2022/11/28

Pulsão de morte e amor – Czar D'alma.

Pulsão de morte e amor – Czar D'alma.



Pulsão de morte e amor.



Eu escuto as vozes que desprezas

quando o mundo é noite e por-do-sol.




Vejo as figuras na minha mente

e não mente a dualidade entre nós..




Eu percebo o mundo do universo mudo

pairo entre águas e de tudo sou tido como absurdo.




Perene as canções que desfrutei quando eras êxtase

deveras estavas embebida tua alma do quase e do talvez.




Não quero mentiras ao meu lado

ando comigo, mas nem tão enganado.

Das tuas vestes e revezes marcas e chagas

assim, domina o inimigo que dizes amar e faz piadas.




Se a vida voltar, eu quero pousar no mar.

Pois da terra que em enterras, não mais hesitar.




Pelas canções de Edit Piaff do gesto e enlace

quero o beijo doce que amargo tornaste.

Um dia a gente acorda e vê teu charco, teu engaste.




Mas não tenho ódio, não terei rancor

foste a pétala que no inverno de minha alma

foste lida, embuste e harmonia...

me ensina sempre em tua pele o que



 é amor!



Pulsão de morte e amor – Czar D'alma.


,

Cadê - Czar D'alma.

Cadê - Czar D'alma.



Cadê.


Cadê a tua passarela de ilusões

que permeava quando era todo sermões

cadê a frase solta, o riso aberto e a gargalhada...

quando teus planos são de açúcar e teu amor, nada.


Cadê as coisas lindas, os dilemas quando abrias portas...

dizias que tuas asas as eternidades cabiam no bolso

só não entendia como todos ouviam o teu turvo engodo.


Onde estavas as tuas filhas de mentiras

onde escondia os teus tesouros dos escravos

cadê a mulher que oprimias e o avesso que comias...


Eu vi teu mundo cair dos céus de tua boca

eu corri atrás de teus profetas com flores

e não teve quem pudesse resistir

quando a boca e o corpo não sabem mentir.


Olhei os teus becos, tuas armadilhas de pobres

percorria por tantos universos ao lado de tua privada.


Eu quero a tua cara, olhando o bloco na avenida.

Eu quero a tua fala, ainda vestida de na cor depimida.

Iremos ter o teu corpo por toda eternidade soando,suando e sorrindo

só não teremos as tuas farsas, percorrendo e enganando as meninas.


Ninguém entende os boçais

não há verme que não caiba

fora dos estercos, das feridas

não vivem sem o cheiro da carniça.


Eu quero o banzo, o latifúndio com juros de mora.

Todos sabemos onde o boçál cabe quando chora.

Na marmita do cidadão

na avenida suja, pedra, poeira e carvão.

Na eira das esteiras merenda das crianças.

Na feira, na vitrine das vaidades

na ferida da vida que carrega a sacidade.

No portão das prisões onde moram os pretos

na arma e na farda do mulato cheia de sangue

no livro fechado das escolas, das cabeças sem memória


no dia da aventura onde a praia é cheia

na areia das ilhas deixadas dos bancos europeus

na mentira que verga e força a morte apenas dos peões

onde no teu xadrez a rainha come o peão outra vez.


Cadê o teu legado, levado, lavado com vil metal

cobiçadas as mãos de Aleijadinho, o exército de brumadinho...

eu vi a rosa dos ventos sem canção

sem João do vale no vale da informação.


Cadê os nomes, cadê a mudança no bolso...

então, acorda a nação e retoma o mundo

ao que Peter-Pan some, ameaça e levou.




Cadê - Czar D'alma.


Meu horizonte, além dos seus braços – Czar D'alma.

Meu horizonte, além dos seus braços – Czar D'alma.




Meu horizonte, além dos seus braços



Quando atravessávamos dias frios

coisas que entre nós brindávamos




diante de cada conflito, coração aflito...

nossas dores mesclavam páginas de risos.




Mesmo quando o mar invandiu

toda a nossa esperança




feita por tantas ameaças

deveras feitas em tom de cobranças.




A gente se amava, e amavámos nos amar...

eu apressava a rota de volta pra casa




sabendo que contigo em minha ironia

À volta estaríamos tabernaculando um lar.




Não tínhamos tudo no mundo

mas nosso mundo sempre e sempre




podia conosco e felizes frente e rente

ao nosso porto de luz, cheio de riso abrigar.



As luzes se apagam, os velhos se foram

mas nunca deixamos de nos querer e amar.




Eu escrevo pra ressurgir aquele amor

eu escrevo pra que tu te lembres de voltar.




Eu tenho lágrimas, eu tenho janelas de poeiras

mas depois que você se foi, pra quê e quem olhar?




Pego meu barco, solto as velas, destilo dos meus olhos

algum outro lugar onde eu possa sorri, abrir os braços e lhe encontrar.




Senão no horizonte de teus braços

aonde minha luz irá pousar?




Nas esferas dos solitários busquei solitude...

mas foi em teus horizontes e pernas que aprendi a nadar.




Nadar para sobreviver

andar para vislumbrar o tempo




que o mundo seja vida

e a vida seja novamente 




te abraçar!




Meu horizonte, além dos seus braços – Czar D'alma.


 .

2022/11/27

Não sei dizer – Czar D'alma.

Não sei dizer – Czar D'alma.



Não sei dizer.




Tento escrever coisas lindas

mas ainda não sei dizer.




Como irei discorrer da alma

o leite que pretendo lhe pender..




Pode ser cólera o gesto que ficou

na alma salobra de um tempo que soou

tudo que era tão lindo nos amaldiçoou.




Amanhã te espero à beira do altar.

Não sei como longe de ti, viver.




Parece algo que tento ir além...

mas minha voz fica calada e tão bem.




Mesmo que te espere por toda eternidade

nunca saberás o quanto amei de verdade.

Apenas entenda que, por ti me algemei na saudade.




Teu rosto e teu dedo quase sorriram para mim.

Quando as alianças eram tudo que fazia sentido




Ainda que eu cante mil canções na senzala

abraço o gesto teu em forma de caridade.



Cada segundo em mim, se fez eterrno

comprei flores, alianças e um terno.

mas nada disso lhe parece fraterno.




Te espero por quase todo um milênio

desfiz aflições e me amparei no inferno.




Não sei sair dessa frase, vem e apaga esse incêndio.

me vejo refém da confraria de algo pra lá de eterno.




Quero dizer que te amo, mas nunca, nunca consigo...

então escrevo poemas e fingo que não 



nada é comigo.




Não sei dizer – Czar D'alma