Ela – Czar D’alma.
Ela
Eu escrevo pra ela
Ela anda de preto
Tem ondas nos cabelos
Com muitos outros segredos.
Escrevo com tinta junto a paixão
Deslizo meus sonhos em letras
Me perco de mim...
Desprezada fica a razão.
Escrevo enquanto ela nem sabe
Assim, olha as palavras nas mídias
Nas resmas de blogger não fica a mentira.
Em quase todas as cartas ou poemas
Ela nunca percebeu quando lê
Que dela se fala, sonha e como se inspira.
Outro dia ela recebeu um poema
Onde estava do começo ao fim
Ela disse às amigas que era tão lindo...
“Mas não parecia pra mim!”.
O amor me deixa tolo
Deveras, sem amor fico também.
Quando escrevo em versos, prosas...
Ela continua como ao coração convém.
Ela sabe que não é minha
Logo, quem será de alguém?
Ainda que do altar um amém.
Quando escrevo penso nela
Ela me basta, mas seu sorriso também.
Da inspiração dela eu vejo os homens tristes
Alguns com armas nas mãos, outros peitos à riste.
Por que a vida passou tão depressa
Que ela leu de tudo, assim como de mim.
Sabe que um dia será feliz
E que dentro de mim sempre existe sim.
Como um grito inequívoco
Onde sai uma palavra estranha
Diante do que quero, deveras minto.
Por ela os índios morreram
Crianças ficam órfãs, como rios secaram
Em dia de chuva, à casa voltaram.
Eu a poupei das guerras dentro de mim
Horizontes perdidos, erros sem sentido.
Por um momento, eu a fiz feliz
Como a chama que arde do início dum triz.
Governos caíram... Mulheres ficam viúvas...
Mas nas cartas estavam os ditos de tudo
Mesmo as hostes mais frias, longas e duras
Onde das trincheiras o soldado teme a sepultura.
Em casa com a carta sorriu, bem como o vestido preto abraçou
Ela ainda não me liga, mas eu nem sei seu telefone
Mas o amor sempre vence, ainda que por nada se consome.
Ela lia às amigas... Achavam engraçado, místico também
interessante
Que possa um escritor de cartas em meio aos seus delírios
Escrever para essa criatura desconhecida, mas tão cativante.
Sei que ela sabe agora, já faz dias, quem sou.
Esperando o próximo poema quando ela
Sair do lugar onde a desprezam outros olhares
Mas em casa solta o vestido que é lindo, mas sua nudez é
bela!
Onde as rosas desfilam nas primaveras
Sei da vida nada, da vida quero saber é dela.
Por que os homens voltam das guerras?
Como as pontes de Madison continuam amarelas?
Porque venderam de tudo, perderam da vida o sentido.
Logo na fotografia beijar o presente deixado desde o passado
Quando eu escrevi seja a carta ou poema, porém nunca fui por
ela apagado.
Hoje ela está bem, leu mais um poema deveras fora dormir
Quando deita na cama, olha as estrelas pela janela
Jamais se perguntou por que nunca lutou pra ser feliz.
Com uma lágrima nos olhos
Ela continua bela como do veleiro a vela
Mesmo sem o vestido preto, eu ainda sou louco por ela
Pelo nosso mundo imperfeito, igual uma chuva e um quadro
lindo
de aquarela.
Ela – Czar D’alma.
P.s.: Dedico esse poema à todas as pessoas que colaboram com
esse espaço e em especial, às Damas!