2011/02/26

Dias de Saudades

   "Dias  de Saudades"









O silêncio que cobre a aura justa
Corrompe meu desejo invertebrado
Que minha alma sacode em tempos modernos
Com antigos sonhos e todos de saudades bem repletos.


Cada sorte tem sua cara mística
A volição é encontrar-te em meus sonhos
Onde nasce aberta e nunca se faz covarde
Ilícito bilhete que não abres por descartes...


Tenho uma saudade de sua face
Que sempre em mim viaja pelas tardes.
Pode ser que nunca sejas amado de verdade
Mas terias os meus beijos em eternidades desolados.


Mas teu medo de ser feliz te leva a morte
Castiga a quem te ama, por injuria de saudade
Que um dia fostes feliz ninguém o notas...
Apenas que da vida sente dores e saudades!


A casa aberta esta à tua espera...
Mas vives desolado, abraçado pelos ventos!
Pra fazer do meu amor, insulto vitupério
Algo que, só o mal tem por sorte e pretérito.


Eu preciso dos anos que, vivemos juntos...
Pra te lançar em rosto
E devolver o troco de minhas iniqüidades.


Cambaleado, pela via da rua andas só
Quebraste o amor de quem nunca morreria
Se permitisses a alegria da mulher
Que lhe veste em banho Maria...


Pra uma eterna salvação do matrimônio
Chamas a todos pelo nome...
E aos amores de demônios!
Insulto sempre pobre e amaldiçoado.


Quero um amor que me aceites
Mas em ti encontrei malicias
De uma boca boa cheia de maldades
Então eu vou embora há instantes...


Mas me dê um beijo de boa noite
E me digas que tudo isso será mudado!


Pra que eu possa sonhar em cada noite
O marido que me amava em dias de saudades.




Czar D’alma



Preciso Ter Alguém

   "Preciso  ter  Alguém"  








Quando fechas a porta e sai
Eu fico, em mim, me driblo em dores.
Essa coisa quente na alma,
Essa cicuta chamada dor


Quando vem e dizes, nuances
A vida sempre fácil me discerne
Eu preciso de um pouco de atenção
Pra ser mais e melhor até em suas mãos...


Mas tu chegas e nem me notas
Parecido comigo saio, em minhas revoltas
Romances soltos, dores abissais
Em volta e por dentro de mim!


Mas eu abro a porta e você vem
Minha memória em ti
Sempre se sente bem
Meu amor, meu mal e meu bem!


Ah eu preciso ter alguém...
Antes que o galo cante
E eu nunca mais lhe veja sair
Tampouco mais ninguém.



Eu preciso de ti e de seu lado zen.




 Czar D’alma

D'alma Da Fúria

   "D'alma  da  Fúria"  






Te faço um discurso, decoro o recurso
Me sinto louco e solto, pelo seu jeito absurdo
De dizer que me ama me negando olhares
Vejo-te na praia, acabo olhando tua saia...

Isso parece não vir de mim.
Essa coisa ardente, esse teu olho carente
Cada dia que, passa em me vejo em sonhos
Em cada toque de sua face, bem em sua frente!

Ah eu ando atrás de tudo que me foge

Sua mentira é meu desejo
E a verdade eu abraço pelo avesso!

Cada caso tem seu preço

Cada verso, seu poeta

Cada homem um discurso

Cada mulher, seu amor e luxo

Cada mentira, seu verme

Cada momento sua aflição

Cada amor, projeção

Cada beijo, um porto

Cada corpo um desejo

Cada medo seu espelho

Cada menina, uma maçã

Cada criança sua irmã

Cada navio um negreiro

Cada barco, um estrangeiro

Cada bar, seu jeito mineiro

Cada palavra um rasgo

Cada garrafa seu bardo

Cada sexo, seu gozo

Cada esteta seu lodo

Cada vaidade uma loja

Cada disparo um Sartre

Cada casa uma família

Cada bandido quadrilha

Cada político a esquizofrenia

 Cada beijo mentira

Cada palavra poeta

Cada dia, uma dor

Cada dor uma alma

Cada fábrica trabalhador

Cada ano sua morte

Cada amor seu consórcio

Cada carro divórcio

Cada amiga uma história

Cada abraço Memória

Cada noite uma lágrima

Cada jornal uma lápide

Cada t.v uma escola

Cada poder passa a sacola!

Cada nação seu Tiradentes

Cada idiota, um presidente

Cada farsante uma cadeia

Cada flor uma poesia

Cada mar, sua maresia

Cada dia eu ainda queria

Escrever bem mais, mas paro aqui!




Czar D’alma Escritor e Poeta.



2011/02/25

Pela Dama Minha

   "Pela  Dama  Minha"






Vou-me dar, pra ti!
Toma o seu teto, leva e siga e viva.
Que sua dança seja em alegria
A nostalgia desfere a ferida...


Vou pra ti em vôo e sem medo
Dou-me aos pouco, leitos e beijos
Quando os ventos te soprarem, abraço.
Mesmo em dias de chuvas, te protegerei.


És dama, musa, rainha e mãe!
Mulher minha de sonho e morte, darei a vida por ti!
Viajo em seus seios e anseios, todos meus, basta.
Que a vida seja boa e curtida, sem medo, sem trapaça.


Mas quando vejo tua roupa, minha cabeça sai...
Discorre o horizonte, quer viver, dar bem e sempre mais.
Dos momentos amor, criamos sementes que vingaram a flor!
Desmedida, pode me sangrar em segundos, mas dou a minha vida...


 Por resgate seu...

Eu caio e salto, venço monstros e seres abissais

Quero seu sorriso sempre em tua face, cru e em verdade

Nada de lhe deixar, sozinha nos domingos por futebol

Nada de correr atrás de quem não é meu sol!

Sou teu, toma-me a ti, vista-me e sangro-me por ti!

Quando a noite chegar, estarei pra lhe fazer delirar

Quando ao oriente olhar, não terá saudade do que há lá...

Sou eu, dispa-me... Das batalhas que travei por amor a ti!

Vou o infante em meio a guerras e não me deixo vencer

Quando não ficares alegres, estarás com a dor do prazer...

Ah eu sei, que não somos a felicidade alheia

Mas eu insisto em não ser a sua desgraça e centelha...

Do amor...

Do amor...

Dói, eu sei viver sem tal flor.

Sei-te era infeliz nas mãos dos que temem doar

Mas enfrento as marés e enchentes

Somente pra em mim, lhe abrigar

Defenderei seu prazer...

Mesmo que, sejas feliz

E não escolhas o meu apetecer...

Sou o amor, não faço dívidas

Apenas, quero-te sem as mesmas feridas

Então eu doei o amor,

O que nunca me deram




Em vida!




Czar D’alma – Escritor e poeta.

 

2011/02/24

Três Séculos

   "Três  Séculos"




Veja bem, meu amor
Me dá um tempo pra pensar.
Estou a quase dois séculos sem amar...


Pode ser que eu desmaie em só te tocar.
Que meu coração, esta fadigado de imaginar...
A sua perna, aquela boca que, me faz rezar.


Me dá tantos delírios, que nem imagino outro lugar
Senão teu corpo e seu ponto clímax
Se eu te deixo, e você não vai
Com que cara eu vou ficar?


Me dá um jeito muito louco
Em te imaginar
A minha sorte é que meu analista
Vai me internar!


Ontem á noite eu delirei
Quando o seu nome o carteiro
Pôs-se a chamar!


Pode ser que no inferno eu vá descansar
Em ao menos, se você um dia me beijar
E mesmo assim eu arrisco
Ao meu coração, pelo desastre, ter de parar!


Até amanhã é muito tarde,
Pra eu esperar...
Pode ser que, o Rodolfo...
Volte e nem pode trabalhar...


Mas se ele não vier, volto em outro dia
Quando acreditar que o amor não é trair
E tão pouco me deixar apenas uma noite
Possuir-te e com medo me entregar


Pode ser que eu seja careta e você
Já começou a me xingar
Mas por um dia eu não te quero
Nem quero o seu marido todo nervoso
Atrás de mim, como um sultão de Bagdá!


Logo, logo encontro um amor
E senão...
Fico mais três séculos
A me torturar!





Czar D’alma 

Teu Manjar

  "Teu  Manjar"








Pegadas no órfão coração
Medidas de minhas fomes
De onde vem esse seu nome
Chamado, a própria mão!


Vestidos de cetim, lugares agrestes
Vem e volta, desce e sobe por quem!
Da vida que se esvai, do telefone sem voz
Você espera o seu amor chamar.


Tenho receio de que, estás longe de mim
Sinto o cheiro cintilante de seu brim
De quando em quando é o desejo do moleque marfim
Ah, eu quero seu manjar para mim! Dá aqui...


 Leve-me pra casa...
Incendeia luz, dá-me tua brasa
Me ame, em desertos meus...
Me chame, pelos versos teus!


E preparo um manjar, pra ti
Jacó e Esaú já sabem do fim...
Mas quem resiste a delicia que há em mim
Em meus vestidos, cera, pêra, púbis e querubins!


Dá-me as risadas tuas, pra eu gozar... 
Do beijo molhado ao nosso manjar!




Czar D’alma 

Meu Cometa

   "Meu  Cometa





Voraz passa e deixas e marcas! Dons
Seus risos, lírios seus são do prazer combustão.
Veste sonhos, discerne versos...
Arranca dos homens até a erupção.


Dos idos tempo ao hodierno seduz como o verão.
Mas os seus seios são o pesadelo dos meninos sãos...
Desce à lunar, carrega sagitário e Plutão.
Meus destinos em seus riscos são!


Ah sua cara de linda me avassala a aurora
Não durmo sou híbrido dos anseios
Acordo em Marte, corredor e devaneio.
Tua coisa é a minha constelação...


Tu és o cometa fumegante...
Primeira e última impressão!
Dos desejos és dona, és fascinante...
Dou-me a ti, por um grama de seu centeio...


Ah eu ando pelos meios...
De lhe fazer feliz, num cometa
Metade de mim é seu estigma
A outra... 



Delírio fugaz, romance, fogo e imã.




Czar  D’alma