"Sem Amor e Luz" ( Homenagem Às Vítimas em Realengo)
Dos versos que, guardamos de cima
Olhando o clima e a alma sofrida
Não quero ver essa coisa doída a mais!
Querendo as crianças sorrindo
Professores se rendem há muito...
Balas não mais perdidas, momentos infernais
Abraçando anjinhos que seguem a luz
Esse termo que uso e não crachá sobre a cruz
Pense bem, destas vítimas perdidas
Os pais não encontram respostas e vida
Naquilo que chamamos de equívoco
Aqueles anjos jamais verão a flor nascida
Desde quando, as armas vencendo
Vão cambaleando os nossos heróis?
Eu penso nos homens de bem
E como a vida esta pra ser o gole exato
De não matar em nome da fé
Nem desprezar a dor que, esta no gargalo.
Ande mais, nem lenços brancos jamais
Vestirão o insano e vítima
De sua própria falta de luz.
Só vejo que estamos cedendo
Às margens da linda Realengo
Que sofre seqüelas da fé sem a cruz
Mas o poeta vai se perguntando
Querendo apoiando e amando...
Com as forças de quem não julga
Mas prezando as vítimas dessa maldade
Cidade sem paz, meninas descendo...
E a vida, como seguirá dos amigos
Que querem amor em vez de inimigos.
Ah, meu Senhor devolva-nos momentos azuis.
E a gente abre a porta e vê uma mãe
Rezando e querendo a resposta
Até quando Oh Senhor...
Essa gente herdará a minha lágrima
Por faltarem tantos irmãos...
Sem amor e luz.
Czar D’alma – Escritor e Poeta.