Bilhete da saudade – Czar D’alma.
Bilhete da saudade.
Quando o tempo cala as frases
Que jogávamos entre os lençóis
Pode jorrar a esperança
Ainda quando tudo lhe dói.
Você guarda tanta coisa linda
mas despreza a sorte que lhe cai.
Ninguém sabe o tempo da verdade
E sem verdade os homens andam atrás.
De coisas frívolas e pequenas...
tua alma come e se esvai.
Ontem a noite quando o dia foi embora
Nosso amor armou as roupas em suas malas
E deixou um bilhete em meu vestido
No guarda-roupas da dor que nos corrói.
Parecia ser eterno o terno que hoje tem poeira
Como as frases que cantávamos tempos atrás.
Como era bom poder dizer nossas asneiras
Sem ter afrontas em meio a tantas brincadeiras.
Ontem a noite quando a esperança se despiu
Não nos disse se um dia voltará atrás...
Eu que queria tanto, tanto um beijo ardente
Tive que me contentar com o “selinho” de Barrabás.
Tem horas que espero o dia raiar.
Mas a esperança já não volta mais.
Se você quis ir embora muito embora
O teu bilhetinho nunca me fez brilhar.
Hoje pelo dia eu tive a sensação
Que a gente nem se ama como tempos atrás.
Minha cebola na panela está sorrindo...
Para o tempero de um amor para jantar.
Decifro as minhas próprias dores
Vendo suas costas dobrando a esquina
A menina escoando verdade de suas lágrimas
Onde a mulher é alguém que lê bilhetes e
nada mais.
Bilhete da saudade – Czar D’alma.