2013/07/02

“Tempo pra nascer” – Czar D’alma.

“Tempo pra nascer” – Czar D’alma






“Tempo pra nascer” – Czar D’alma. 
 

Meus olhos doem
Quando querem enxergar você.
Não entendo o como e o para que.
Faço do meu tempo, tempo pra nascer.




Enxergo as coisas turvas
Quando não entendo da vida as curvas
Que nos levam a frente pra vencer e morrer.
Por que todos os dias é tempo pra nascer.

Vejo as crianças desfilarem
Pra adultos deixar de aprender
Quando mais precisamos saber...
Esquecem que todo tempo é tempo de crescer.




Deixo as coisas soltas
Pois meus abraços soltos estão
Esperando o que a vida ensina
Que é tempo de nascer e vencer.

Não se permita a morrer
Antes de a esperança nascer.
Desperta o sol que há em ti...
Todo tempo é tempo de não saber.




Então é um sorriso
É uma criança que passa
Um adulto que nasce outra vez
Pra vida voltar a ter sua beleza e tez.

Quem entende a própria ambição
Percebe o quanto a vida ainda não.
Há dias que a alma sonha
Outros ela declara em sua volição.




De tempo em tempo eu quero amor
Do amor de quem não saber amar-me por vez
Deixo as coisas soltas, as pessoas amam suas roupas.
Mas não entendem por que suas ruas são nuas e loucas.

Deixa a coisa de o tempo nascer.
Perceba que nem tudo se pode saber.
Aprenda a sorrir com as próprias mazelas...
São estas que quase sempre estarão com você.




Não minta pra si.
Isso seria enlouquecer.
Não se deixe dominar
Por aquilo que não se deixa perceber.

Amanheça-se com lágrimas os sorrisos.
Mas não deixe a vida correr de você.
Os dias são longos a vida é curta...
Quem lhe fará do tempo perdido perceber.




Quero um amor amigo
Quero despertar pra você.
Mas ainda da vida não aprendi
Como desta me deixar aprender.

Sorrisos de manhã
Abraços à noite.
Esperanças sempre
E a vida lá se foi-se.




Com o tempo nos ombros
E na alma largando tudo que é foice.
Marcando a geração
Que não aprende a ser doce.

De tempo em tempo se nasce
Com estilhaços na alma...




E lágrimas na face.




“Tempo pra nascer” – Czar D’alma.

2013/06/30

“Nem todo dia é poesia” – Czar D’alma.

“Nem todo dia é poesia” – Czar D’alma.






“Nem todo dia é poesia” – Czar D’alma


Se eu quero um amor
Que eu seja o primeiro.
Antes que seja o dia
Raie em si a consciência.




Por que as coisas passam
As vidas imprimem na alma
Sentimentos que perduram
Momentos que pedimos calma.

E de tudo que fica
Calada fica a paz.
Se quiseres fidelidade
Procure ser a coisa que faça.




Nem todos os dias são poesias
Nem todas as pessoas são verdadeiras
Mas, antes de procurar-nos outros.
Sejamos o que queremos da parceira.

Homens vêm, mulheres que não se vão.
Os versos serão sempre reais...
Por que nem sempre as pessoas serão.




Não se envergonhe de amar
Se envergonhe de por amor não lutar.
Corra atrás de sua felicidade...
Por que ela corre em gestos magistrais.

Nem todo dia é poesia.
Nem toda carne de paz é vestida.
Nem tudo que vive se ama.
Não se degusta de amor sem vida.




E seu eu quero um amor
Que eu seja amor a cada dia
Nos gestos mais simples
Na alma, na paz ou na ferida.

Quando quiserdes amar
Não messe o preço que convida.
Por que todo o tempo se passa
E com ele se vai a própria vida.




Eu que queria tanto amor
Será que amei quem me queria?
Por que todos os dias que passam
Nem todos eles têm poesia.

Não quero que me toquem
Apenas quero que me amem
Por que nem todo dia é poesia.
Passa o tempo e sem amor quem passa é a vida.




Eu que quero ser amor
Amarei até meu último fôlego ainda.
Por que se as coisas passam, as pessoas não.
Com fome de amor se fez uma nação.

Quando quiseres amar
Entenda que precisarás de predisposição
Por que se me calo agora
A tua voz habita meu coração.




Nem todo dia é poesia
Nem toda carne entende
Por que quando se ama
Ama-se antes a própria gente.

Então aprendo com o tempo
Discorro em palavras
Alguma alma me lê e me acha...
Estamos à beira de amarmo-nos




Com gesto, cuidado e graça.





“Nem todo dia é poesia” – Czar D’alma.