2011/02/04

Orfanato do Ser

“Orfanato do ser”





O que eu faço agora com essa dor
Com essa cicuta leve que arde e finge amor
Esses dias de lágrimas
Essa sentença de Beethoven


O que faço agora
Com as náuseas de Sartre afora
Essa melodia melancólica
Esse carinho chamando corjas.


Os dias levam meus sonhos
Meus braços sonham seus beijos
A cada memória um arpejo
De lembranças da despedida


Amar a vida é tudo que se leva
Amando os filhos e a própria ferida
Com todos os Tanatos...
Eros e deuses quase um orfanato!

O que eu faço agora...
Que os dias me tiraram você
Minha lágrima e minha vida
Quero de o seu cálice beber...


Desse meu dia chamado morte!



Czar D’alma

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