"A Cela da Alma"
É no horizonte que, percebo tuas palavras
Umas mudas, outras quase caladas...
Quando fiz do verso a minha arma
Mais humilde e mais frágil farsa
Eu acordo e vejo você em meu corpo
Sou uma missa de seu âmago sempre ausente
Um rio quando acordo em meio às lágrimas
Coisas que acedem à chama ardente.
Quando olho o horizonte, seu corpo
E uma multidão de pensamentos me invade
Delirando aquele dia na praia a calma na alma
Mas no coração era a minha alegria em saraiva
Onde tu me pegaras com um pássaro
Decolando-me em mil e uma partes ávida
Beijo molhado, corpos quentes...
E uma lembrança pra ser guardada
Pra eu poder olhar o horizonte
E não naufragar
Em minhas próprias
Lágrimas.
Agora o horizonte é uma sentença
E meu corpo...
A cela da alma
Coisas que me despertam na madrugada
Onde eu desespero em nossas memórias
E me percebo...
Quase um
Nada.
Czar D’alma