em mim, aquarela
Uma mini escola de samba, meu refrão sem fim...


Tu és meu porta-estandarte, minha sorte destarte
Coisa linda e dama nada e nunca vil


Mas quando eu digo que te amo...
Tu me chamas de,



Primeiro de Abril!




Czar D'alma



R e c a n t o s

       "Recantos"   






Voltei dos mares abertos sorri
Andei por tantos vales, te amei
Por mudanças solenes pedi
E seu amor ainda esta aqui.

 
Os seus receios tirei
De todos os meios, te amei
Ainda esta aqui...
Todo seu amor por mim!


Vem de todos os ventos
O que senti quando lhe amei
De belas, suaves maneiras inventei.
Pelas formas de perpetuar-te meu rei.


Quando tu chegar a casa
Adormeça as leis, acorde em graça
Vislumbra o beijo meu em ti
Selado naquela tua feita barba


Momentos sedentos meus saciei
Nos braços seus, a tatuagem minha
Aquela foto e pose em tua cozinha...
Onde tu eras meu cardápio e eu, advinha!


Ontem eu vi Você passar
Sair de corpo, entrar num bar
Guardei comigo meu medo inimigo
Sai da rua entrei em sua bainha...


Mas dormi feliz
Quando disseste...


És minha rainha!



Czar D’alma