2011/06/04

Outono do Sertão

            "Outono do Sertão"   



      



 
O outono chega a folha cai
O sertão veredas vem nunca se trai
Onde cai o poeta, a beleza nasce e vai
De um amor se perde o que nunca jaz


O outono chegou e o meu amor
Carregando cestas nos ombros afrontou
A seca e o frio da camisa em cheiro e dor
O nunca em sua nuca lhe desatinou


Ah eu quero beijar a flor
Onde essas marcas rachadas no chão
Meu amigo herdou de seu patrão
A terra seca e a morte no pão


Mesmo assim o homem segue
Cantando com a sebe
Em dias de chuva ele chora
Em dias de sol da dor ele ignora


O vento vem e trouxe outono
Na rede descansa o sonho que foi
Na manhã as crianças em meio à flor
A esperança nunca morre sem antes ser amor!


O sertão veredas me encantou
O poeta fecha a porta e se seca
A mentira anda de carro e de avião
E jamais irá de bicicleta


Do amor jorrou a semente do outono
Dia e morte vem à vida e o abandono
O homem então se levantou
Olhou pro céu e finge a dor


Da dor que sua madre jamais



O projetou!





Czar D’alma



Como Se Fosse Pela Primeira Vez

            "Como se fosse pela primeira vez"   




     



Hei você ainda não me ouviu
Festa, noite, beijo e lua
E a vida que, o amor pariu
Momento lindo e amor você ainda não viu


Então eles são românticos e nem sei
Eu tava calado, mas agora voltei czar de vez
Não quero comparar a lua e o beijo burguês
Andam falando que do amor e dizem que não sei


Desde onde eles estavam quando
Foucault me embriagou de ano em ano...
Essas canções que nunca compramos
O medieval e o romance que façamos.


Desde que lhe vi como a primeira vez
Te amo sempre e todo dia me apaixono
Conquisto todos os dias das coisas que somos
Roubando flores disparando pelos canos


O poeta assim voltou de vez
Todo mundo é romântico
Mas eu te conquisto a cada dia
E nem espero começar seu triste cântico


Velas, jantares, me prosto em meio à estrada
Componho versos da Verne da namorada
Dias de sol, eu deixo não saio com a rapaziada
Quero o mundo e dou a ti como expressão não exata
Do amor seu que conquisto sempre em meio a navalha


De lhe perder em meio aos planos
De amar a tua amnésia e seu lado soprano
Sou o homem que te ama a cada segundo do ano
E vou assim, te amando, amando, te conquistando


Como se fosse à primeira vez
Dou-te as fragatas do Vasco da Gama
Eu sei tu de mim a cada dia se esquece
Mas eu te mostro o poder do amor que amo


Como se fosse pela primeira vez
Te dou o meu mundo pois sem você
O meu mundo não tem sonho ou plano
Vou me despindo, me entregando te amando...


Como se fosse pela primeira vez
Não me importo pelo seu medo e tez
Eu me dou a cada por do sol eu sou freguês
De seu percurso que, ainda é lindo e humano


Como se fosse pela primeira vez
Dou as rosas das rosas que ainda nem plantei
Assim é o amor do amor que todo dia eu plantei
Sonhos, beijos e tu de mim se afastando, mas eu vou


Te amando como pela primeira vez
Toda sentença é para mim a esperança
De mostrar o poder do amor que ainda somos
Um de dia, outro a noite e vou assim me recompondo


Mas todo dia será dia de amar
Como se fosse pela primeira vez
Se esqueceres de mim hoje
Amanhã te conquisto “Again” de vez!”


Eu sou assim esse romântico que não compramos
E não tenho medo da Memória sua que, desatinamos
Amanhã eu acordo você e te reconquisto
Ao amor que jamais sonhamos...


Como se fosse pela primeira vez
Uma a mais dentre todos os anos
Mas deixar você esquecer tal amor
Jamais deixarei pelos anos que dou e somos!


Todo dia te amo



Como pela primeira vez!





Czar D’alma 




2011/06/01

Sem Medo De Ser Feliz

          "Sem Medo de ser feliz"   



      

  
Vou abrir a asas da esperança
E do amor que teci pra ti
Cantar feliz, sorrir sozinho
Pois é sempre mesmo assim


Deita fora vem sem medo
Traz o que tens dentro de ti
Um pedaço de amor...
Metade do meu lado mais feliz


Vem e trás pra mim,
Você até chorar de rir
Mesmo quando a lágrima
Mentindo insistir


Desvenda-me
Despe meus sonhos livres...
Faz-me viver em si
Sem medo de ser feliz.


Com as margens do amor
Eu reguei seu frio e dei o cobertor
Mesmo quando nem te lembravas
Que seu desperceber doía sempre em mim


Ondas e lágrimas e Lá se vai
A tua vontade de viver aqui
Com seus anseios, sempre livre
Mas nunca esquecendo




De ser feliz!




Czar D’alma 



2011/05/31

Escada Para O Céu - Czar D'alma

            "Escada para o Céu"   



           


Às vezes olho a vida, abençôo meus erros e saio
Às vezes eu fico mudo e sonho alto que lanço vôo
O meu amor é seu e você ainda não provou
Com meu montante de gritos em meu interior...


Às vezes eu sinto o frio, quero um cobertor
Olhando o sorriso do velho que, ainda não sou
Meu barco não tem leme, meu mundo é um disco voador
Pra me levar daqui, me levar de mim, me fazer um provedor


Um provedor de sonhos, apenas isso sou...
Uma medida incerta, um riso que desbotou
Uma rosa, uma flor, um tiro exato que jamais errou
Ainda sonho com o seu sorriso e mentiras em meio ao Arpoador.


Às vezes escuto vozes me falando pra esquecer o amor
A distância mais exata, o seu nome de mim se declarou
Seus dias perfeitos, meus tormentos sedentos... Ah, nisso dou
Minha cara sangrenta despenca ao olhar o lado lindo de seu interior


Ah isso ainda não cabe onde eu somente sou e vôo
Tuas frases, seus ecos, minha cuca deles já se libertou
As marés levam meu nome e vida, vem me dá um beijo
Diz pra mim que tudo isso é engano que, não será assim que vou


Me dê tua mão, me dá um carinho
Não negues o outro o direito de ser sozinho
Abrindo as latas velhas desse teu discurso, teu hino
Tuas regras não cabem neste mundo onde as ondas têm seus ninhos


 Larga a mão de teus erros, dispa-se desse teu evento
Minha praga, minha lira, meu amor e discernimento
Trancados ao ar, livres em cadeias, cadê teu sentimento
Um dia a mais, um dia a menos você e eu, dois num vento


Às vezes eu olho pra mim, me pergunto
Cadê meus medos, quando você está dentro.
Meu amor, minha vida entreabertos, restos de réu
Mas eu ainda abro a porta, vou subindo e descendo



Com minha escada para o céu!
Sem mentira, sem engano, com teus beijos
Provando a rosa dos ventos, sem leito sem fel
Vou subindo e me despindo desse amargo véu


Eu e minha escada


Para o céu!





Czar D’alma 



2011/05/29

O Que Me Dói

            "O que me dói"   



      



O que me dói são seus olhos friamente me olhando
O que me dói, suas distâncias de meus preceitos ideais
Talvez um dia venhas a acordar e descubra o quanto te amei
Até meu coração arder demais


Longe e dentro das plenitudes
Te espelhei em meus belos ideais
Isso foi tão profundo
Pois eu sei, eu te amei demais.


Dê-me seus lírios
Dar-te-ei meus livros
Dê-me seus lírios
Dar-me-ei cada vez mais.


Quando as aves vão pro sul
Talvez lá amemos mais
Com menos dor, mais prazer e furor
Com amor eu te amei demais


O que me dói são seus lírios
E a distância que a mim, isso traz
Devia ser eu bem mais lindo
Mas te amei com a força do cáis


Hoje eu sei te amei nos pedregais
Onde a maré bate surda
Na constância do pulsar onde jaz
Meus desejos em oceanos


Onde eu amei a Cristo
E nunca ao leviano Barrabás.


O que me dói são teus medos
De se abrir comigo e ir um pouco mais
Então escrevo cartas pra ninguém
E amor nenhum tenho mais


Pois te amei com força cadê vez atrás
De tua felicidade lhe completar
Pra seu egoísmo me afogar
Nas marés, nas pedras junto ao cáis


Onde seus lírios são distantes
Aonde me abortam horizontes
O que me dói é sua cegueira
Em não ver que te amei demais!


Naufragando oceanos
Escondendo os meus planos


Desbravando como um infante
Onde sua alegria é meu porto
Onde te amo sempre bem
E você não me vê



Jamais!





Czar D’alma