2024/08/24

Versões de amor – Julio Czar D’alma.

Versões de amor – Julio Czar D’alma.

 


 


Versões de amor.





Você e eu fizemos diversas versões do amor

Umas das suas queixas e deveras tal era a dor.

Escolhemos pensar no silêncio que há

Quando te recolhes e eu em ti a pensar.

 

As versões cooperam na palavra e atitude.

Em tudo ainda nada fomos e eu aqui comigo

Querendo completar a tua saudade

Sendo parceiro fiel em gesto, palavra e plenitude.

 



O Amor é versão da esperança

Canta e recria no homem a criança.

Deixa bálsamo e flashes que juntos criamos

Em teu gesto entendo o quanto de desejo estamos.

 

Eu vi um milhão de anos de beijos e momentos

Estava tu em meus braços enquanto equívocos ornamentos.

O poeta e a dama se perdem, se acham e juntos...

Proliferam o amor do amor que nunca somos.

 

Enfim, em tudo ouvimos, deveras sentimos

Ainda que pelo zilhão de desejos epidermes

Na palavra poética, na herança de teu sorriso e genética

 



Amanhã é outro dia, sexta-feira ainda delira e deseja.

Por que haverá um amanhecer de cada palavra e saliva

Que adormece nos lábios, com gosto de beijo e cereja.

 

Um dia e outra noite

As versões acontecem

E nas delícias e sonhos enternecem.

 



A vida é mais que uma noite

Mas tu me deste uma eternidade

Pelo gosto do teu ouvido e do beijo

Que nunca provei e sempre desejo.






Versões de amor – Julio Czar D’alma.


Quase amor – Julio Czar D’alma.

Quase amor – Julio Czar D’alma.

 



Quase amor.



Ainda sinto o silêncio

De quando saindo fechaste a porta.

Do vazio que adentro restou e do frio

Deixando a minha alma calada e torta.

 



Eu que escuto as vozes de minha consciência

Abortando os dias que vivemos

Para a minha saúde e existência.

 



Eu calei meus sentidos

Freei os medo e gemidos

Por cada momento que ficou regido

Tatuado no meu corpo teu toque e delírio.

 



Ainda sou muito grata

Aprendi a fechar a porta

E quando a saudade volta

Eu escuto a verdade que me basta.

 



Eu ainda deixo a porta aberta

Por que perdoei e calei meu medo

Cada dia ainda é tempo, quase cedo

Para um amor e qualquer novo enredo.

 



Eu que vivo calada

Quase entro e saio

Na porta errada...





Mas não desisto de sentir e ser amada.






Quase amor – Julio Czar D’alma.


2024/08/23

O Amigo – Julio Czar.

 O Amigo – Julio Czar.




 O Amigo.


 

Eu quero pedir perdão

Por tudo que lhe causei

Das mentiras que percorri

Julgando os medos que herdei.

 



Quero pedir perdão

Por não lhe consentir

Com toda a liberdade

Que um dia roubei de ti.

 



Quero me desculpar

Por palavras que lancei

Por medidas que tomei

Lhe negando o direito de amar a si.

 



Causei estragos terríveis

Disse coisas amargas e sujas

Vesti tua índole de agruras

Cuspindo na sua inocência e desenvoltura.



 

Eu lhe falei mal as pessoas ao teu redor

Disse que não dava pra aguentar

As falhas que estão no teu suor.

 



Eu sei que, não mereço muito

Seja carinho e ou confiança.

Traí os seus sonhos, expus seus medos

Ate disse de ti o que era o teu segredo.

 



Mas eu vim aqui pedir perdão

Escoando as verdades entres os dedos

Na euforia do que havia em minha mão.



 

Sua vida é singela e secreta

Até que permitiste a mim...

Rasgar toda a tua injúria

Em nome de infâmia a loucura...

 



Então eu peço a mim mesmo o perdão

Por não ter sido meu amigo.

 



Apesar de saber que nunca deveria

Ter feito isso tudo em minha cabeça

Onde era somente eu...

Eu mesmo e comigo!

 



Por que todas as vezes que do outro esperei

Deixei de contar com o melhor de mim

O meu eu mesmo, o meu melhor amigo!

 



 

O Amigo – Julio Czar.


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Fazer e acontecer (A estória de um suicida) – Czar D’alma.

Fazer e acontecer (A estória de um suicida) – Czar D’alma.

 





Fazer e acontecer (A estória de um suicida).





 


Desde os tempos mais frios do universo do meu ser.

Eu penso em como poder lhe abraçar

Fazer e deixar acontecer.

 



Surgimos em meio a tempestades e beijos

Encerramos nossas volições em gracejos

Pra deixar fazer e acontecer.

 



Mas o dia nasceu cinza quando você

Pediu pra pertencer a dor fria da lâmina

Cortando os pulsos de nossos sonhos...

Indo embora sem deixar acontecer.

 



Eu sinto frio quando penso em você

Eu penso quente penso desejo acontecer.

Arde tanto que, nem sei como lhe dizer.

Tu que me fazia menina, fazia acontecer.

 



Hoje faz 372 dias que nunca mais vimos

O teu sorriso nascer, brilhar e acontecer.

Acontece que eu fiquei aqui vazia e doce...

Na espera do teu beijo me acontecer e fazer...

 



O dia mais quente

A noite menos fria

A saudade não tão distante

O sabonete ser desejo e sorvete.




A vida fazer e acontecer.

E a morte distante desse amor

Que deseja tanto lhe pertencer.

 




 


Fazer e acontecer (A estória de um suicida) – Czar D’alma.



Obs: Dedicado com pesar a todos que

 já perderam alguém por 

essa fatalidade.



2024/08/21

À Beira do altar – Czar D’alma.

À Beira do Altar – Czar D’alma.



 


À beira do Altar.



Abro os braços sim, deixo fluir

A memória traçada no toque

Que a pele sedenta viveu.

 

Por que os pássaros têm seus ninhos

E as meninas sorriem no sótão

Relembrando o último carnaval.



 

Eu sei que você veio aqui...

Não deixou palavras

Mas a deixou-me sentir.

 

As rosas não sobrevivem sem espinhos

E os amantes não respiram sem carinhos.

 

Eu espero o dia amanhecer

E ao lado teu meu sonho tecer.




Robusto como as cachoeiras,

Sedentos como das florestas os rebentos...

Vem a vida escoar a memória

Do velho ao jovem todo mundo tem seus momentos.

 



Eu nem sei como lhe dizer

Que te amo, te amo, te amo...

Mas você não liga e nem imagina

Quanto dos teus desejos estão em meus planos.

 

Leve e suave vão os dias passar.

E estarei aqui pra sempre

A sorrir e lhe esperar.



 

Com muitas alianças

Mas sempre a beira do altar.

 



 

À Beira do altar – Czar D’alma

 

 

2024/08/20

Escute, solidão – Czar D’alma.

Escute, solidão – Czar D’alma.

 



Escute, solidão.






Ouvi seus passos na escuridão dos meus sonhos

Jamais quis acordar.

Por todos esses anos entre nós alguém foi fiel

E o outro fingiu na relação estar.



 

Ouço seus passos e resgato meus gritos

Por entender que a tua alma é

O que a minha boca receia em falar...

 



Nós que éramos quase tudo

E em nada tudo se formou.

Uma geada em cada palavra

A mentira que entre os lábios ficou.

 

   


Ouço sua voz, temo tua tez.

Robusta se veste e se fez.

Eu calo a escuridão

Abraço o tempo vão.



 

Ouço teu livro aberto

Na mesma ilha fico deserto.

Quero o abraço meigo e bom...

Mas não há quem estenda a mão.

 



No escuro ninguém vê a luz

A não ser que entende não ter razão.

Os dias dentre em vós chegaram e se foram

Levando no peito algo frio, 





chamado – Solidão.





Escute, solidão – Czar D’alma.


2024/08/19

Deveras saber – Czar D’alma.

Deveras saber – Czar D’alma.

 




DEVERAS SABER


 

Sim, a vida veio e nos trouxe

Enfim, por fim ela

Sorrindo tornou-se

Pra si.

 

Os índios estão civilizados

E a cidade é desumana

Sim, a vida é agora e aqui

Seja alguém forte, ressuscitado.

 

A dor é democrática

A morte não leva ninguém

Para o segundo turno.

 

Eu tenho um olhar para o horizonte

E um coração sangrento

Nenhum beijo, nem abraço

Ando em meio ao próprio tormento.

 



Enfim, sentamos e nos falamos

Por horas a fio e dias de chuva

Mas quando eu abro os olhos

O sabor de teus lábios aqui estão.

 

Eu tenho uma alegria

Para desflorar toda a tristeza

Que fiquei ao lhe vê partir...

 

E eu digo sim,

São os versos e os abraços soltos

Entre lençóis e dos beijos anzóis...

Os dias de sol lhe dava a sombra

E na chuva eu corria a aquecer-te pura.

 



Enfim, eu saberia entender que

Você seria a minha magia

E eu a própria agrura.

 

 


Deveras saber – Czar D’alma.

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