2010/12/31

Eu Te Amo

"Eu te amo"









Correntes de rios me abraçam
Ondas fortes me levam e vão-me daqui.
Sutis seres marítimos me dobram o ser
Sou o eu que, não habita em mim, sou de ti!


A vida me torna árida, meus pés calam e sangram
Pra alcançar um gesto meigo de ti, sou capaz de negar-me.
Os jovens dançam e riem, mas só penso no beijo seu...
Aurora minha, banhada pelo lindo e frio, seu breu!


Crianças andam comigo e sou infante, infame, infantil...
Querendo o brilho das estrelas que fazes, quando partiu!
Minha memória é teu nome, meu verbo conjuga o teu.
Mas se me olhares, minha vida vai do inferno ao céu!


Minha vida é teu quadril, quem me pare chama-se – Brasil.
Olimpíadas e piadas são frente a ti, o equívoco da manada!
Durmo Drummond e acordo, Fernando Pessoa por gesto da amada...
Mas quando vai dormir o que posso dizer e sentir de mim, senão disser sem palavra!


Solto os braços, rendo os ombros, com os sonhos arregalados e digo...


Eu te amo!




Czar D’alma

2010/12/29

"Não Há Mais Nada"

"Não há mais nada"









Tento dizer coisas lindas em minhas cartas
Tento colher, romances das minhas fábricas...  
 Não há, mais nada!

Comparo flores com as farpas que trocamos
Atroz as vozes que escuto, quando sai! 
À beira do caos...
Não há, mais nada!

A fronteira é nossa, não envolvamos avessas
Queijo no prato, café no bule, grito sem voz... 
Não cabe mais, a vez segunda!

Foi-se embora sem desligar a T.v
Nem se despediu de mim, Gonzaga falou!
Meus seios ainda sentem suas mãos... 
Ainda há desejos, mais nada!

Então você não olha sequer a chuva, sai numa
Esquecendo os dizeres de amor, meu quadril
Sente a dor, que seu amor em mim produziu... 
Não há nada além de toalhas molhadas...

Minha boca deixa na sua o batom
E o romance já não é tão bom...
Amigos deixados, amores em camas vazias...
Ainda sinto a sua mão na minha, 
Mais nada!




 Czar D’alma


2010/12/28

"Colhendo estrelas"

"Colhendo Estrelas"








Eu vi você, você saiu!
 Nada de beijos pra mim
Não sei o que será de meu fim!
Você sorri e nem olha pra trás, eu ando afim, de ti...

Ando sorrindo com meus bichos, minhas querelas e meus nichos
Mas você não ta olhando pra mim!
Ando colhendo estrelas e trocando por lágrimas
Umas sentidas outras estradas, mas tudo é assim!

Olho pro céu e escuto a ti, não sei como pude ficar sem mim!
Colho estrelas todas as noites, debaixo do cobertor; Que dor...
Amanhã o meu ano passou!
Mesmo sem as estelas que colho pra ti.

Das estrelas colhidas fiz um retalho e um romance pra ti!



Czar D’alma


2010/12/27

“Quando chover”


 “Quando chover”



 Quando chover, não chore
Olhe pra vida, não escorre...
O sangue que, te sacia
A alma mais que, vazia
Preâmbulos de mitos, milícias e miríades de magia!

Quando chover, não corra!
Abrace seus problemas, resolva!
O sangue que, te impregna
A vazia mais que, alma infinda...


Quando escorrer, não chove...
A malícia de quem te invalida
A canção de guerra barata da China...
Leva lento o que, não se resolve ainda!


Mas quando chover venha pros meus braços...
Castiçal, berimbal e cabaço!
Vento pro norte, sonhos do Sul...
Como vão os negros da África azul?


Quando chover, não minta se vista...
Quando amanhecer o Brasil!




 Czar D’alma