2021/12/23

A Mulher.

A Mulher.




“A Mulher é como u’a pétala 



                     Que deve
ser tocada 


pelo orvalho da sensibilidade.




(Czar D’alma)

2021/12/03

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83ª SINOPSE da SMDP
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Apresenta entrevista com Czar D'Alma
Arte: Literatura, Poesias e Romances
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Assista Aqui>>

https://youtu.be/1KzeduU4MmE

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2021/11/27

O Outro – Czar D’alma.

O Outro – Czar D’alma.

 



O OUTRO.


Hoje acordei com os olhos alagados

Pela distância de tantos mundos 

E do mundo que me acolhe.

       


 

        Frio... Vento... Doce... tenro e solitário vaga o homem.

 



Na impressão das sombras da própria consciência,

Ele segue a margem da saudade...

 



Frente ao próprio universo diante de versos e reversos



 

Compreende o fim da frase e não do verbo.

 


 

O outro não esta na prateleira dos mercados.

O outro não geme frente ao semáforo.

Nem treme embalado pelos tecidos.

 


 

O outro não deforma o desejo, ainda que reprimido.




Afirmado na tez responde...

A medula canta e a pineal solfeja tudo no corpo. 




Feita a canção o outro não esta nas linhas de outras mãos.

O outro ama o respeito e o colo deixado 

Em berço da criança!



 

...mente quando sente distantes olhares de sua existência.

E tudo reflete tudo ecoa em si!



 

 O outro é a verdade que precisa mentir

Se destratado e desvalido pela sua queixa

E desejo escorrido nas lágrimas do porvir. 

 


 

Um palco e um beco habitam no outro o outro que tudo vê isso em mim.

O outro corre... solta e pula pra imaginar que não pode deixar de existir!

 


 

O outro está no paraíso da tela do filme

E finge sorrir quando lê:



fim!

 

 

O OUTRO - Czar D'alma.

2021/11/16

Acarinhar-me – Czar D’alma.

Acarinhar-me – Czar D’alma. 

 



Acarinhar-me.



Hoje eu vou deitar minha beleza

Nos braços de Omin e flutuar

Quando nos rios lhe encontrar

Sorrindo ao som do tempo lhe beijar.

 



Você ouve meu grito não se deixa dominar.

Mesmo quando calado em frio




O desejo de contigo poder acordar.

Ainda que nada mais faça sentido.

 



Hoje eu preciso me abraçar

Por que tu te foras sem me dizer

O quão fria fica a água que me banha

Quando não consigo lhe amar.

 



Os dias enganam a ilusão

Ou acordam nossas sensações

Quando tu passas eu ouço uma canção



 Nesta noite eu preciso me acarinhar.

Não restaram lágrimas de nosso ifá.




Agora mesmo distante desejo lhe abraçar

Pra que tu sejas meu candelabro a iluminar.

 



Quando o dia chegar

Olhando os montes




Em teus braços poder sorrir

Sonhar e poder descansar.

 



Por que tudo se passou

Sequer dissemos adeus




Dissemos apenas, não deu.

Nessa estória não cabe outro Orfeu.

 



Deitando as lágrimas na escuridão

A gente delira com o momento




Que éramos um só corpo sem espaço ou tempo...

Aquecendo a pele dada na delícia da paixão.




 Mas agora que a noite chegou

Tudo era lindo e nada aqui ficou



Senão a vontade de me abraçar

Pra entender o banzo da sua sombra a passar.




Deixa-me contar minha última estória

Com um enredo onde tudo é diferente...



Onde os sonhos não fogem nem mentem.

Mas a vida continua sendo nossa memória.




 Esse desejo de abraçar 



quem aqui não está.



Acarinhar-me - Czar D'alma.

2021/11/03

Vejo o vento – Czar D’alma.

Vejo o vento – Czar D’alma

 




Vejo o vento. 



Eu vejo o vento...

Abrir as portas dos mares

Assombrar cada medo

Deixado à beira dos altares.




 Eu vi o vento cantar

A melodia mais linda e triste

Um abraço que eu dei...

Que nunca hei de ganhar.


 

O tempo ri, o tempo chora.

Mas me tira desse frio

Diga coisas quentes

E no inverno me namora.




 Em tempo em tempo

O tempo rege e retorna o ciclo

Que deixamos quando nos deixamos

A gente era um barco sem rota ou plano.

 



Mas um dia o tempo volta

Enquanto todo mundo que é assim.

A frieza nos lábios de quem esquece

O amor que jamais notou que não aquece.


 


Eu vi o vento passar

Levar a culpa da rua

Que seu desejo louco

Ousado insistiu em passar...

 



Deixando roupas frias

Corpos quentes

Loucuras da pele

Que enxagua a coisa ardente

Deixando as roupas nuas

Colando o corpo no copo da boca

Pondo a boca no aeroporto

Que decola a minha sóbria loucura.

As coisas que ficaram pra trás

Atrás das palavras que caladas

Mentiam muito mais...

Dizendo o verso da saudade,

Declarando poemas em páginas abertas

Em meio aos teus seios

Perdidos os delírios por devaneios

Onde o vento faz a curva, desce e aquece.

A boca ainda suja do amor que não lhe pertence.

 



Mas ainda nos amamos.

Por que teu sorriso passou por mim

Mentindo os dentes que teu corpo logrou

Pousando em meus braços uma dor...

Onde eu detinha a sede

Mas não mantinha o cansaço.

Do berimbau o cabaço

Da língua à epiderme

Esse órgão tão imenso

Mas que não encheu algo dentro da gente.

 



Então o vento pegou a mala

Vestiu-se de versos e rosas e voou

Agora eu acordo comigo...

Onde meu umbigo me estende 




a mão.

 


Vejo o vento – Czar D’alma.

 

2021/10/24

“Nossa Cama” - Czar D'alma. (livro - Reverso da Saudade)

Parte do livro, Reverso da Saudade, de Czar D'alma. Segue.:




*
*“Nossa Cama” - Czar D'alma.
*
*
Te amei até o último suspiro
que dei quando você se foi
*
te amei até quando era dor
a flor que tu mesmo negou
*
te amei em dias frios
te amei em prantos e risos
*
te amei nos dias de sol, de chuva..
te amei quando solteira ou viúva.
*
Te amei no divã
te amei como uma irmã
*
te amei nos sábados e feriados
te amei como quem acorda embriagado.
*
Te amei nas flores e duras palavras
te amei quando comia as outras escravas.
*
*
Te saciei quando era menino
te destilei o melhor do vinho
*
te amei por quase meio século
te amei quando tu era apenas resto.
*
Te amei calada, te amei gritando
só não lhe amei quando sorrindo
disse que eu era do mito quase tudo
menos um amor, e sim outro engano.
*
Mas eu lavei suas roupas, passei suas trouxas
fiquei calada mesmo quando da rua voltava
teu cheiro de mulher nas vestes íntimas exalava
teu jeito de me deixar menor que a vida a ti devotada.
*
*
Calei meus lábios
meu corpo gritou!
quando senti que eu era mais
do que pele, vagina e odor
*
eu sou mais que alguém
eu vou muito além.
*
Do altar nem véu me deste
mas hoje estou aqui e você
ainda pensa em minhas curvas
como oração, reza ou prece.
*
E hoje no barracão vou deitar, suar, gemer e destilar
de todo meu corpo o corpo que me penetrou...
saber que, meu amor de verdade chegou
quase sem grana, mas com verdade nos olhos
*
e uma sede insaciável de mim
e de nossa cama.
*





“Nossa Cama” - Czar D'alma.
.*

Gratidão imensa! Obrigado, bjs e carpe diem!