2016/06/04

“Adubo” - Czar D’alma.







“Adubo”  -  Czar D’alma. 








“Adubo”  -  Czar D’alma. 




Eu não quero ser adubo
Mas minha carna caminha pra lá.
Não quero o fim e busco o início..




Na estrada de minhas cobiças
Me vejo canibal de mim
Vomitando a própria lida e vida
Arrotando o presente e soluçando passado

Eu que busco o além, corro de mim e lavo-me do meu ser.
Que ironia essa minha fome, sede e desejo...




Pareço-me com tantas coisas que odeio
Amo aquilo que me destrata, destrato a vida que amo.




Eu que não quero ser adubo,
Corro aos trancos aos meus jardins.

Eu que desejo o seu amor, não amo.
Que deliro ao som dos pássaros
Que adormeço com o por do sol
Com o som das crianças sonho desde o útero que me vomita




Dormito em mil lágrimas
Acordo comigo, sem querer ser adubado
Que pregresso me ordeno pra lá.
Sem buscar o fim, vou pra ele.




Então, já não receio a estrada
Caminho com meus pés, e dos pés de meu inimigo
E quem me odeia sorrir por saber que adubo sou

Não costuro a passo, mas rasgo a palavra
Que sangra com meus delíros, com a mágica viva
Que a vida me deu, antes de lhe dizer...
Adubarei sim, o meu ser




Para que sejamos eternos,






“Adubo”  -  Czar D’alma

  

2016/06/03

“Trinta e três anos, força, mentira e destino” - Czar D’alma.

  
“Trinta e três anos, força, mentira e destino”  - Czar D’alma







“Trinta e três anos, força, mentira e destino”  - Czar D’alma



Com grande forças são as mãos do destino
Ela abriu a porte e atravessou a rua
Na busca frenesi de seu amor e menino.




Aquilo estava em seus olhos e vista
Mas, não compreendia a força do tino
O leme quebrado e ainda assim
Achava seu próprio cassino.




Ela não achava que poderia ser estuprada
Por ser solta e quase sempre engraçada
Não tinha licença pra abrir da vida
Suas escolhas, suas roupas, sua canção e hino.




Vai dançar em casa pra poder livre chorar
Vai cantar em praga a bossa-nova à cantar.
Ela escolheu a vida, mas a vida não quer lhe voltar
Amanhã quem sabe teremos homens em vez de meninos.




Quem rasga a  roupa da donzela
Acorda em sua própria primavera
O egoísmo trama sangrar o destino
Cadê a força veraz da cega com espadas e desatino?




Ela atravessa a rua e começa a se vitimar
Quem ama a roupa e a carne possa distratar
Não entende como a vida pode suar pra estar.

Que o menino não se faça jargão
Que cada um seja o vão do medo e do brilho.




Vai cantar em casa pra poder viva estar
Em cada parte do corpo um dia




 voltar a se olhar.



“Trinta e três anos, força, mentira e destino”  -



 Czar D’alma.   (poeta)













P.s: A gente não pode se conformar com a violência contra a mulher
Em pleno século XXl





As imagens são fortes, mas entendo que a violência é muto mais!
Minha contribuição singela pela causa.

2016/05/30

“Bicho carniça” – Czar D’alma



Bicho carniça” – Czar D’alma





Bicho carniça” – Czar D’alma



Você anda com fome e sede de tantas coisas
Que se embaraça na própria mão.
Come coisas frias mal requentadas
Umas caídas no asfalto, no morro e do beco da ilusão.




Você tomou e bebeu aos goles fortes essa cachaça
Chamada, força do desejo e ingratidão

Às vezes, dorme sujo, às vezes te lavas
Na euforia da mentira e no verso do ladrão.




Enquanto dormitas entre o equilíbrio
Que te estendes na fina nata da religião.
Perde o senso cai na revés corpo caloso com frio
E corpo quente no chão.




Amídala de vontade quer o mundo
Aquele que no passado era bom.
Pensa que uma dose será bastante
Mas te enganas tua mente quer hemisfério distantes.




O dia nasce e o café não está na mesa
Quem está posto é sua forma e canção.
Onde os carros passam e o viaduto não.
Delira entre tua carne e tua força, querela e vastidão.




E o governo muda, e continua o mesmo
Quando em quando te encontras com o mesmo desejo
A vida passou e aquela menina não te procura mais
Seus dias se foram, de seus sonhos atrás.




E a fumaça na cabeça é o tino e a reza
Amanhã é ainda ontem, cada visão uma sentença
E os filhos te procuram aonde a família é uma nação
Que enriquece à muitos, menos o próprio coração.




Eu não te julgo, não me presto a essa hipocrisia
Chamada de misericórdia que enriquece as tuas custas
Por que cada dia é uma sentença e a soma de tudo
É que a vida parece muito linda, mas ainda lhe é injusta.




Então, acabou o tempo e a questão que fica
A gente amou e o desejo te comeu em nome da fome
Transvestida de política e um bicho, chamado Carniça!

Esse nação que anda de terno e fala que 





seu mito

É a política!





Bicho carniça”  –  Czar D’alma. 

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“Os seus avós” - Czar D’alma.

  
Os seus avós”   -  Czar D’alma. 






Os seus avós”   -  Czar D’alma. 




Os homens estão cantando em volta à roda
A menina de vermelho saiu pela cântico irônico aveludado
E um monte de índios estão de volta ao campo de batalha
E a roma de suingue não volta à rebolar...




Quem não ama o verso do baiano
Não veste o chico de bons conhaques





O dia da fantasia nasce entre os medos
E no meio da noite alguém grita em Iorubá.
E eu que sou vizinho de João do Vale vou pra lá
Não me valho do negro Amado do Maranhão, que paixão.




Enquanto Sartre entre as ruas de minhas pernas
E o amor avassala o Rio quero que você venha comigo
De verde, vermelho, de risos e abrigo




Não existe aurora abaixo do Equador
Não existe sombra no lado de fora do amor.




E a gente finge que é olimpíada e a piada
Sobe o morro e o Amarildo que não aparece
Quem versa a verdade e nunca cresce.




Quem odeia o riso e não ri disso também
O homem que anda no sertão está na cidade, amém!




Ontem eu estava na vaia do carnaval
Hoje eu corro entre aquilo que é marginal

Nem todo dia a gente morre de amores
Luis e a melodia em meio as maiores dores





Sem samba a poesia fica em dó menor.
Cadê a democracia que me faz melhor
Não há ilusão na lente da ironia
Enquanto procrio eu procuro Amarildo.




Sem dança a moça não abre o barracão
E o velho preto não anda mais em meio aos arrastões
De frente com Gabi não existe melhor afasia
Meu pulmão agarra a mão da alma sombria.




E os dias passam, os versos não acolhem os verbos
Se de dia eu canto, a noite me desencanto...
Por que subiram o morro à procura de delírio
Quem anda com arma na mão, não acha poesia no colírio




Enquanto a gente conta a vitória do futebol
Amarildos não estão entre nós...
Os filhos cresceram, mas jamais verão





Os seus avós.




“Os seus avós”   -  Czar D’alma. 




P.s.:Dedico esse poema à todos (as) que de uma forma lúdica e muitas vezes
poética, lutam contra a injustiça tão premente em nossa nação.
A gente não vai desistir!






Trema - Czar D’alma.


Trema  -  Czar D’alma. 






Trema  -  Czar D’alma. 


Eu lhe comparo a uma canção
Eu deito junto ao seu som
Canto entre meus medos vãos
E a vida respira por mim...





Eu não sei o que lhe digo de mim
Eu amo seus princípios até o fim





Não quero amar pra sempre
Sem antes ser amado
Com as vestes da razão
Rasgando meus pecados.





Eu deliro em sua mais nobre versão
Não me encanto mais com a solidão
Tú me és a veracidade, a rosa e a verdade.
Eu a coisa a esperar a sua insanidade.





Não quero isso que você não vem
Eu quero seu vestido e você dentro também.
A ilha que atravessei pra chegar a te encontrar
Num barco de intrigas, feridas e paixões.





Não quero ser um verso
Se você não for poema
Um dia acordo feliz, sendo unguento






E você o trema.







Trema  -  Czar D’alma. 



Muito Obrigado à todos e todas que voltaram, assim como
todos que jamais deixaram de estar comigo e conosco, nesse vosso espaço!
Esse poema é dedicado à você(s), pela sua fidelidade
não só à mim, mas á todos nós... Amigos, de alma!

C a r p e      d i e m !

  
Czar D'alma.