2022/05/11

Bilhete da saudade – Czar D’alma.

Bilhete da saudade – Czar D’alma.

 


Bilhete da saudade.



Quando o tempo cala as frases

Que jogávamos entre os lençóis

Pode jorrar a esperança

Ainda quando tudo lhe dói.

 



Você guarda tanta coisa linda

mas despreza a sorte que lhe cai.

 



Ninguém sabe o tempo da verdade

E sem verdade os homens andam atrás.

De coisas frívolas e pequenas...

tua alma come e se esvai.

 



Ontem a noite quando o dia foi embora

Nosso amor armou as roupas em suas malas

E deixou um bilhete em meu vestido

No guarda-roupas da dor que nos corrói.

 



Parecia ser eterno o terno que hoje tem poeira

Como as frases que cantávamos tempos atrás.

Como era bom poder dizer nossas asneiras

Sem ter afrontas em meio a tantas brincadeiras.

 



Ontem a noite quando a esperança se despiu

Não nos disse se um dia voltará atrás...

Eu que queria tanto, tanto um beijo ardente

Tive que me contentar com o “selinho” de Barrabás.



 

Tem horas que espero o dia raiar.

Mas a esperança já não volta mais.

Se você quis ir embora muito embora

O teu bilhetinho nunca me fez brilhar.

 



Hoje pelo dia eu tive a sensação

Que a gente nem se ama como tempos atrás.

Minha cebola na panela está sorrindo...

Para o tempero de um amor para jantar.

 



Decifro as minhas próprias dores

Vendo suas costas dobrando a esquina

A menina escoando verdade de suas lágrimas

Onde a mulher é alguém que lê bilhetes e 




nada mais.



Bilhete da saudade – Czar D’alma.

 

2022/05/09

Dê-me as minhas lágrimas – Czar D’alma.

Dê-me as minhas lágrimas – Czar D’alma.

 



Dê-me as minhas lágrimas.


Eu queria tanto, tanto

Nunca mais precisar implorar.

Ter o curso certo poder nos dedos ou olhar.

Ter a linha reta da via láctea onde lhe encontrar.

 



Mas na curva sedentas do destino

Tu que eras o meu homem se fez menino.

Fui a mais triste das donzelas e como toda dama

Fui chorar frente ao mar e minhas lágrimas derramar.

 



Dê-me minhas lágrimas que inundam o oceano...

Deixando-me cercada de tristeza

Querendo lhe trazer, sem nenhum plano

Apenas a certeza de que, nunca mais irás voltar.

 



Então, me devolva minhas lágrimas

Com as quais tu me deras fantasias

Outros sonhos e algumas manias

De em tudo em ti meu desejo habitar.

 



Hoje a noite fui à praia

Deitei rosas e lágrimas

Como tu te fosses meu altar.

 



Quem sabe essa mania de lhe buscar em mim

Possa um dia, frente a realidade da vida dizer sim.




Mas calado tu ficas, tuas costas e dorso na cama de outra mexerica.

Eu que lhe dera tantos jardins, tu te fostes colher frutos em outra guria.

 



Então, se não voltas, me devolva as flores

Que secas ficaram como teu sorriso e nosso lar.

Quando em quando eu sou aquela alma vazia.

Que ficara lhe esperando, rezando teu prato secando a pia.

 



Hoje a vida nem sorri

Apenas quero de volta

As lágrimas que nos teus braços

Um dia feliz e sonhadora, 




me despi.

 

 

Dê-me as minhas lágrimasCzar D’alma.