"O Silêncio"
O silêncio bateu à porta
Entrou em meio aos gritos
Dopou a saudade que aborda
Quando tudo procurava seu sentido
O silêncio fala em meio às tempestades
Corre entre rios, despeja sonhos nos mares.
O silêncio esse arauto quase nunca se comporta
Vagueia soluçando gemidos das noites em revoltas.
O silêncio me diz que o dia chega
E que a noite nunca se esquece...
Quando a memória do adulto
Ainda acompanha-o desde a ida de criança
O silêncio sabe como dançar ciranda
Bate em portas fechadas e não se cansa
Quando o sol nasce ele ainda tem esperança
O silêncio nunca diz que, a gente não alcança
Apenas o silêncio esta conosco
Quando a vida já não esta na dança
Às vezes, canto silencioso pra saber
Como era tão feliz em dias de infância
Mas hoje adulto
O silêncio de gritar não se cansa
Pois, ele esta sempre correndo
Na memória do que um dia foi inocência
Mas que hoje é só uma esperança.
Esse silêncio me atordoa
E me afoga nos braços de mulher
Quando em quando ele é o homem
Que atira sem perdão e nenhuma aliança
Casaco de medo é o silêncio no deserto
Nas auroras de lágrimas e de nenhum amor
Sem flor e sem flagrância.
O silêncio de gritar
Nunca cessa e nem se
Cansa.
Czar D’alma