2016/10/13

Grita comigo - Czar D’alma.


Grita comigo. Czar D’alma. 






Grita comigo. Czar D’alma. 



Grita comigo
Solta o destino
Nas mãos do delírio




Eu ainda amo coisas simples
Mas não sou simples
A ponto de me declarar




Com medo de mentir...
Falo verdades
Que minha mente
Pôde inventar.




Grita comigo.
Desafina o discurso do tempo
E não dê tempo pra ser infeliz
Por que tudo é pronto, é assim.




Grita comigo uma canção de amor
Verdades fúteis em caixa de sabão
Roupas sujas são reflexos
Da caminhada da razão.




Me faça favores, desatina meus temores
Mas me representa os sentidos
Beijando o meu tempero com pimenta.
À ponto de perdemos do tempo a noção e o perigo.




Se não fosse amor
O mundo já nasceria perdido
Uns amam seus versos
Outros cobiçam seus sentidos.




Mas não há mais tempo pra quase nada
Senão, pra amar e alugar o tempo
À preço de viver com a pessoa amada.




Não quero verdades intensas
Quero felicidades aqui e expressas
Nas páginas de minha agenda e redação
Onde eu sou meu mundo e meu mundo não é vão.




Então, quando eu esquecer disso grita comigo
Por que eu posso perder a vida
Mas não posso perder 




o delírio!





Grita comigo. Czar D’alma




Janela Aberta – Czar D’alma.



Janela aberta.  Czar D’alma






Janela Aberta – Czar D’alma. 




Seu eu abrir a janela
E deixar o vento entrar
Você finge que me ama
E que pode aguentar.




Verdades desbotadas
Botas sujas na jornada
Abrindo as janelas
As verdades não são apagadas.




Se abro os meus pulmões
Deixar a fumaça da verdade entrar
Você promete me alcançar
Tacando pedras em Potifar.




Dissemos quase tudo
Amamos as mentiras dos jornais
Escolhendo das urnas os boçáis
Esperança à imaginar.




Se abrimos janelas
E as mentes não
Descalçamos os jurados
E armamos o tal patrão.




Então eles comem novela
E os poemas não
Abrindo janelas
Não há espaço pra ilusão.




Então, é segunda-feira
E nada pra comprar
Dinheiro de um lado da banda
Da banda que só sabe desafinar.




Compro mentiras, alugo verdades
Das janelas em trancas, meninas na balança.




Acordamos, janelas não abrimos
Comemos e nunca nos fartemos
Por que tudo é inchaço
E nada é o preço que valemos.




Sem janelas a nação não
Descordamos uns dos outros
Como se tivéssemos quatro mãos.




Uma para o poder e outra pra morrer...
Uma sentença chamada eleição
Quatro anos se passam e da cruz
Não se desce o ladrão.




Mas não mudamos quase nada
Mas ainda temos
Esperança, ordem, progresso




E uma terra que tudo dá pra ser
Poema, verdade, janela





E seu verso.






Janela Aberta – Czar D’alma