Desatino das portas.
Deixada as portas
Fechadas ao leme da estrada
As costa de Orfeu e nas ondas de Édipo
As coisas se vão na montanha amor ébrio.
Ela vê as sombras de sua escuta
Gritarem ao por de cada maçã
Aonde as crianças criadas têm nomes
Mas não reconhecem suas irmãs.
Deleitando o silêncio o amor despede
Cada momento que mentira se fez
Por o coração bate as portas e se vai
Na esperança de não doer-se mais.
Minha figura rasgada, meus versos dados ao herético
Dominam os sonos sem sonhos cantando um vão
Onde o amor já nem tem mais seu irmão.
Descolorindo o afeto nas sombras da solidão.
Vem e me rasga
Desce e me abarca
O destino me chama pra longe
E de hoje em diante qual será nossos nomes.
Vestido brancos em distâncias
Quem disse que o eterno não morre,
Esquece do calor do verão que socorre.
As mãos cheias de pura fragrância.
Minha mente não mente
Meu delírio acordado, chama teu corpo
E não deseja ver o colírio de um adeus
Onde somos cada coisa, só não somos seus.
Vem e me rasga à sombra do silêncio
Pra pode à beira do galho amor colher e arder
Quando o dia será noite e paz
Do que já não quer mais acender.
Então, não deita a cabeça
Erga suas somas e suma de mim
Que a flor de cactus está seca
Como um amor que não sentimos o brim.
Mas não feche as portas
Para o vento entrar
E trazer o bom das flores
Que não querem mais
secar.
Desatino das Portas
- Czar D’alma.
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