"Destilar"
Destilando os meus sonhos
Vão os anos atrás de mim
Desde quando sou eu mesma
Já nem percebo o início, se sou fim
Desce cada dia em minha cama
Os desejos de não ser o que possuo
Desde quando me conheço
Vou amando o que destruo
Que essa lida beba do alambique
Onde minhas lembranças sempre vêem
Quando eu sou essa menina, a mulher que me habita
Sempre me diz que sou bem mais do que, ninguém
Eu destilo as minhas dores também
Descendo dos céus de toda noite
O meu amor assim me faz amada e me faz bem
Onde eu sou aquela coisa que é amada e de mais ninguém.
Eu me destilo das tristezas quando nascem
Por que sei que sou a minha saudade
E por isso, sou a morte que me abarca
Quando a vida diz, amém!
E já não sou de mim...
Mas sou dele também.
Uma lembrança vaga
Mas destilada por amar
Além.
Czar D’alma