Outra ilusão, quase traição - Czar D'alma
São das lágrimas dos teus olhos
que compus veleiros de ilusão
para que a dor saísse de seu peito
e coubesse apenas o perdão!
Vi a tua face em meu espelho
e temi aquele vestido chamado medo
que escondi na palma da mão...
ou quem sabe em outra ilusão.
Não vi nem percebi o egoísmo meu
meu prazer fora tua dor e nem vi
que não precisava ser feliz assim
com delírios do desejo vergonha da razão.
Será que irei me perdoar
toda mulher sabe seu limite
como na areia permite ao mar...
na cama de outro meu corpo quis voltar.
Eu me perdoo e toda manhã enjoo
olho pro espelho e pude saber
se houvesse trigo eu seria joio.
carro de boi lavado após o comboio.
Mas não me perdi ali
foi nas suas indecisões que decidi
que não poderia ser tão frio
o amor que um dia dei pra ti.
Camas, frias, palavras duras, sorrisos amarelos.
éramos nos jantares, cada palavra era frase e martelo.
fui atrás do que nunca vivi, quis ser alguém
pra alguém que nunca me quis.
Fui delírio, gritos, desatinos e vertigens
Fui uma outra mulher, desejando driblar
as mãos do homem que soube na maestria
me levar, trazer, subir e descer fui fantasia.
Hoje estamos na mesa, cama e sobremesa
quando eu falo de amor tu me fala de certezas
então me pergunto de onde me culpo
de onde ne calo, se tudo que sou é raro.
Um dia e uma noite quase feliz
se não houvesse aquela aliança
que um dia juraste sem alma, sem fé.
Ah se houvesse ao menos uma pegada
onde eu de menina me tornasse
Seque um segundo em teus braços
Aquela Mulher!
talvez eu nem minta pra ti
mas para mim nem sei
se preciso disso pra existir.
Sem medos do prazer
mas com respeito
do que um dia
tu foras pra mim.
Outra ilusão, quase traição - Czar D’alma