Deixar ir – Czar D’alma.
Deixar ir.
Deixa-me ir
Ficar pra quê?
Do gosto da fruta
O sabor de cada luta.
Deixa-me sonhar
Cantar a canção, descalço.
Calçar-me de paz na terra
Negar a força do asfalto.
Deixa-me lhe abraçar.
Para um sorriso breve
De uma eternidade que sorrindo
Canta serene, adormece e nos leve.
Mas se eu ficar.
Fique comigo.
Não seja o espinho
E que nasça o amigo.
Eu vejo as naus
Os vejo os poetas.
As mulheres e as crianças...
Procuro anjos e almas abertas.
Mas tudo é vão
Vem e vai o que foi
E o que será não volta mais.
Do delírio a gente sonha sorri...
Canta uma canção, abre uma esperança.
E diz mentindo para amídala...
Que ainda ama como quem aprendeu a cuspir.
Os anjos vieram...
As ondas falaram
Os ventos gritam
E o mundo insiste em nada ouvir.
Então corri ao penhasco
Olhei para os céus
Como numa reza pedi...
Com lágrimas e sorrisos, Deixa-me ir.
Deixar ir – Czar D’alma.