Os teus olhos de dor - Czar D’alma.
Os teus olhos de dor.
Na mórbida galáxia a estrela a contemplar.
Uns vieram do oceano, outros do fogo e ar...
Mas teus olhos só puderam chorar.
Por que por toda tua vida
A vida escorreu pelas feridas
Onde só os cães na ternura macia
Acalentava a alma que pelos olhos aos céus erguia.
Um sonho de toda via amar por ser envelhecida.
Mórbida a sentença da escuridão das paredes frias.
Onde tu somente falavas e tu somente ouvias.
Teus gritos e tua dor que em tudo era precisa.
A tua semente adulta despede-se da vida
Mas a vida em tuas veias acontece ainda por todos os dias.
O diário de uma solidão era escrito nas estrelas jorradas de
orações.
Onde tu pedias o perdão da falta jamais ocorrida.
Hoje é outro dia, a manhã vence outra vez.
Então olhas ao teu redor e te perguntas
O que da vida se faz, acontece e se fez?
O que era brilho hoje é dia, dia a dia de cada vez.
Vencer, não a dor, mas as ondas nas entranhas
Que tuas marés de lágrimas que teus olhos...
Somente estes teus brios e frios olhos...
Se recompõem, se ardem e
Os teus olhos de dor - Czar D’alma.