2024/08/17

120 anos – Czar D’alma.


120 anos – Czar D’alma.

 



120 anos.



Doei parte de meu inconsciente

E surtei todo o meu ser.

Empoderando os teus medos

De fazer acontecer e não perceber.

 

Teus beijos jamais que,

Estão debaixo da minha essência.

Corri pros teus braços

Perdi ali a minha inocência.

 

Com o self perfurado

Bebendo rios de sonhos

Que herdei quando teu desejo

Era o Baco sem vinho e embriagado.

 

Mas de cada sentença, beijo e essência.

O teu sorriso arrancava de mim

A frase e a incoerência

De viver ao teu lado.

 

Hoje faz 120 anos que estamos

Vestidos de pó, fumaça e eirado

De que valeu o teu dissabor

Se ao menos tu não soube da vida o sabor?

 

Cento e vinte anos e outras horas a mais

Quando éramos esperança, não éramos tais como os boçais.

Mas agora nem tão pouco restou de nossos ancestrais. 




120 anos – Czar D’alma.


Ao meu lado – Czar D’alma.

Ao meu lado – Czar D’alma.

 



Ao meu lado.



Dei de cara com o futuro

Ao rebuscar todo o passado

As aves vão para o sul

No oceano não se pesca pecado.

 

Comi das nuvens para cativar

Ainda que seja um sorriso teu

Ah... De fome se faz uma canção

E de amor unem-se cada coração.

 

Dei de sonho, tomei de frente, acampei atrás

Uns dias eram como o sorvete

Outros eu fugia como em Bangu ou Alcatraz.

 

Por que os homens mentem para dormir

Acordam ao lado de seu pior lado

Uns comem oceano, outros vomitam pecado.

 

Eu que quero um sorriso teu

Como nuvens, ando em trilhas, percorro horizontes...

Mas a vida não me parece algo resolvido.

Na espera de cada olhar teu eu verti e me perdi.

 

Mas eu também adormeço e acordo

Na esperança de acordar comigo

E você ao meu lado.




Ao meu lado – Czar D’alma.


Poeira nossa – Julio Czar .

Poeira nossa – Julio Czar.



Poeira nossa.


 

Eu que fui feito de poeira

Navego por ondas de dores

Essas minhas noites inteiras.

 



Eu que me visto de saudade

Que me banho de teus beijos

Por toda a minha eternidade.

 



Digito poemas e me esqueço

Das rezas, orações e outros terços

Eu que cato o meu verbo

E de tuas curvas que entreteço.

 



Eu ainda quero poesia

Em nossa cama e maresia

Eu quero o sentido de tua saliva

Canto canções molhadas em tuas virilhas.

 



Ah eu ainda acordo ao teu lado

Com todo esse violão de teu corpo

Não faço pecado, mas faço canção.



 

Então eu acordo, abro os olhos e vejo

Das montanhas de meus delírios me banhei

E de nossas histórias fizemos quase tudo...

E tu te lembras das palavras que amando causei.

 




Poeira nossa – Julio Czar .