2013/06/15

“Comigo é assim” – Czar D’alma.

“Comigo é assim” – Czar D’alma





“Comigo é assim” – Czar D’alma



Quando estou sozinho comigo
Dispenso sempre essa solidão
Que me exaspera esperanças
Em formas lúdicas de canção.




Quando estou num escuro canto meu
Repenso os momentos que tenho
E aqueles que em mim mais doeu

Não tendo rumo a alma se desequilibra
Quando tem-se um amor temos de tudo
Quando somos um minuto na vida de alguém
Não se pensa o outro como nos sentimos bem.




Com mentiras se faz uma ferida
Com detalhes se transforma uma vida
Com um sorriso a esperança, já não mais escondida
E se te ganhas um beijo, tu a ti mesmo se agiganta e declina.

Me ensina a sair desse escuro quarto
Me diga se valho mais que um parto.
Dos mínimos os montes se valem
E de menino se faz um homem.




Sem medo do escuro
Essa escuridão vira companheira
Quando penso que isso é pura besteira
Abro a janela e a vida me ensina coisa verdadeira.

De livros se cansa
De filmes se lança
Não tendo abismo a alma descansa
E sem amores o mundo não basta nem canta.




De um mundo no escuro
Dar-se-à valor a cada luz que se aproxima
Esperando um beijo doce da menina
Ou um amigo dócil à dobrar em nossa esquina.

Sem jeito eu quase me calo
Com um braço ao lado sou gigante sem disfarce
Mas, as coisas que se vêem do escuro são duras
No amanhecer as lágrimas quase sempre maduras.




Me tire desse quarto escuro
Quando estás sempre rodeada
De gente que sente e sorri...
Essa minha alma esta por um fio na espera de sorrir.

Sem doces lembranças tudo se cansa
Me dê um bom motivo
Pra não querer voltar
E ser a mesma criança.




Tenho motivos pra sorrir
Quando vens e lês aqui
O que parece poesia
Mas que fora lapidada dentro de mim.

Sem sorrisos, amigos distantes, familias perdidas
Um homem quase pede pra vida responder
Por que que tem de ser assim,
Sem pedras pra tacar e flores pra pedir.




Assim, num quarto escuro
Uma alma dá o valor de um mundo
Quando todos estão no palco
E seu palco é estar por um segundo.

Então o mundo não é tão escuro
São as estradas que não tem luzes
Pois os homens vestem fardas
Antes de seus próprios lutos.




Não luto, nem sangro, não sou
Quando no escuro quarto
Todo um mundo se passou

De ilha a alma se faz
Se deres a mão
De volta vem a paz
Onde a matilha jaz.




Num quarto enquanto escuro
Sou de todos quase um absurdo
Sem vozes pra despir...
Nem amores pra sorrir.

Mas a vida dá voltas
Espera coração e não se revolta
Por que todos têm tragédia e apogeu
E por que não teria o medo, o erro e o eu.




Quando enfim amanhecer
Ou alguém a luz acender
Pra que a escuridão venha a correr
Pra um lado distante do que faz doer.

Sendo um quarto escuro
Iluminando outros mundos
Assim se fazem ofícios e discursos
Pra que a vida esteja enfim em tudo.




Sem pedras pra tacar
Flores pra parir
Mentiras pra trocar
Apenas roupas pra dormir.




Comigo é assim.






“Comigo é assim” – Czar D’alma.  



2013/06/12

“Namora comigo?” – Czar D’alma


“Namora comigo?” – Czar D’alma.





“Namora comigo?” – Czar D’alma



Cantei uma canção
Colhi flores de meu coração
Ainda tenho uma esperança
Ao fechar os olhos te vejo em minha mente.




Por que são as canções
Doces como as estações
Por que quando fecho os olhos
Tenho a felicidade nas mãos

Quer namorar comigo
É o que digo
Quando vejo seu rosto
Com os olhos fechados comigo.




Quer namorar por uma eternidade
Por que sem você eu só conheço a saudade
Me dê a mão, um beijo que lhe dou as flores
Que pelo caminho da vida colho em meios às dores.

Quer namorar e pra sempre ser
A mulher que enternece o meu ser.
Por que os meus olhos vêem as faces
Mas só lembra e deseja estar com você.




Dúvidas poderão existir
Medos seus eu ei de dirimir
Por que quando pego em suas mãos
Os meus dias são melhores que essa vida vão.

Quer namorar comigo
Criar junto uma nova estação
Onde o calor não arrefece
Senão essa coisa entre a alma e o pulmão.




Namora comigo, venha ser pra lá de amiga
Quero estar ao seu lado por você encaro qualquer briga.
Não se ressintas quando os meus olhos estão náufragos de dor
Por que já esta amanhecendo e não pude lhe chamar de meu amor.

Namora comigo, dá a vida minha um sentido
Colore o canto que o banzo traz em mim abrigo.
As coisas que passam, os versos que se vão
Quando estou contigo eu crio uma nova estação




Onde o verbo é a verdade
E a verdade é um caminho
Quando o caminho não vira saudade
Sei que ainda amo você, meu pergaminho.

Que essas palavras cheguem ao ouvido teu
Dá-me uma esperança, já que a vida não deu.
Cante comigo uma canção chamada amor
Deixa a mentira de lado, abrace a verdade e ardor




Por que quem não ama não tem um instinto
Do tamanho da saudade e sua lembrança é apenas uma torpor.




Namora comigo
Vem e deixa de lado
Por que quando  amanhecer




Eu lhe digo, feliz dia dos namorados.






“Namora comigo?” – Czar D’alma


2013/06/09

“Estranho ardor” – Czar D’alma

“Estranho ardor” – Czar D’alma





“Estranho ardor” – Czar D’alma



É estranho como em pedacinhos
Se faz um coração num instante vão.
Se vão os sentidos, se perde a razão




É engraçado como perdemos
O que mais estimamos
Sempre esperando da vida
Um mais novo trunfo.

Não sei do que me calo
Não sei por que escolhi o, eu te amo.
Quando em tudo se perde...
Maiores são os meus danos.




É estranho como se escorre pelas mãos
Os momentos tão fortes que antes outrora
Estava à beira de nossa maior ambição.

Detalhes fúlgidos
Palavras frias...
E de noite se faz o dia.




Cada momento, cada detalhe...
Que escorria das palavras
Mesmo sendo lindas
Estas de sábias não se vale.

Me dê o seu sorriso
Pra eu poder chorar em paz.
Dias que fiz em nome de quem
Se foi ou de quem ainda se vai.




Não entendo da vida o sentido
Do amor os rios e os abrigos
Só me perco comigo e isso não
Me parece nada mais que sofreguidão.

Me dê um colírio pros meus olhos
Me faça um poema quando a noite não.
Diga-me coisas tenras e doces
Pra minha alma sair dessa combustão.




É tão estranho como você me deu
Um enorme mar e quase pensei em apogeu
Mas, logo tudo passou e no deserto
Eu vi mais que poeira, eu vi o meu eu.

Me delira uma noite a mais
Me faça uma canção de paz
Preciso de um amor, de um coração
Quem me dê beijos e não cobre coerção.




É estranho o nítido sonho
Quando abrir os olhos era viver
E morrer não parecia ser medonho.

É  tão estranho, é tão estranho...
Que olho pro meu peito
E o buraco não sei o tamanho.




Então o que me resta
Acabar com a noite, sair da festa
Mas esperança sempre me regressa




Por que o amor não.





“Estranho ardor” – Czar D’alma