2021/01/25

Sem defesas - Czar D’alma.

Sem defesas - Czar D’alma.




Sem defesas 



                                   Parei de me defender

deixa-me soltar-te algozes meus

liberta oh Deus meus inimigos.

Estes ampliaram meu ser. 




Parei de chorar, senão pela humanidade.

aceito tantas pedradas, coisas que não levam a nada...

Aceito as minhas escolhas, nada mais me reduz

não sou miséria, nem desço à cruz.




Cansei de dizer coisas aos surdos

preferi cuidar-lhes das feridas.

Deveras, umas mordidas, outras ameaças...

mas são tão pequenas as almas que vestem traças.




 Ninguém a perdoar, ninguém a me ofender.

aprendendo a sorrir, mesmo quando a lágrima escorrer.

sem exaspero nem réu vão os juízes desempregados

abertas as celas, daquele que pagavam nossos mesmos pecados.




 Quem jamais mentiu sequer ao sepulcro do ser.

quando vimos o corpo só e a alma nada a temer...

só temem a lei os malfeitores, do leito descem

os que aos leitos puderam ascender.

 



Da inveja nasce o medo de não ser.

mas das almas que sabem que tudo não sabem

no bolso só levam o que pode caber.

mas vem um beijo de madrugada...

 


Amigo a que vieste, sequer trocas de veste

quando não sabe temer, em cobiça gemer...

tú impregnas de vergonha até o verme

que nasce e morre sem dever nada a 



hóstia, prole ou sebe.

 

 

Sem defesas - Czar D’alma.