2022/04/27

Ela abriu a porta – Czar D’alma.

Ela abriu a porta – Czar D’alma.

 



Ela abriu a porta

 

Ela abriu a porta deixou o vento entrar.

Seus cabelos soltos, mais um dia a começar.

Silêncio nos olhos, delícia de lábios

Como a vida poderia lhe negar...

 



O desejo de amar, abrindo a janela.

Outro sortilégio, outro rumo e mar.




Pode ser de sua face o jeito fácil

De se desejar quanto a onda é decifrar.

 



Deitou na areia, sacudiu a centelha

Essa coisa linda vida e dócil ainda está.




Cansou de seus remédios, procurou outro médico.

Que cansaço a beleza haveria ali decolar.

 



Meu passaporte pra felicidade

Minha caixa preta do desastre




Quando teu nome é saudade...

Meu aeroporto, meu vinho e porto.

 



Mas ela abriu a porta e secou as lágrimas

Quem diria que aquela haveria plantar lástimas.




Seu mundo desabando, uma porta e vida fechando.

Ela precisava de tudo sair, de tudo descansar.

 



Montanhas de medo bem cedo

Ninguém lhe deu a mão ou enredo




Sua passarela era tão só e segredo

Abriu a janela e pousou nela, quase amarela.

 



Saiu, chorou a procura de seu amor.

Sem saber quem estava lá




A procura de um beijo

Esperança de um lar.

 



Varreu pra dentro de casa

Toda sua solidão, trancou.

Deitou, aos olhos fechou e nunca mais acordou.

 



Ela abriu a porta, viu as ondas, os ventos...

Pensou por um minuto teu meio século a dentro.




Agora dorme e se recolhe tão só.

Sem poesias pra lhe fazer dormir, 




voltou ao.

 

 

Ela abriu a portaCzar D’alma.


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2022/04/24

As flores dos sonhos – Czar D’alma.

As flores dos sonhos – Czar D’alma.




As flores dos sonhos.

 

Tu deixas meu sono acordado.

Pelos tempos que foram dourados

A flor que declina a tez inspira

E exala a tinta que em si cativa.



 

O verso veste o tempo

Agora florido em cinzas.




Faz da guerra uma ferramenta vaticina

Com o medo que do estranho lhe fascina.

 



É do amor que eles temem.

É da flor, a força da gente.




As crianças e seus sorrisos

Que nunca perdem ou mentem.

 



Escrevo em cartas para murais

Outrora, sonhos de berços jograis.




Dilacera a vida, a vida que não acolhe nem abraça.

No peito, a força da flor que sempre ama e não ameaça.

 



Então é feriado e tudo é febril.

Uns acordam em meio aos meus sonhos




Onde eu era um delírio de mim

E tu me acorda dizendo que assim, assim...

 



Então tudo não é febril pelo feriado

Tens na corda o pescoço e um legado.




Hoje tu tens de flores me assolado...

Mas em teus dias eu era apenas, um fardo.

 



Acordo te amando

Em meio a tantos jardins




E nenhum que eu tenha plantado.

Senão, um amor por ti 




tão desejado.

 

 

As flores dos sonhosCzar D’alma.

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