2011/10/14

O Nome da Esperança

       "O Nome da Esperança"          





                    




Quando ainda nem havia
O caminho das Tordesilhas
E as naus vagueavam solitárias
Entre os Cabos da Boa Esperança...


Onde só o corpo cala
E a alma dança.


Pelas virtudes dos caciques
Mortos pelas ambições de ouro
Onde a morte vence a própria lança.


Eu sou o amor.


Eu sou o amor que resiste às lutas gregas
Debaixo de cada arma o meu sorriso alcança
Quando os homens se vestem de tormentos
E as mulheres sonham com as crianças


Eu sou a força do amor que vence
Do amor que se despede e avança.
Avança pelos mares e mapas
Mas também na missa de cada manhã
Quando só resta a esperança...


Sou a força dos soldados na cama de campanha...
Sou o riso da mãe que abre a carta
Do filho que não volta
Do massacre dos covardes
Quando o sonho adormece pra dar lugar
Pra que o inimigo saiba que nem sempre
É a vitória que importa, quando a vida avança.


Daqueles capitães cheios de saudades de seus lençóis
Dada ao léu pelos mercenários que, não dão bons anzóis
Onde só o fraco morre e o forte que é covarde nunca luta
Pois da vida é o revés, a fome e a fadiga dos que lutam sós


Eu sou a flor da esperança e a rosa do deserto
Quando o frio abraça sorridente o ferido
Por que a vida dele não voltará até que
Os seus amados leiam sua lápide de herói sem sentido


Eu sou a lágrima da mulher que olha o mar
Mas que jamais da vida desiste
Nem tão pouco a ela se rende
Pela força que há esperança


Onde só a fé consola
E a saudade faz seu berço
Pela coisa eternamente ida que jamais volta
Por causa da embriaguez do poder e da mentira


Que os homens bebem pra dormir
E as mulheres nunca adormecem
Por causa de mim
Que hoje sou chamada de utopia
Mas em outros dias...
Sou a aclamada esperança.







Czar D’alma



 

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