Mercado da vida - Czar D’alma.
Mercado da vida.
É quando a palavra salta frente ao verso
O verso descansa e acolhido pela superfície.
Ele desmancha seus medos, é enfim, amado...
Percebido pela espécie sem metal, sem esfinge.
As letras enamoram palavras
Surtam em meio ao oceano de desejo
Mergulha no parto e nasce do poeta
Seu amor, seu demônio outrora enredo.
Que a vida sugue cada língua
Amordaçada pelo lábio amante.
Calada entre segundos eternos
Éramos amores somos hoje distante.
A cada frase a gente inventa uma verdade
Onde cabe a esperança, onde habita jactância.
De dia somos do tempo e as noites
Somos de amor que nunca nos pertence.
A lira da harpa, a guitarra das noites e as danças...
Ecoam suas manobras, as pessoas sorriem e umas cantam.
Então a noite passa
A vida vai atrás
De dia ou de noite
Fomos onde estaremos nós.
Verso e vida em cada quadril
Hoje é a fome é a bandeira do Brasil
Enquanto a miséria for uma canção
Haverá exércitos frente a muitas mansões.
E o poeta, o profeta, o artista e o coringa.
Procuram a curva da memória da história
Onde todos amam as palavras e ninguém mais...
Ama ao jeito das lágrimas ou desertos vis da mentira.
Amanhã é outro dia.
É tudo que resta
Aonde servem o cardápio
Que alimenta, educa e presta?
Mercado da vida. Czar D’alma.