2022/02/22

Mercado da vida - Czar D’alma.



Mercado da vida - Czar D’alma.

 

 


 

Mercado da vida.

 

É quando a palavra salta frente ao verso

O verso descansa e acolhido pela superfície.

Ele desmancha seus medos, é enfim, amado...

Percebido pela espécie sem metal, sem esfinge.

 


 

As letras enamoram palavras

Surtam em meio ao oceano de desejo

Mergulha no parto e nasce do poeta

Seu amor, seu demônio outrora enredo.

 


 

Que a vida sugue cada língua

Amordaçada pelo lábio amante.

Calada entre segundos eternos

Éramos amores somos hoje distante.

 


 

A cada frase a gente inventa uma verdade

Onde cabe a esperança, onde habita jactância.

 


 

De dia somos do tempo e as noites

Somos de amor que nunca nos pertence.

A lira da harpa, a guitarra das noites e as danças...

Ecoam suas manobras, as pessoas sorriem e umas cantam.

 


 Então a noite passa

A vida vai atrás

De dia ou de noite

Fomos onde estaremos nós.

 


 

 Verso e vida em cada quadril

Hoje é a fome é a bandeira do Brasil

Enquanto a miséria for uma canção

Haverá exércitos frente a muitas mansões.

 


 

E o poeta, o profeta, o artista e o coringa.

Procuram a curva da memória da história

Onde todos amam as palavras e ninguém mais...

Ama ao jeito das lágrimas ou desertos vis da mentira.

 


 

 Amanhã é outro dia.

É tudo que resta

Aonde servem o cardápio 

 


 

Que alimenta, educa e presta?

 

 

 

Mercado da vida. Czar D’alma.