2020/12/14

Frente ao mar – Czar D’alma.

Frente ao mar – Czar D’alma.




Frente ao mar




Se o mar soubesse da força

Toda a terra temeria o futuro

Com a alegria se faz planos

E sem planos tudo fica breu, escuro.



Se eu pudesse lhe mostrar

O quanto posso ser interessante

Sem julgar e tão pouco deixar de amar

Pelas vias de uma vida estressante.




Mas às vezes, nem pensamos

Pensamos em não pensar, pensando...

Sobre a roda anda o carro, sobre o rio vaza a dor

Frente ao mar penso em ti e quero amar.




Mas inventando certezas e pílulas

Os loucos se tornam tão sãos

E perdem da vida a beleza

Assim, perco de mim a certeza e a razão.




Embora eu ame tudo isso

Não sei como lidar

Sem as pílulas para vencer

Essa minha vontade de ficar.




Ficando eu sou teu

Frente ao mar, nada é breu.

Mas inventaram as doses, os remédios...

Sem bares para enfrentar, sem amor a dar.



Eu entro na tua luz

Me consumo de tudo, tudo e juro...

O quanto lhe quero me doar

Aos teus braços frente ao mar.




Sem pílulas no ato, sem medo dos fatos

Frente ao mar seja a dosagem certa

Pra a gente sabendo dessa loucura

Nos doar, viver, amar e 



v o a r.

 


Frente ao mar – Czar D’alma. 

2020/12/06

Carne, costela e criatura - Czar D'alma. (Pra você!)

Carne, costela e criatura.

 



Carne, costela e criatura.


Eu desejo a lua e a chuva

De noite me banho de saudade

Das suas mãos e curvas.

 



Às vezes, me chamam de poeta

Por que aprendi de tua língua

A frase mais livre e secreta




Os amigos me dizem que tudo é besteira

Mas, nada disso mexe comigo...

Que em toda sexta-feira

São os teus olhos que abrigo.




Escrevi na areia o meu desejo

E no coração o quanto te amo.

Por que a vida tem muitas alegrias

E maiores são dos homens o engano.




Ainda nesta noite tu me lês

Parece poesia, mas sabemos

O quanto feliz a quero ter e ver.


 

Pelas manhãs meus sussurros são seus.

E ao anoitecer eu canto tão só para Deus

Que me faça ancorar nos braços teus.


 

Todo amor parece fantasia

Que todo mundo deseja vestir.

Eu me dispo feliz de mim...

Para do teu ser me investir.




As moças tuas amigas não sabem

O quanto tudo de mim é você.

Por que cada homem tem porto e loucura

Ao findar do dia desejo adormecer entre tuas curvas




Tenho falado com meu Deus e Senhor.

Que seja reto, doce e puro

Como as vinhas de Salomão

Sem coração distante ou duro.




Então, eu termino assim...

Esperando o fim de cada hora.

Por que todos têm seus caminhos

E tu somente és a minha 




carne, costela e criatura.


 

 Carne, costela e criatura. - Czar D'alma.

2020/11/11

Ela – Czar D’alma. ( P.s.: Dedico esse poema à todas as pessoas que colaboram com esse espaço e em especial, às Damas!)

Ela – Czar D’alma



 

Ela 


Eu escrevo pra ela

Ela anda de preto

Tem ondas nos cabelos

Com muitos outros segredos.




Escrevo com tinta junto a paixão

Deslizo meus sonhos em letras

Me perco de mim...

Desprezada fica a razão.




 Escrevo enquanto ela nem sabe

Assim, olha as palavras nas mídias

Nas resmas de blogger não fica a mentira.


 

Em quase todas as cartas ou poemas

Ela nunca percebeu quando lê

Que dela se fala, sonha e como se inspira.



Outro dia ela recebeu um poema

Onde estava do começo ao fim

Ela disse às amigas que era tão lindo...

“Mas não parecia pra mim!”.


 

O amor me deixa tolo

Deveras, sem amor fico também.

Quando escrevo em versos, prosas...

Ela continua como ao coração convém.


 

Ela sabe que não é minha

Logo, quem será de alguém?

Ainda que do altar um amém.


 

Quando escrevo penso nela

Ela me basta, mas seu sorriso também.

Da inspiração dela eu vejo os homens tristes

Alguns com armas nas mãos, outros peitos à riste.




Por que a vida passou tão depressa

Que ela leu de tudo, assim como de mim.

Sabe que um dia será feliz

E que dentro de mim sempre existe sim.



Como um grito inequívoco

Onde sai uma palavra estranha

Diante do que quero, deveras minto.



Por ela os índios morreram

Crianças ficam órfãs, como rios secaram

Em dia de chuva, à casa voltaram.



Eu a poupei das guerras dentro de mim

Horizontes perdidos, erros sem sentido.

Por um momento, eu a fiz feliz

Como a chama que arde do início dum triz.




 Governos caíram... Mulheres ficam viúvas...

Mas nas cartas estavam os ditos de tudo

Mesmo as hostes mais frias, longas e duras

Onde das trincheiras o soldado teme a sepultura.

 


Em casa com a carta sorriu, bem como o vestido preto abraçou

Ela ainda não me liga, mas eu nem sei seu telefone

Mas o amor sempre vence, ainda que por nada se consome.




Ela lia às amigas... Achavam engraçado, místico também interessante

Que possa um escritor de cartas em meio aos seus delírios

Escrever para essa criatura desconhecida, mas tão cativante.




Sei que ela sabe agora, já faz dias, quem sou.

Esperando o próximo poema quando ela

Sair do lugar onde a desprezam outros olhares

Mas em casa solta o vestido que é lindo, mas sua nudez é bela!




Onde as rosas desfilam nas primaveras

Sei da vida nada, da vida quero saber é dela.

Por que os homens voltam das guerras?

Como as pontes de Madison continuam amarelas?




Porque venderam de tudo, perderam da vida o sentido.

Logo na fotografia beijar o presente deixado desde o passado

Quando eu escrevi seja a carta ou poema, porém nunca fui por ela apagado.




Hoje ela está bem, leu mais um poema deveras fora dormir

Quando deita na cama, olha as estrelas pela janela

Jamais se perguntou por que nunca lutou pra ser feliz.




 Com uma lágrima nos olhos

Ela continua bela como do veleiro a vela

Mesmo sem o vestido preto, eu ainda sou louco por ela

Pelo nosso mundo imperfeito, igual uma chuva e um quadro lindo 




de aquarela.


 

Ela – Czar D’alma


P.s.: Dedico esse poema à todas as pessoas que colaboram com
esse espaço e em especial, às Damas!

2020/11/09

Viver e sonhar – Czar D’alma.

Viver e sonhar – Czar D’alma

 



Viver e sonhar  



Salve a vida dos jovens

Aprecie a canção dos pássaros

E o gemido de cada planta

Que sorri mesmo no fim.




Sem motivos para ir embora

Embora todos um dia se vão

Uns vão soberbos, enquanto outros

Sabem o quanto da vida levarão.




Salve a saudade entre o peito e o horizonte.

Por que estamos tão pertos e sempre distantes.

Andamos sobre as águas da tristeza

Aprendendo a sofrer escolhendo amar.




E quanto tudo estiver salvo

Escolha alguém que valha

Tudo o que seu coração tem pra dar.




Por que os velhos se vão

Amando os jovens que não entendem

Quanto custa uma solidão.




Mesmo quando tudo deram

Pra quem jamais reconheceu

Ensinando o que é amar, viver e doar...

Só quem foi cuspido pela indiferença arrisca a 




viver




sonhar.

 


Viver e sonhar – Czar D’alma.