2011/08/31

A Cela da Alma

            "A Cela da Alma"     




                    






É no horizonte que, percebo tuas palavras
Umas mudas, outras quase caladas...
Quando fiz do verso a minha arma
Mais humilde e mais frágil farsa


Eu acordo e vejo você em meu corpo
Sou uma missa de seu âmago sempre ausente
Um rio quando acordo em meio às lágrimas
Coisas que acedem à chama ardente.


Quando olho o horizonte, seu corpo
E uma multidão de pensamentos me invade
Delirando aquele dia na praia a calma na alma
Mas no coração era a minha alegria em saraiva


Onde tu me pegaras com um pássaro
Decolando-me em mil e uma partes ávida
Beijo molhado, corpos quentes...
E uma lembrança pra ser guardada


Pra eu poder olhar o horizonte
E não naufragar
Em minhas próprias
Lágrimas.


Agora o horizonte é uma sentença
E meu corpo...
A cela da alma


Coisas que me despertam na madrugada
Onde eu desespero em nossas memórias
E me percebo...
Quase um 



Nada.









Czar D’alma



2011/08/29

Passos do Engano

           "Passos do Engano"   




                    




Meus erros pelos cantos
Cada dia tem sua alegria e pranto
Sou o eco de meu esperanto
Nem sei como te amo tanto...


Meus dias em cada mão
Meu silêncio em torno do vão
Abraçando o tempo que, em tempo
Embargo no peito a tal solidão


Se precisar de amigo me dê à mão
Mas se quiser todo meu amor
Prepare tua vida e abra os braços
Serei sua comida e o café de seu pão


Onde os homens erram o amor retorna
Esguia a lâmina fria do olhar
E estende a mão.


Como quem espera um milagre
Eu abro o meu peito
Jogo fora a ingratidão


Por que desde que te conheço
Sou o abandono e o torpor
Mas sempre o viés de minha
Sentença e ambição.


Onde as mulheres amam
E os homens se perdem
Quando mentindo
Dizem – 



o!






Czar D’alma