2021/06/16

Dentro de um sonho – Czar D’alma.

Dentro de um sonho – Czar D’alma.

 



Dentro de um sonho – Czar D’alma.



Estive andando por vias escuras.

A procura de um sorriso que

Fizesse-me abrir os braços

Nos dias de meu regaço.

 

Ontem ainda estive ali

Procurando por você

Esperando algo pra fazer

E chamar sua atenção.

 

Dentro dos meus sonhos

Você esta em todo o tempo

No modo mais claro e limpo...

No sentido fácil e distinto.

 

Dentro dos meus sonhos

Eu consigo lhe ter todas as noites

Mesmo quando amanhece

Estamos juntos e a alma arrefece.

 

Mas antes de dormir

Derramo as lágrimas

Por que sei que não voltará jamais.

Sua doença te levou e em mim jaz.

 

Seus sorrisos

Dos dias de brilho...

Quando a noite cai

O coração sedento estremece.

 

Por mil anos estarei aqui

Por que nos meus sonhos

Acordo e durmo com meu amor.

Uma canção de ninar e uma forma...

 

De sofrer em puro amor.

“Canção do amor “ – Czar D’alma.

“Canção do amor “ – Czar D’alma.

 


“Canção do amor “ – Czar D’alma.



Se houver uma canção, onde sorriem os lírios.

Na marcação das estações e flores perdido o tino.

Há uma canção onde eu solfeje sua boca e nome na alma.

Haverá um refrão onde tudo que há, ao amor tudo sugere.

 

Em tempos de frio ficar só

Para poder melhor sofrer e amar.

Aquilo que ficou e que de nós restou.

A forma fria onde o verso vence o verbo.

 

Substantivos entre nossas bocas

Nossas roupas tão lindas e nuas

Procurando o sentido que o delírio faz

Quando em arpejos meu dedo lhes cai.

 

Um minuto de silêncio

Eu e você em pleno incêndio.

Cala a boca o corpo que incendeia

A carne fria e aflorada como primavera sem roupa.

 

Eu diria uma canção para despir

Os medos que escolhes ao saber

Que ainda pode estar de volta sem mim.

Sem sua voz eu me calo, sem teu quadril acabo.

 

Dê-me sua mão

E o corpo também

Por que tudo em breve

Será centelha, fumaça, pó e desdém.

 

 

“Canção do amor “ – Czar D’alma.

 

2021/06/15

Apenas amantes – Czar D’alma.

Apenas amantes – Czar D’alma





Apenas amantes 



Dentro dos momentos que estamos a sós

Nas conspirações de nossos lençóis.

Verso, vértice aplaca a sebe.

Vinga-se o delírio da sede.

 

Dentro de cada espaço

Um horizonte coube no quarto.

Se o dia nascer e não der tempo...

Pra poder luzir o que mundo não vê.

 


Dentro de nossas cabeças.

Estávamos tão próximos

Perdendo o juízo sem enxaqueca.

Ninguém que reclame se de isso padeça.

 

Até o vinho se tornou veludo.

Encorpado o corpo e o destino.

Por que num segundo não seremos mais...

A taça soberba de um rumo absurdo.

 

Então, você acorda e olha o espelho.

Sequer reconhece quem está ali.

Frente a tua face, estranha por si.

A forma mais lúdica de compor o medo.

 

Ninguém mais se procura entre nós.

Porque todo o dia é inerte e frio

Há quem decida encolher o desejo...

Procurando nisso algum sentido.

 



Dois corpos agora distantes.

Como postos à rua flagrantes...

Sendo infiéis ao próprio egoísmo.

Caras de Judas, mas apenas amantes.

 



Apenas Amantes – Czar D’alma.